Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/1843/40317
Type: Dissertação
Title: Modos de ler, modos de desaprender: os livros e o ensino de arquitetura no Brasil
Other Titles: Ways of reading, ways of unlearning: books and architecture teaching in Brazil
Authors: Paula de Souza Carmo Lobato
First Advisor: Renata Moreira Marquez
First Referee: Eduardo Augusto Costa
Second Referee: Gabriela Leandro Pereira
Third Referee: Bruno Moreschi
Abstract: Se relações desiguais de poder gestadas no período colonial seguem mantidas e atualizadas no Brasil institucional, no campo da Arquitetura elas são frequentemente normalizadas pela universidade e pela História como narrativa científica e universal difundida pela edição e publicação de livros. Autoridades na transmissão do saber científico, os livros nos apresentam a história como consenso – e não como disputa –, invisibilizando modos de vida e práticas arquitetônicas outras, não-ocidentais, tão ou mais antigas que aquelas por eles legitimadas. Mas essa matriz de conhecimento nunca foi completamente aceita, e contra ela vêm sendo tecidas críticas em um circuito cultural ampliado, paralelo à academia, e que enxerga, na arte, um lugar fundamental para a elaboração de pensamento. Entendendo a sala de aula também como espaço de desaprendizado, esta pesquisa ensaia possíveis modos de nos engajarmos com este conteúdo hegemônico, ou de afetá-lo com suas próprias incompletudes, através de experimentos e metodologias editoriais que propõem modos (outros) de ler essas narrativas. A partir de títulos recorrentes na bibliografia básica dos cursos públicos de Arquitetura e Urbanismo do Brasil, foram propostos deslocamentos como possibilidades de atuação para arquitetos que ocupam a academia e que, de dentro dela, desejam se envolver na localização e desconstrução do saber diferencial que os livros canônicos carregam, contaminando a história com o que ela deixou de mostrar, levando em conta as inúmeras violências compartilhadas em nosso cotidiano e, com isso, fomentando a criação de outros imaginários possíveis.
Abstract: If unequal power relations created in the colonial period continue to be maintained and updated in institutional Brazil, in the field of Architecture they are often normalized by the university and by History as a scientific and universal narrative spread by the edition and publication of books. Authorities in the transmission of scientific knowledge, these books present history to us as a consensus – and not as a dispute –, making other, non-Western architectural practices and ways of life invisible, as old or older than those they legitimized. But this matrix of knowledge was never fully accepted, and criticisms have been made against it in an expanded cultural circuit, parallel to the academy, and which sees, in art, a fundamental place for the elaboration of thought. Understanding classrooms also as spaces for unlearning, this research rehearses possible ways to engage with this hegemonic content, or to affect it with its own incompleteness, through experiments and editorial methodologies that propose (other) ways to read these narratives. Based on recurrent titles in the basic bibliography of public courses in Architecture and Urbanism in Brazil, displacements were proposed as possibilities of action for architects who occupy the academy and who, from within it, wish to be involved in the localization and deconstruction of the differential knowledge that canonical books carry, contaminating history with what it failed to show, taking into account the countless types of violence shared in our daily lives and, with that, fostering the creation of other possible imaginaries.
language: por
metadata.dc.publisher.country: Brasil
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
metadata.dc.publisher.department: ARQ - ESCOLA DE ARQUITETURA
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo
Rights: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/40317
Issue Date: 29-Oct-2021
Appears in Collections:Dissertações de Mestrado

Files in This Item:
File Description SizeFormat 
Modos de ler, modos de desaprender.pdfSe relações desiguais de poder gestadas no período colonial seguem mantidas e atualizadas no Brasil institucional, no campo da Arquitetura elas são frequentemente normalizadas pela universidade e pela História como narrativa científica e universal difundida pela edição e publicação de livros. Autoridades na transmissão do saber científico, os livros nos apresentam a história como consenso – e não como disputa –, invisibilizando modos de vida e práticas arquitetônicas outras, não-ocidentais, tão ou mais antigas que aquelas por eles legitimadas. Mas essa matriz de conhecimento nunca foi completamente aceita, e contra ela vêm sendo tecidas críticas em um circuito cultural ampliado, paralelo à academia, e que enxerga, na arte, um lugar fundamental para a elaboração de pensamento. Entendendo a sala de aula também como espaço de desaprendizado, esta pesquisa ensaia possíveis modos de nos engajarmos com este conteúdo hegemônico, ou de afetá-lo com suas próprias incompletudes, através de experimentos e metodologias editoriais que propõem modos (outros) de ler essas narrativas. A partir de títulos recorrentes na bibliografia básica dos cursos públicos de Arquitetura e Urbanismo do Brasil, foram propostos deslocamentos como possibilidades de atuação para arquitetos que ocupam a academia e que, de dentro dela, desejam se envolver na localização e desconstrução do saber diferencial que os livros canônicos carregam, contaminando a história com o que ela deixou de mostrar, levando em conta as inúmeras violências compartilhadas em nosso cotidiano e, com isso, fomentando a criação de outros imaginários possíveis.23.38 MBAdobe PDFView/Open


Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.