Use este identificador para citar o ir al link de este elemento: http://hdl.handle.net/1843/42341
Tipo: Tese
Título: A competição de abelhas noturnas, abelhas do mel e abelhas sem ferrão pelo pólen de plantas de floração maciça
Título(s) alternativo(s): The competition of nocturnal bees, honey bees and stingless bees for pollen from mass flowering plants
Autor(es): Fernanda Figueiredo de Araujo
primer Tutor: Clemens Schlindwein
primer Co-tutor: Adriano Valentin-Silva
primer miembro del tribunal : Celso Feitosa Martins
Segundo miembro del tribunal: Guaraci Duran Cordeiro
Tercer miembro del tribunal: José Neiva Mesquita Neto
Cuarto miembro del tribunal: Milson dos Anjos Batista
Resumen: Espécies de floração maciça, cujas flores se abrem em grande quantidade e ao mesmo tempo durante um curto período, são conhecidas como fontes excepcionais de pólen para as abelhas. Em espécies de floração maciça com flores que se abrem a noite, durante o crepúsculo ou pouco antes do nascer do sol, o número de espécies de abelhas que visitam suas flores em busca do pólen cresce à medida que o brilho aumenta após o amanhecer, aumentando também a competição entre elas. Várias espécies de abelhas, incluindo abelhas crepusculares/noturnas, abelhas do mel e abelhas sem ferrão exploram essas flores e competem pelo pólen. No entanto, a competição por esse recurso raramente foi quantificada. Usamos quatro espécies de Myrtaceae de floração maciça como modelo para investigar a competição entre abelhas nativas e a introduzida Apis mellifera por pólen. Em Campomanesia pubescens, C. adamantium, Blepharocalyx salicifolius e Myrcia rufipes, espécies que possuem típicas flores de pólen, quantificamos quanto pólen é coletado por diferentes grupos de abelhas que visitam suas flores. Para isso, realizamos um experimento de remoção de pólen em flores acessadas apenas por determinados grupos de abelhas. Mostramos que o pólen das flores de C. pubescens foi coletado por abelhas crepusculares, abelhas do mel e abelhas sem ferrão, enquanto que nas demais espécies o pólen foi removido por abelhas do mel e abelhas sem ferrão. Em todas as quatro espécies de plantas estudadas, operárias de A. mellifera foram, de longe, os visitantes florais mais abundantes e melhores competidoras, pois coletaram a maior parte do pólen das flores (Capítulos 1, 2 e 3). Além disso, medimos o impacto da presença massiva de A. mellifera na frequência de visitas e na coleta de pólen por abelhas nativas em flores de C. pubescens, B. salicifolius e M. rufipes (Capítulos 1 e 2). Em C. pubescens, a presença massiva de operárias da abelha do mel encurtou o tempo efetivo que as abelhas crepusculares, principais polinizadores dessa espécie, coletam pólen sem competidores ao amanhecer e diminuem fortemente o ganho de pólen por abelhas nativas diurnas. Contudo, a exclusão das abelhas do mel das flores resultou em um aumento drástico do fluxo de pólen para as espécies diurnas nativas, especialmente as abelhas sem ferrão. Em B. salicifolius e M. rufipes, após a exclusão de A. mellifera das flores, a frequência das abelhas sem ferrão triplicou e o ganho de pólen das abelhas sem ferrão aumentou consideravelmente nas duas espécies. Esses resultados demonstram que as abelhas nativas sofrem deslocamento pela abelha introduzida via competição por exploração. Apesar do impacto negativo para as abelhas nativas, a abelha do mel foi polinizador efetivo das três espécies de planta. No capítulo 4, estudamos aspectos relacionados à interação da espécie de floração maciça Caryocar brasiliense com abelhas que visitam suas flores. A espécie apresenta flores quiropterófilas típicas que se abrem a noite e fornecem recursos até o amanhecer, atraindo abelhas noturnas/crepusculares e várias espécies de abelhas diurnas. Avaliamos a importância de C. brasiliense como recurso floral para abelhas noturnas e se essas abelhas atuam como polinizadores efetivos das flores de C. brasiliense. Nossos resultados mostraram que embora o pólen de C. brasiliense seja um importante recurso alimentar das abelhas noturnas, essas abelhas não contribuíram para a polinização dessa árvore típica do Cerrado.
Abstract: Mass flowering species, whose flowers open in large amount at the same time for a short period, are known as exceptional sources of pollen for bees. In the mass flowering species with flowers that open at night, during twilight or just before sunrise, the number of bee species that visit their flowers in search of pollen grows as the brightness increases after dawn, also increasing the competition among them. Several bee species, including crepuscular/nocturnal bees, honey bees and stingless bees exploit these flowers and compete for their pollen. However, competition for this resource was rarely quantified. We used four mass-flowering Myrtaceae species as a model, to investigate the competition among native bees and the introduced honey bees for pollen. In Campomanesia pubescens, C. adamantium, Blepharocalyx salicifolius and Myrcia rufipes, species with typical pollen flowers, we quantified how much pollen is collected by different bee groups. We conducted a pollen removal experiment in flowers accessed only by bee groups. We showed that the pollen of C. pubescens flowers was collected by crepuscular bees, honey bees and stingless bees, while in the other species the pollen was removed by honey bees and stingless bees. In all four plants species studied, honey bee workers were by far the most abundant floral visitors and the best competitors, collecting most of the flower pollen (Chapters 1, 2 and 3). In addition, we measured the impact of the massive presence of honey bees on the frequency of visits and pollen collection by native bees on C. pubescens, B. salicifolius and M. rufipes flowers (Chapters 1 and 2). In C. pubescens, the massive presence of honey bee workers shortened the effective time that crepuscular bees, the main pollinators of this species, collect pollen without competitors at dawn and strongly decrease pollen gain by diurnal native bees. However, the exclusion of honey bees from flowers resulted in a drastic increase in pollen flow for native diurnal species, especially stingless bees. In B. salicifolius and M. rufipes, after the exclusion of honey bees from the flowers, the frequency of stingless bees was threefold and the pollen gain of stingless bees increased considerably in both species. These results demonstrated that native bees are displaced by the introduced bee via exploitative competition. Despite the negative impact on native bees, the honey bees were effective pollinators of the three plant species. In chapter 4, we study aspects related to the interaction of the massive flowering species Caryocar brasiliense with bees that visit their flowers. The species has typical chiropterophilous flowers that open at night and provide resources until dawn, attracting nocturnal bees and several diurnal bee species. We evaluated the importance of C. brasiliense as a floral resource for nocturnal bees and whether, these bees act as effective pollinators of C. brasiliense flowers. Our results showed that although C. brasiliense pollen are an important food resource for nocturnal bees, these bees did not contribute to the pollination of this typical Cerrado tree.
Asunto: Fenômenos fisiológicos vegetais
Ecologia
Polinização
Myrtaceae
Abelhas
Interação ecologica
Idioma: N/A
País: Brasil
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Institución: UFMG
Departamento: ICB - DEPARTAMENTO DE BOTÂNICA
Curso: Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal
Tipo de acceso: Acesso Restrito
URI: http://hdl.handle.net/1843/42341
Fecha del documento: 30-nov-2021
Término del Embargo: 30-nov-2023
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