Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/1843/44061
Type: Dissertação
Title: Uma análise exploratória do ecossistema de inovação em saúde no Brasil.
Authors: Kátia Regina de Oliveira Rocha
First Advisor: Augusto Afonso Guerra Junior
First Referee: Juliana Alvares Teodoro
Second Referee: Wallace Mateus Prata
Abstract: Introdução: O Brasil precisa avançar na organização de modelo de governança sistêmica que propicie um ambiente de inovação com fortes elementos de transversalidade, integração e motivação em favor daqueles atores capazes de inovar. Nesse contexto, mesmo diante do esforço na construção de uma Política Nacional de Inovação, ancorada em um robusto marco legal, sendo este inovador para a realidade normativa brasileira, o que se constata é, ainda, uma dificuldade do poder político em ser a força promotora de um ecossistema gerador de ambientes de inovação. Em razão disso, ainda são escassos os modelos de sucesso em que se possa identificar a existência de ambientes promotores de inovação, baseados em uma integração das instituições de ciência e tecnologia, incluindo as universidades, o governo, as empresas, as instituições sem fins lucrativos e a sociedade. A Pesquisa de Inovação, realizada trienalmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em 2017, constatou queda na taxa de inovação, nos incentivos do governo e nos investimentos em atividades inovativas. A fragilidade tecnológica do País e do próprio Complexo Industrial e Econômico da Saúde foi exposta no contexto da atual pandemia da Covid-19 quando as forças produtivas na área da saúde foram incapazes de suprir várias das necessidades dos serviços de saúde, como na área de fármacos e equipamentos de proteção individual. No entanto, o Brasil melhorou sua posição no ranking mundial, passando da posição 62ª para a 57ª. Em 2015, a Constituição Federal de 1988 se consolidou como um documento capaz de trazer mais segurança jurídica e fomentar as atividades inovativas, com a simplificação das relações entre os atores promotores de inovação. Objetivos: Avaliar as potencialidades e desafios do ecossistema de inovação em saúde no Brasil; o papel do governo brasileiro de induzir a formação de ambientes promotores de inovação, como incubadoras de negócios, instituições de ciência e pesquisa, empresas, instituições sem fins lucrativos, o próprio governo, dentre outros. Além disso, o Estado revela-se como um agente estratégico e coordenador do Ecossistema de Inovação, devendo ser capaz de identificar as principais necessidades de inovação que promovam o desenvolvimento sustentável do País, o crescimento da atividade inovativa com melhorias para a sociedade, e isso evidencia-se fundamental para converter a destacada capacidade de produção de conhecimento da comunidade científica brasileira em força motriz para inovação em escala competitiva no cenário mundial. Assim, se delineou como fundamental nesse estudo examinar a perspectiva dos pesquisadores sobre os desafios e as barreiras no ecossistema de inovação no país. Métodos: Análise exploratória do ecossistema de inovação por meio de questionários eletrônicos para coletar a percepção de pesquisadores (docentes e discentes) envolvidos nos programas de pós-graduação em ciências farmacêuticas e da saúde para avaliar as barreiras e desafios à inovação no Brasil. Resultados: O estudo foi realizado com 121 indivíduos com idades entre 22 e 72 anos. A média de idade dos entrevistados foi de 42±12 anos. Destes, 59,5% eram mulheres e 66,9% eram do estado de Minas Gerais. Ainda, dentre os entrevistados, 74% se considera interessada em inovação em saúde; 82,6% acredita que há oportunidades no Brasil para o desenvolvimento de ideias e para 88% a inovação em saúde deveria ser realizada por meio de parceria entre o setor público e o privado. No entanto, uma boa parcela dos entrevistados não considera satisfatório os conhecimentos sobre as modalidades de financiamento e os conhecimentos sobre tributos no país. Conclusão: Os pesquisadores da área da saúde demonstraram disposição em inovar e, além disso, se demonstrou a presença de um novo cenário favorável que delineia-se no campo normativo e nas iniciativas, mesmo que ainda incipientes, dos Poderes Legislativo e Executivo no âmbito federal, o que se mostra fundamental para encurtar ou eliminar a atual distância da real capacidade de inovação que o País detém diante do capital intelectual dos seus cientistas que, sem dúvida, são protagonistas relevantes, mas que, de forma isolada certamente, não serão capazes de alavancar a atividade inovativa no ritmo que o país precisa para se tornar mais competitivo no cenário internacional ao lado do seu crescimento e desenvolvimento sustentável no mercado interno.
Abstract: Introduction: Brazil has not been able to organize a governance model that provides an environment of innovation with strong elements of transversality, integration and motivation in favor of those actors capable of innovating. In this context, even despite the effort to build a National Innovation Policy, anchored in a robust legal framework, which is innovative for the Brazilian normative reality, what is observed is still an inability of political power in being the promoting force of an ecosystem generator of innovation environments. Thus, there are still few successful models in which it is possible to identify the existence of environments that promote innovation, based on the integration of science and technology institutions, including universities, government, companies, nonprofit institutions and society. The Innovation Survey carried out every three years by the Brazilian Institute of Geography and Statistics in 2017 found a drop in the rate of innovation, government incentives and investments in innovative activities. The technological fragility of the country and of the Health Industrial and Economic Complex itself was exposed in the context of the current COVID-19 pandemic when the productive forces in the health area were unable to meet several of the needs of health services, as in the area of pharmaceuticals and personal protective equipment. However, Brazil improved its position in the world ranking, moving from the 62nd to the 57th position. In 2015, the Federal Constitution of 1988 was consolidated as a document capable of bringing more legal certainty and fostering innovative activities, with the simplification of relations between the actors promoting innovation. Objectives: To assess the potential and challenges of the health innovation ecosystem in Brazil; the role of the Brazilian government in inducing the formation of innovation-promoting environments, such as business incubators, science and research institutions, companies, nonprofit institutions, the government itself, among others. Moreover, the State reveals itself as a strategic agent and coordinator of the Innovation Ecosystem, having to be able to identify the main needs for innovation that promote the sustainable development of the Country, the growth of innovative activity with improvements for society, and this is essential to convert the outstanding knowledge production capacity of the Brazilian scientific community as a driving force for innovation on a competitive scale on the world stage. Thus, it was outlined as fundamental in this study, to examine the perspective of researchers on challenges and barriers in the innovation ecosystem in the country. Methods: Exploratory analysis of the innovation ecosystem using electronic questionnaires to collect the perception of researchers (professors and students) involved in graduate programs in pharmaceutical and health sciences to assess barriers and challenges to innovation in Brazil. Results: The study was conducted with 121 individuals aged between 22 and 72 years. The average age of respondents was 42±12 years. Of these, 59.5% were women and 66.9% were from the state of Minas Gerais. Still, among those interviewed, 74% consider themselves interested in innovation in health; 82.6% believe that there are opportunities in Brazil for developing ideas and 88% believe that innovation in health should be carried out through a partnership between the public and private sector. However, a good portion of the interviewees do not consider the knowledge about the financing modalities and the knowledge about taxes in the country satisfactory. Conclusion: Health researchers showed willingness to innovate and, in addition, the presence of a new favorable scenario was demonstrated in the normative field and in the initiatives, even if still incipient, of the Executive Legislative Powers at the federal level, which proves to be fundamental to shorten or eliminate the current distance from the country's real capacity for innovation faced with the intellectual capital of its scientists, who undoubtedly are relevant protagonists, but who, in isolation, will certainly not be able to leverage innovative activity at the pace that the country should become more competitive on the international stage alongside its growth and sustainable development in the domestic market.
language: por
metadata.dc.publisher.country: Brasil
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
metadata.dc.publisher.department: FARMACIA - FACULDADE DE FARMACIA
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Medicamentos e Assistencia Farmaceutica
Rights: Acesso Restrito
URI: http://hdl.handle.net/1843/44061
Issue Date: 3-Feb-2022
metadata.dc.description.embargo: 3-Feb-2024
Appears in Collections:Dissertações de Mestrado

Files in This Item:
File Description SizeFormat 
Dissertação_Kátia_Rocha.pdf1.42 MBAdobe PDFView/Open


Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.