Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/1843/46360
Type: Tese
Title: Estado nutricional e saúde de escolares do município de Lokossa – Benin
Authors: Herbert Sagbo
First Advisor: Luana Giatti Gonçalves
First Co-advisor: Sandhi Maria Barreto
metadata.dc.contributor.advisor-co2: Nagham Léa Khanafer
First Referee: Danielle Souto Medeiros
Second Referee: Paulo César Pereira de Castro Junior
Third Referee: Carolina Gomes Coelho
metadata.dc.contributor.referee4: Fernanda Penido Matozinhos
Abstract: INTRODUÇÃO: As crianças e os adolescentes constituem um grupo populacional especialmente sensível às mudanças comportamentais e culturais que afetam o estado nutricional e de saúde. OBJETIVOS: Este estudo objetivou descrever indicadores nutricionais, cardiometabólicos e de consumo alimentar em escolares da última série do ensino primário em Lokossa, Benin, e identificar fatores associados com indicadores de pior estado nutricional. MÉTODOS: Estudo transversal com amostra representativa (n=615) de escolares do sexto ano do ensino primário de 26 escolas públicas e privadas das áreas urbana e rural do município de Lokossa (dezembro/2018-janeiro/2019). A coleta de dados, precedida de um estudo piloto, foi realizada por auxiliares de pesquisa treinados, utilizando questionário estruturado autopreenchido, recordatório-24 horas, aferição de medidas antropométricas e de pressão arterial, bem como coleta de sangue na ponta do dedo para dosagem da hemoglobina. Em subamostra (n=165), foram obtidas medidas bioquímicas. O projeto foi aprovado no comitê de ética do Benin e foram obtidos Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e Termo de Assentimento Livre e Esclarecido. No Artigo 1, foram realizadas análises estratificadas por sexo baseadas em média e desvio padrão e prevalência com intervalo de confiança de 95%. Diferenças entre médias e proporções foram testadas por regressão linear e qui-quadrado de Person. No Artigo 2, fatores associados à magreza e à baixa estatura foram estimados pelo Odds Ratio e seu intervalo de confiança de 95% foi obtido por regressão logística binária. RESULTADOS: Artigo 1: A média de idade foi de 11,6 (0,1) anos, sem diferenciação por sexo. A prevalência de magreza e de baixa estatura foram, respectivamente, 13,1% (IC95%: 9,0-18,7) e 25,5% (IC95%: 20,6-31,2), sendo a baixa estatura mais frequente em meninos (31,3%; IC95%:24,8-38,5) do que em meninas (18,3%; IC95%:13,0-25,0). A prevalência de excesso de peso foi de 6,5% (IC95%:3,9-10,6), enquanto a anemia foi o indicador de carência nutricional mais frequente (47,5%; IC95%:39,7-55,3), sem diferenças estatisticamente significantes relacionadas ao sexo. O colesterol HDL baixo (34,3%; IC95%:20,0-52,1) e a pressão arterial elevada (31,2%; IC95%:21,6-42,7) foram observados em cerca de um terço dos escolares: 11,6% (IC95%:3,9-16,6) tinham colesterol total elevado e menos de 10% (8,3; IC95%:3,9-16,6) tinham hiperglicemia, também sem diferenças estatisticamente significantes relacionadas ao sexo. Os alimentos saudáveis com maior frequência de consumo regular foram peixe e hortaliças; enquanto salgados fritos e biscoitos doces destacaram-se como alimentos não saudáveis. Apenas o consumo de guloseimas variou entre os sexos, sendo mais frequente entre meninas (p<0.001). Metade dos escolares apresentaram alta diversidade alimentar. De acordo com o Artigo 2, as chances de magreza foram maiores entre escolares mais velhos e que relataram sentir fome na escola. Chances de baixa estatura aumentaram com idade, baixa diversidade alimentar, relatos de fome na escola e merenda escolar em cinco dias/semana (OR:2,09; IC95%:1,29-3,36), e diminuíram com a maior escolaridade materna (OR:0.36; IC95%:0,18–0,70). CONCLUSÃO: A desnutrição crônica e a anemia foram os problemas nutricionais mais importantes entre os escolares. Essas carências nutricionais coexistem com o excesso de peso e, especialmente, com alterações metabólicas e pressão arterial elevada, sugerindo a dupla carga da desnutrição nessa população. Os resultados deste estudo sustentam a relevância da insegurança alimentar, particularmente a privação alimentar, para explicar a magreza e o nanismo. A baixa diversidade alimentar também parece contribuir para a desnutrição crônica, enquanto a maior escolaridade materna parece atenuar o problema.
Subject: Estado Nutricional
Ingestão de Alimentos
Desnutrição
Criança
Adolescente
Dissertação Acadêmica
language: por
metadata.dc.publisher.country: Brasil
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
metadata.dc.publisher.department: MED - DEPARTAMENTO DE MEDICINA PREVENTIVA SOCIAL
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública
Rights: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/46360
Issue Date: 16-Dec-2021
Appears in Collections:Teses de Doutorado

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