Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/1843/42173
Type: Tese
Title: Impulsividade no traumatismo cranioencefálico leve: investigação clínica, neuropsicológica e de biomarcadores séricos inflamatórios, neuronais e de dano vascular
Authors: Maíra Glória de Freitas Cardoso
First Advisor: Leonardo Cruz de Souza
metadata.dc.contributor.advisor2: Aline Silva de Miranda
First Referee: Paulo Pereira Christo
Second Referee: Antônio Jaeger
Third Referee: Vanessa Amaral Mendonça
metadata.dc.contributor.referee4: Karina Braga Gomes Borges
metadata.dc.contributor.referee5: Salvina Maria de Campos
Abstract: Alterações cognitivas, comportamentais e neuropsiquiátricas são comumente observadas em pacientes com Traumatismo Cranioencefálico (TCE) moderado e grave. Cada vez mais surgem evidências de que pacientes com TCE leve também apresentam essas alterações. O objetivo deste trabalho foi de investigar alterações cognitivas em pacientes com TCE leve em estágio agudo e investigar alterações cognitivas e comportamentais e marcadores associados em até um mês após o TCE. O resultado encontra-se dividido em três estudos: 1) artigo sobre avaliação cognitiva no TCE leve em até 24 horas após o trauma; 2) revisão sistemática sobre impulsividade no TCE; e 3) artigo sobre a avaliação da impulsividade, aspectos cognitivo-comportamentais e de marcadores no sangue de pacientes com TCE leve em até um mês pós TCE. A metodologia em comum dos estudos 1 e 3 incluiu pacientes com TCE leve atendidos no pronto atendimento da neurologia do Hospital João XXIII em até 24 horas após o trauma. Os pacientes foram avaliados por meio de testes cognitivos e escalas de autorrelato. No estudo 3, marcadores inflamatórios e de dano neuronal e vascular também foram dosados no soro de pacientes e controles de maneira exploratória. No estudo 1, pacientes com TCE leve (n=53) apresentaram pior desempenho em cognição geral, memória episódica, aprendizagem e funcionamento executivo quando comparados a controles (n=28). No estudo 2, observou-se grande heterogeneidade nos estudos incluídos (n=39), com pacientes de diferentes gravidades, diferentes métodos de diagnóstico do TCE, e tempos de avaliação com variação de 1 mês a 63 anos pós TCE. Foi possível encontrar indícios de alterações cognitivas, comportamentais e de autorrelato indicativos de impulsividade aumentada nos pacientes em comparação a controles. No estudo 3, os pacientes com TCE leve (n=21) foram mais impulsivos e ansiosos que controles (n=19) em até trinta dias após o TCE em medidas de autorrelato. Também houve diferença nos marcadores copeptina, GRO, LIGHT/TNFSF14, MMP9 e Lipocalina-2/NGAL, MIF, EGF, enolase/NSE e ECA. Observou-se associação entre escores de impulsividade com os marcadores copeptina, MMP9, Lipocalina-2, LIGHT, APP, NCAM, e com o TCE. Não houve diferença nas medidas cognitivas. Os achados apontam para alterações do funcionamento cognitivo nos pacientes com TCE leve no estágio agudo (Estudo 1), e alterações indicativas de impulsividade nos pacientes com TCE (estudos 2 e 3), além de alterações em marcadores indicando possíveis alterações no funcionamento do sistema nervoso central, relacionadas à neuroinflamação, dano neuronal e vascular no TCE leve e impulsividade associada (estudo 3). A identificação de alterações cognitivo-comportamentais e neuropsiquiátricas e compreensão de fatores fisiopatológicos associados a essas alterações podem contribuir para o desenvolvimento de melhor assistência e acompanhamento ao paciente vítima de TCE leve, além de elucidar aspectos relacionados à fisiopatologia do TCE leve, indicando futuros caminhos para o desenvolvimento de intervenções clínicas.
Abstract: Cognitive, behavioral, and neuropsychiatric changes are commonly observed in patients with moderate and severe traumatic brain injury (TBI). Growing evidence supports that patients with mild TBI also have these changes. The aim of this work was to investigate cognitive alterations in patients with mild TBI in the acute stage and to investigate cognitive and behavioral alterations and associated biomarkers up to one month after TBI. The result is divided into three studies: 1) article on cognitive assessment in mild TBI up to 24 hours after trauma; 2) systematic review of impulsivity in TBI; and 3) article on the assessment of impulsivity, cognitive and behavioral changes, and blood markers in mild TBI patients within one month after TBI. The common methodology of studies 1 and 3 included patients with mild TBI treated at the neurology emergency room at Hospital João XXIII up to 24 hours after mild TBI. Patients were assessed using cognitive tests and self-report scales. In study 3, inflammatory, neuronal, and vascular markers were also measured in the serum of patients and controls in an exploratory manner. In study 1, patients with mild TBI (n=53) had worse performance in general cognition, episodic memory, learning and executive functioning compared to controls (n=28). In study 2, there was great heterogeneity in the included studies (n=39), with patients of different severities, different methods of diagnosis of TBI, and time of assessment ranging from 1 month to 63 years after TBI. It was possible to find evidence of cognitive, behavioral and self-report changes indicative of increased impulsivity in patients compared to controls. In study 3, patients with mild TBI (n=21) were more impulsive and anxious than controls (n=19) within 30 days after TBI on self-report measures. Mild TBI patients presented higher blood levels of copeptin, GRO, LIGHT/TNFSF14, MMP9 and Lipocalin2/NGAL, and lower levels of MIF, EGF, enolase/NSE and ECA compared to controls. There was an association between impulsivity scores with the markers copeptin, MMP9, Lipocalin-2, LIGHT, APP, NCAM, and with TBI. There was no difference in cognitive measures. The findings point out changes in cognitive functioning in patients with mild TBI in the acute stage (Study 1), and to changes indicative of impulsivity in patients with TBI (studies 2 and 3). In addition, findings regarding the blood markers may indicate changes in central nervous system, related to neuroinflammation, neuronal and vascular damage in mild TBI and its association to impulsivity (study 3). The identification of cognitive-behavioral and neuropsychiatric alterations may contribute to the development of better care and follow-up to patients suffering from mild TBI. Additionally, the better comprehension of mild TBI pathophysiology may open new avenues for the development of novel therapy strategies focus in prevent or minimize mild TBI cognitive and behavioral outcomes.
Subject: Neurociências
Avaliação neuropsicológica
Lesões Encefálicas Traumáticas
Função executiva
Inflamação
language: por
metadata.dc.publisher.country: Brasil
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
metadata.dc.publisher.department: ICB - INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLOGICAS
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Neurociências
Rights: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/42173
Issue Date: 10-Nov-2021
Appears in Collections:Teses de Doutorado

Files in This Item:
File Description SizeFormat 
Tese_completa_MGFC.pdf2.01 MBAdobe PDFView/Open


Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.