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Type: Tese
Title: Comparação clínica e radiográfica entre os Portais Ântero-Inferior e Subescapular no tratamento Artroscópico da instabilidade do ombro
Authors: José Carlos Souza Vilela
First Advisor: Ivana Duval Araújo
Abstract: A luxação do ombro é a instabilidade mais frequente dentre as grandes articulações, podendo provocar incapacidade funcional, dor e diminuição da qualidade de vida. Ocorre principalmente na população jovem e ativa, e em muitos casos o tratamento cirúrgico é recomendado. O reparo artroscópico da lesão de Bankart evoluiu e alcançou resultados equiparáveis ao padrão ouro, o reparo aberto. A abordagem artroscópica da luxação recidivante anterior do ombro deve pesar a facilidade técnica para a colocação da âncora na posição mais distal e mais ortogonal possível e o risco de lesão de estruturas vasculares e nervosas da região ântero-inferior do ombro. Tradicionalmente, as âncoras anteriores na glenóide são colocadas através do portal artroscópico ântero-inferior. Devido a inúmeras desvantagens, o portal subescapular tem sido bastante utilizado, pois é seguro, permite ótima angulação e é reprodutível. Apesar das vantagens e desvantagens da abordagem artroscópia pelo portal ântero-inferior e subescapular, poucos estudos compararam os resultados pós-cirúrgicos dessas duas abordagens em um seguimento longo. Assim, o objetivo desse estudo foi comparar os resultados clínicos, índice de complicações e posicionamento das âncoras metálicas utilizadas no tratamento artroscópico da instabilidade do ombro colocadas através dos portais ântero-inferior ou subescapular. Foi realizado um estudo observacional, tipo caso controle, com 33 pacientes submetidos ao tratamento artroscópico de luxação recidivante do ombro. Os pacientes foram distribuídos no grupo estudo (n=17), no qual as âncoras foram posicionadas pelo portal subescapular, e no grupo controle (n=16) pelo portal ântero-inferior. A função do ombro foi avaliada pelos escores de Constant, ASES (American of Shoulder and Elbow Surgeons) e UCLA (University of California-Los Angeles). A força do músculo subescapular foi medida com dinamômetro eletrônico, e o posicionamento das âncoras medido e comparado pelas radiografias nas incidências ântero-posterior (AP) verdadeiro e perfil axilar. Os resultados obtidos entre os dois grupos foram comparados por meio dos testes de t de Student e teste de Fisher, e consideradas diferenças para p<0,05. As âncoras colocadas através do portal do subescapular mostraram-se significativamente melhores posicionadas que aquelas colocadas através do portal ântero-inferior (p<0,001) e mais próximas ao polo inferior (p<0,02). Os escores funcionais apresentaram resultados similares entre os dois grupos. A utilização do portal através do subescapular mostrou-se segura com relação às estruturas neurovasculares e melhorou o posicionamento das âncoras no aspecto ântero- inferior da glenóide, permitindo a colocação mais ortogonal da mesma. Entretanto, não apresentou nenhuma repercussão funcional no músculo subescapular. Apesar do melhor posicionamento das âncoras no estudo radiográfico, esse resultado não se traduziu em melhora no resultado clínico
Abstract: Shoulder dislocation is the most frequent instability among the large joints, which can lead to functional incapacity, pain and decreased quality of life. It occurs mainly in young and active population. In most of the cases surgical treatment is recommended. The arthroscopic repair of the Bankart lesion evolved and obtained results comparable to the gold standard, the open repair. The arthroscopic approach of anterior recurrent shoulder dislocation should consider placing the anchor in the most distal and orthogonal position possible and also the risk of injury to vascular and nerve structures of the anterolateral region. Traditionally, the anterior anchors in the glenoid are placed through the anteroinferior arthroscopic portal. Due to numerous disadvantages, the subscapular portal has been widely used. It is safe, allows optimal angulation and is reproducible. Despite the advantages and disadvantages of the anteroinferior and subscapular portal approach, few studies compare the postoperative results of these two approaches in a long follow-up. The aim of this study was to compare clinical results, complication rate and metallic anchor position, when placed through an anterior-inferior portal versus a trans-subscapularis portal in the arthroscopic treatment of shoulder instability. It was a case-control observational study, performed beetween 2014 and 2016 with 33 patients who underwent arthroscopic treatment of shoulder instability were evaluated and divided into two groups: case group (n=17), in wich the anchors were placed through a trans- subscaularis portal, and control group (n=16), in wich the anchors were placed through the anterior-inferior portal. Clinical outcomes were assessed through Constant, ASES (American Shoulder and Elbow Surgeons) and UCLA (University of California-Los Angeles) scores. Subscapularis muscle strength was measured with an electronic dinamometer (Micro FET 2, Hoggan Scientific LLC) and the anchor placement was evaluated through anteroposterior and lateral radiographs. The data obtained was analyzed using the student’s t test (quantitative data) and Fischer’s test (qualitative data). Statistical significance was established at p<0,05. Anchors placed through a trans-subscapularis portal were better positioned (p<0,001) and closer to the glenoid’s inferior pole (p<0,0189) in comparison with those placed through anterior-inferior portal. The clinical outcomes were similar between both groups. The anchors were better positioned in the anterior-inferior edge of the glenoid, with an inclination angle closer to the orthogonal position when the trans-subscapularis portal was used. Furthermore, the trans-subscapularis portal was safe in regard to neurovascular structures and did not seem to implicate any functional repercussion in subscapularis muscle. Despite the better anchor placement seen on radiographs, no improvement in clinical outcomes was observed in the case group when compared with the control group.
Subject: Articulação do Ombro
Instabilidade Articular
Artroscopia
Complicações Pós-Operatórias
Manguito Rotador
language: por
metadata.dc.publisher.country: Brasil
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
metadata.dc.publisher.department: MEDICINA - FACULDADE DE MEDICINA
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Ciências Aplicadas à Cirurgia e à Oftalmologia
Rights: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/46914
Issue Date: 11-Feb-2019
Appears in Collections:Teses de Doutorado

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