Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/1843/45380
Tipo: Tese
Título: Gestando potes e pessoas : a cerâmica como processo de aprendizagem do sensível e concreto
Título(s) alternativo(s): Gestating pots and people : ceramics as a process of learning the sensitive and concrete.
Autor(es): Lilian Panachuk de Sá
Primeiro Orientador: André Pierre Prous
Primeiro membro da banca : Mariana Petry Cabral
Segundo membro da banca: Alexandre Delforge
Terceiro membro da banca: Jean-Jacques Vidal
Quarto membro da banca: Solange Caldarelli
Resumo: Nessa pesquisa busco refletir sobre a cerâmica arqueológica Tupiguarani como artefato que materializa relações de aprendizagens entre gerações de cada comunidade de prática. Essa rede relacional inclui a maneira de lidar e entender os fenômenos, substâncias e coisas que estão emaranhados na manufatura oleira. A olaria inclui nesse caso tanto o processo de feitura quanto o produto. Fazer cerâmica envolve muito trabalho e empenho, saberes diversos sobre uma infinidade de usos e protocolos, narrativas que constroem e atualizam a memória intergeracional, técnicas específicas, regras de ação e impedimentos. Para debater esse tema utilizei um repertório amplo de narrativas em busca do lugar da olaria e da aprendizagem em comunidades falantes do tronco Tupi-guarani, através de informações históricas, linguísticas e etnográficas. Essa argumentação analógica permite situar a olaria como artefato que vincula pessoas através de todo processo de aprendizagem que é longo, de narrativas que despertam a memória e criam elos entre as gerações. Essa percepção foi útil para pensar a cerâmica arqueológica como materialização dessas relações, traçando uma pesquisa que aciona a aprendizagem também para pensar a prática acadêmica. A experimentação arqueológica aparece aqui como estratégia de incluir o corpo produtor na pesquisa, pensar com o corpo. Esse cenário trouxe um colorido para pensar as cerâmicas arqueológicas Tupiguarani. Essa pesquisa tem ainda o interesse em salientar, através da olaria Tupi, a história de mulheres produtoras de artefatos, histórias e saberes, que constroem ativamente a vida em suas comunidades de prática. O processo de aprendizagem cerâmica é longo, e envolve humanidades e materialidades atreladas ao modo de fazer-ser ceramista em cada comunidade de prática, em uma construção durante toda a vida. Esse percurso está marcado nas peças através de gestos técnicos que se relacionam ao resultado de prática e aprendizagem em dada comunidade, é o resultado da uma diversidade de pessoas em seu ciclo de vida, é uma construção coletiva.
Abstract: In this research I seek to reflect on the Tupiguarani archaeological ceramics as an artifact that materializes learning relationships between generations of each community of practice. This relational network includes how to deal with and understand the phenomena, substances and things that are entangled in pottery manufacturing. In this case, the pottery includes both the process of making and the product. Making pottery comprises a lot of work and commitment, different knowledge about a multitude of uses and protocols, narratives that build and update intergenerational memory, specific techniques, rules of action and impediments. In order to debate this theme, I used a wide repertoire of narratives in search of the place of pottery and learning in communities that speak Tupi-Guarani, through historical, linguistic and ethnographic information. This analogical argument enables to situate pottery as an artifact that connects people through the long learning process, through narratives that awaken memory and create links between generations. This perception was useful to think about archaeological ceramics as materialization of these relationships, outlining a research that triggers learning to think about academic practice. Archaeological experimentation appears here as a strategy to include the producing body in the research, to think through the body. This scenario brought some color to think about the Tupiguarani archaeological ceramics. This research also want to emphasise, through the Tupi pottery, the history of women producing artifacts, stories and knowledge, who actively build life in their communities of practice. The ceramic learning process is long, involves humanities and materialities linked to the way of making ceramics and being a pottery artist in each community of practice, in a construction throughout life. This path is marked on the pottery pieces through technical gestures that are related to the result of practice and learning in a given community, it is a result of a diversity of people in its life cycle, it is a collective construction.
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Instituição: UFMG
Departamento: FAF - DEPARTAMENTO DE ANTROPOLOGIA E ARQUEOLOGIA
Curso: Programa de Pós-Graduação em Antropologia
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
metadata.dc.rights.uri: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
URI: http://hdl.handle.net/1843/45380
Data do documento: 26-Abr-2021
Aparece nas coleções:Teses de Doutorado

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
PANACHUK Tese Revista-compactado.pdf14.26 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Este item está licenciada sob uma Licença Creative Commons Creative Commons