Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/1843/42053
Type: Dissertação
Title: Treinamento muscular inspiratório em pacientes com doenças pulmonares intersticiais
Other Titles: Inspiratory muscle training in patients with interstitial lung diseases
Authors: Jéssica Blanco Loures
First Advisor: Verônica Franco Parreira
First Co-advisor: Marcella Guimarães Assis
metadata.dc.contributor.advisor-co2: Hugo Leonardo Alves Pereira
First Referee: Marcelo Velloso
Second Referee: Susan Martins Lage
Abstract: Introdução: Os efeitos do treinamento muscular inspiratório (TMI) em pacientes com doenças pulmonares crônicas já estão bem estabelecidos: melhora da função muscular inspiratória, da capacidade funcional e da qualidade de vida, além de redução da dispneia, que é o principal sintoma dos pacientes com doenças pulmonares intersticiais (DPI). No entanto, os efeitos do TMI nestes pacientes ainda não foram investigados. Além disto, não se conhece a percepção desses pacientes sobre esta intervenção fisioterápica. Objetivo: Avaliar o efeito do TMI sobre: dispneia, endurance muscular inspiratória, força muscular inspiratória, capacidade funcional e qualidade de vida; além de discutir a percepção desses pacientes sobre o TMI. Métodos: Estudo quasi-experimental com medidas pré e pós intervenção e estudo qualitativo com entrevista semiestruturada pós intervenção. Foram elegíveis pacientes com diagnóstico de DPI, com idade entre 40 e 80 anos, escala de dispneia (Medical Research Council scale-MRC) ≥ 2, não participante de reabilitação pulmonar e sem utilização de oxigênio suplementar no repouso. Excluídos pacientes incapazes de entender ou realizar os procedimentos de avaliação ou o programa de treinamento. Os participantes realizaram TMI diariamente, no domicílio, 2 vezes ao dia, 2 séries de 30 respirações, por 8 semanas. A carga inicial foi de 50% da pressão inspiratória máxima (PImax). Semanalmente, a carga foi reajustada 50% da nova PImax, mantendo um Borg entre 4 e 6. Durante a pandemia do COVID-19 os reajustes eram feitos à distância com a média da mudança da carga das semanas anteriores. A distribuição dos dados foi avaliada por meio do teste de Shapiro-Wilk, o teste t pareado foi utilizado para comparação pré e pós treinamento nas variáveis com distribuição normal e o teste de Wilcoxon para variáveis com distribuição não normal. No estudo qualitativo, o método de saturação dos dados foi utilizado. Resultados: 14 participantes (8 mulheres) com média de idade 64±7 anos e capacidade vital forçada de 67±15% do predito foram estudados. Houve diferença significativa em todas as variáveis: redução da dispneia (3 vs 2, p = 0,001) e aumento do tempo de endurance muscular inspiratória (257,8 ± 74,5 vs 833,1 ± 192,0 segundos, p = 0,001). Foi observado aumento da PImax (76,5 ± 30,8 vs 132,7 ± 24,7cmH2O, p = 0,001), da capacidade funcional (410,4 ± 78 vs 431,1 ± 64,3 metros, p = 0,031) e na qualidade de vida (escore total: 54,9 ± 11,8 vs 69,0 ± 16,5 pontos, p = 0,001). No estudo qualitativo foram elaborados três temas: 1) dispneia e outros sintomas na vida diária: e.g.“Eu me sentia cansada, principalmente durante o banho e para limpar a casa.”; 2) menos sintomas e melhor desempenho: e.g. “Eu lavo as roupas, limpo a minha casa, mudo de roupa, eu faço tudo sem sintomas.”; 3) TMI: um tempo dedicado para a minha saúde: e.g.“Eu via minha evolução diária a cada exercício”. Conclusão: O TMI promoveu impacto positivo sobre a dispneia, a função muscular inspiratória, a capacidade funcional e a qualidade de vida de pacientes com DPI. Os participantes perceberam melhora nos sintomas e no desempenho em atividades de vida diária.
Abstract: Introduction: The effects of inspiratory muscle training (IMT) in patients with chronic lung diseases are already well established: improvement in inspiratory muscle function, functional capacity and quality of life, in addition reduce dyspnea, which is the main symptom of patients with interstitial lung disease (ILD). However, the effects of IMR in these patients have not yet been specifically investigated. In addition, the perception of these patients about this physical therapy intervention is also unknown. Objective: To evaluate the effect of IMT on: dyspnea, inspiratory muscle endurance, inspiratory muscle strength, functional capacity, and quality of life; in addition to discuss the perception of these patients about inspiratory muscle training. Methods: Quasi-experimental study with measurements pre- and post-intervention and qualitative study with post-intervention semi-structured interview. Patients with diagnosis of ILD, aged between 40-80 years, dyspnea scale (Medical Research Council scale - MRC) ≥ 2, not participating in pulmonary rehabilitation and not using supplemental oxygen at rest were eligible. Patients unable to understand or perform the assessment procedures or training program were excluded. Participants performed 8 weeks home based IMT, daily, twice a day, with 2 sets of 30 breaths. The initial load was 50% of the maximum inspiratory pressure (MIP) and weekly the load was readjusted 50% of the new MIP, keeping Borg between 4 and 6. During the COVID-19 pandemic, readjustments were made remotely with the average change in load from previous data. Data distribution was evaluated using the Shapiro Wilk test. In variables with normal distribution, paired T test was used to compare pre and post training, if non-normal, Wilcoxon test was used. In the qualitative study, the data saturation method was used. Results: 14 participants (8 women) with mean age of 64±7 years and forced vital capacity of 67 ±15% of predicted were studied. There was a statistical difference in all variables: decrease in dyspnea (3 vs 2, p=0.001) and improvement in inspiratory muscle endurance time (257.8 ± 74.5 vs 833.1 ± 192.0 seconds, p=0.001). There was an increase in MIP (76.5 ± 30.8 vs 132.7 ± 24.7cmH2O, p = 0.001), in functional capacity (410.4 ± 78 vs 431.1 ± 64.3 m, p=0.031) and quality of life (54.9 ± 11.8 vs 69.0 ± 16.5 points, p = 0.001). In the qualitative study, three themes were elaborated: 1) dyspnea and other symptoms in daily life: e.g. “I felt tired, especially during the shower and cleaning the house.”; 2) less symptoms and better performance: e.g. “I wash clothes, clean my house, change clothes, I do everything without symptoms.”; 3) IMT: time dedicated to my health: e.g. “I saw my daily evolution with each exercise.”. Conclusion: IMT had a positive impact on dyspnea, inspiratory muscle function, functional capacity, and quality of life in patients with ILD. Participants noticed improvements in symptoms and performance related to daily activities.
Subject: Pulmões - doenças obstrutivas
Exercícios respiratórios - uso terapêutico
language: por
metadata.dc.publisher.country: Brasil
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
metadata.dc.publisher.department: EEF - DEPARTAMENTO DE FISIOTERAPIA
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação
Rights: Acesso Restrito
URI: http://hdl.handle.net/1843/42053
Issue Date: 24-Nov-2021
metadata.dc.description.embargo: 24-Nov-2023
Appears in Collections:Dissertações de Mestrado

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