A química dos saneantes em tempos de covid-19: você sabe como isso funciona?

Abstract

Em dezembro de 2019, foi notificado o primeiro caso de síndrome respiratória aguda grave (COVID-19), causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) e a doença foi declarada como pandemia mundial em março de 2020. Como não há vacina atualmente disponíveis, os hábitos de higiene diários de limpeza e distanciamento social são as formas de combate ao COVID-19 indicadas pela OMS. A higiene das mãos e superfícies tornou-se essencial e o uso de etanol 60-90% é recomendado por sua ação biocida eficaz. Os produtos à base de fenol são desinfetantes eficazes, mas podem causar irritação e não são recomendados para superfícies que entram em contato com alimentos. Existem sais de amônio quaternário que apresentam baixa toxicidade e são bons sanitizantes, pois podem causar a desnaturação de proteínas e rompimento da bicamada lipídica viral. O hipoclorito de sódio é um dos sanitizantes mais utilizados devido ao seu baixo custo e capacidade oxidativa efetiva. Na mesma direção, os peróxidos também são usados ​​como biocida, pois causam oxidação de lipídios e desnaturação de proteínas virais. O objetivo deste trabalho é descrever os modos de ação e os conceitos químicos dos sanitizantes recomendados pela ANVISA-Brasil para serem utilizados contra o novo coronavírus.