Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/1843/42549
Type: Dissertação
Title: Efeitos de ácidos graxos na ativação de macrófagos murinos
Authors: Núbia Morais Rodrigues
First Advisor: Ana Maria Caetano de Faria
First Co-advisor: Tatiani Uceli Maioli
First Referee: Fabiana Simão Machado
Second Referee: Jacqueline Isaura Alvarez Leite
Abstract: Os macrófagos têm papel essencial na homeostase do organismo. Estão presentes em todos os tecidos e possuem inúmeros fenótipos que são adaptados ao ambiente tecidual. Vários parâmetros e moléculas são utilizados para mensurar a ativação de macrófagos, como morfologia, atividade de arginase e produção de citocinas além da expressão de moléculas de superfície. Nesse contexto, os lipídios poli-insaturados têm se mostrado fundamentais na atividade dessas células, uma vez que são utilizados pelos macrófagos como parte da estrutura de membrana e influenciam a ativação dos macrófagos mediante estimulação ou infecção. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar as alterações induzidas pela suplementação in vitro com ácidos graxos poli-insaturados (PUFAs) em macrófagos murinos. Para isso, foram utilizados macrófagos recrutados com tioglicolato a 3% da cavidade peritonial de camundongos C57BL/6. Após a retirada do lavado peritoneal com PBS, as células foram contadas e plaqueadas em meio completo. Após o tempo de adesão, as células não aderidas foram lavadas e em seguida receberam os PUFAs na concentração de 100μM (EPA e DHA, da família ômega 3, AA, da família ômega 6 e CLA purificados) em meio completo. Após 48 horas de cultivo com os lipídios, ou posterior estimulação com IFN-γ + LPS ou com IL-4 ou infecção com Trypanosoma cruzi, as análises foram realizadas. Foi observado que o EPA induziu aumento na aderência das células à placa, aumento na capacidade fagocítica, aumento na frequência de MHCIIhi, CD124 e CD206. Nossos resultados demonstraram também que EPA, DHA e AA reduziram a produção de NO em células estimuladas com IFN-γ + LPS e aumentaram a expressão de TLR2. Além disso, AA aumentou a atividade de arginase, enquanto que CLA aumentou mRNA para iNOS. No contexto de infecção, a suplementação com EPA, DHA e AA foi capaz de reduzir o número de parasitas por célula, porém apenas o EPA reduziu o percentual de células infectadas. Podemos concluir que os lipídios foram capazes de modular a ativação dos macrófagos peritoneais, com destaque para o EPA que aumentou a expressão e frequência de células positivas para moléculas de ativação, aumentou o percentual de células capazes de eliminar o T. cruzi, e impediu a produção de NO e IL-6 em células estimuladas.
Abstract: Macrophages play an essential role in the body's homeostasis. They are present in all tissues and have numerous phenotypes that are adapted to the tissue environment. Several parameters and molecules are used to measure the activation of macrophages, such as morphology, activation of arginase, cytokines production and surface molecules expression. In this context, polyunsaturated fatty acids have been shown to be fundamental since they are used by macrophages as part of the membrane structure and have immune activity, influencing the physiology and activation of macrophages during stimulation or infection. Thus, the aim of this work was to evaluate the changes induced by in vitro supplementation with polyunsaturated fatty acids (PUFAs) in murine macrophages. To do this, peritoneal macrophages from C57BL/6 mice recruited with thioglycolate at 3% was used. After removal of the peritoneal lavage with PBS, the cells were counted and plated in complete medium. After the time for adhesion, cells not adhered were washed and then received PUFAs in concentrations of 100μM (EPA and DHA, the omega-3 family, AA, omega-6 family and purified CLA). After 48 hours of lipid culture, or subsequent stimulation with IFN-γ + LPS or IL-4 or infection with Trypanosoma cruzi, analyzes were performed. We observed that EPA increased adherence, phagocytic capacity, frequency of MHCIIhi, CD124+ and CD206+ positive cells. Our results also showed that EPA, DHA and AA reduced NO production in cells stimulated with IFN-γ + LPS and also increased expression of TLR2. In addition, AA increased arginase activity, whereas CLA increased mRNA for iNOS. In the context of infection, EPA, DHA and AA were able to reduce the number of parasites per cell, but only EPA reduced the percentage of infected cells. In conclusion the lipids were able to modulate macrophage activation, and EPA was the lipid which had more impact in the activation of peritoneal macrophages by increasing the expression and frequency of cells positives to activation molecules, impaired the production of NO and IL-6 in macrophages that were stimulated and enhanced the number of cells capable of eliminate the T. cruzi amastigots.
Subject: Microbiologia
Macrófagos
Ácidos Graxos Insaturados
language: por
metadata.dc.publisher.country: Brasil
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
metadata.dc.publisher.department: ICB - DEPARTAMENTO DE BIOQUÍMICA E IMUNOLOGIA
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Bioquímica e Imunologia
Rights: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/42549
Issue Date: 7-Mar-2017
Appears in Collections:Dissertações de Mestrado

Files in This Item:
File Description SizeFormat 
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO NÚBIA MORAIS RODRIGUES.pdf2.14 MBAdobe PDFView/Open


Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.