Identidade sociedade-espaço: transformação e permanência na avenida Afonso Pena
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Universidade Federal de Minas Gerais
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Dissertação de mestrado
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Primeiro orientador
Membros da banca
Celina Borges Lemos
Luciana Teixeira de Andrade
Luciana Teixeira de Andrade
Resumo
O século XX trouxe uma intensa aceleração da transformação da paisagem das grandes cidades, que culminou no desenvolvimento de conceitos de preservação do patrimônio. Em Belo Horizonte, a partir de meados da década de 1930, a cidade começa a se verticalizar e se transformar, por meio de um ciclo de sucessivas substituições de elementos da paisagem, tanto de fortes ícones urbanos quanto de edificações sem grande destaque no panorama. Esta pesquisa tem como estudo de caso a história da metamorfose da avenida Afonso Pena, principal via do plano de implantação da nova capital mineira no século XIX e, portanto, testemunha dos mais importantes prédios que compuseram a paisagem inicial da ocupação urbana. Apesar da transfiguração pela qual a avenida passou ao logo da história, a via atravessa o tempo com forte carga simbólica no imaginário coletivo, sendo eleita como palco das expressões identitárias da população, seja na escala do excepcional, como é o caso das manifestações organizadas, ou na escala do trivial, da rotina diária das pessoas. Algo existe ali que, independentemente das mudanças na estrutura física, garante sua potência simbólica. O objetivo da pesquisa é identificar, em sua materialidade e imaterialidade, a estrutura que sustenta a perenidade da força simbólica da avenida Afonso Pena. A partir dos conceitos de identidade cultural do elo sociedade-espaço, a pesquisa apresenta um panorama geral da transformação da paisagem e analisa os principais casos de substituição de ícones, verificando a interferência da transformação de cada ponto na leitura da identidade da paisagem da avenida.
Abstract
The 20th century brought an intense acceleration of the transformation of large cities' landscape, which culminated in the development of heritage preservation concepts. In Belo Horizonte, from the mid-1930s, the city began to verticalize and transform itself through a cycle of successive replacements of landscape elements, both strong urban icons and buildings without great prominence in the panorama. This research is based on a case study which analyzes the history of Afonso Pena Avenue's metamorphosis, the main route of the plan to implemente the new Minas Gerias capital in the 19th century and, therefore, witness of the most importante buildings that made up de the inicial landscape of urban ocupation. Despite the transfiguration that the avenue has undergone throughout history, the road crosses time with a strong symbolic charge in the collective imagination, being chosen as the stage for the population's identity expressions, whether on the exceptional scale, as is the case of organized manifestations, or on the scale of the trivial, of people's daily routine. Something exists there that regardless of changes in the physical structure, it guarantees its symbolic
potency. The objective is to identify, in its materiality and immateriality, the structure that sustains the continuity of the symbolic force of Afonso Pena Avenue. From the cultural identity concepts formed by the link society-space, the research represents an overall panorama of the transformation of the landscape and analyzes the main cases of icon substitution, verifying the interference of the transformation of each point in the identity interpretation of the avenue landscape.
Assunto
Belo Horizonte (MG), Paisagens culturais, Memória coletiva, Simbolismo na arquitetura, Arquitetura e sociedade, Identidade (Psicologina) na arquitetura
Palavras-chave
Identidade, Paisagem, Arquitetura, Ícones urbanos, Belo Horizonte