Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/1843/47316
Tipo: Tese
Título: Avaliação de marcadores endoteliais e hemostáticos no transplante renal e suas associações com a evolução do enxerto.
Autor(es): Suellen Rodrigues Martins
Primeiro Orientador: Ana Paula Lucas Mota
Primeiro Coorientador: Patrícia Nessralla Alpoim
Primeiro membro da banca : Cláudia Natália Ferreira
Segundo membro da banca: Fabíola Paes Lemes
Terceiro membro da banca: Kátia de Paula Farah
Resumo: Mesmo após o transplante renal bem-sucedido, complicações podem ocorrer levando à perda do enxerto ou até mesmo à morte. Dentre as principais complicações associadas, podemos citar aquelas que cursam com a disfunção endotelial e alterações da hemostasia, ambas associadas à redução da sobrevida do enxerto. Assim, o objetivo geral foi avaliar os marcadores endoteliais (endocan, homocisteína) e hemostáticos (atividade de ADAMTS13 e geração de trombina) em pacientes receptores do transplante renal (RTR) e correlacioná-los com a evolução do enxerto. Foram incluídos 115 RTR, avaliados em delineamento transversal, distribuídos em subgrupos de acordo com a função de filtração renal [creatinina sérica (C1 ≤1,4 e C2 >1,4 mg/dL) e ritmo de filtração glomerular estimado – eRFG (R1 ≤60 e R2 >60 mL/min/1,73m2] e com o tempo após o transplante [T1: 3 a 24; T2: 25 a 60; T3: 61 a 120 e T4: acima de 120 meses pós-transplante]. Uma análise longitudinal prospectiva também foi realizada por meio da avaliação de prontuários médicos por um período de seguimento de 5 anos. A endocan foi mensurada pelo método de ELISA. A avaliação dos níveis de homocisteína foi feita por ensaio enzimático-colorimétrico e a determinação da atividade de ADAMTS13 por transferência de energia de ressonância de fluorescência. O teste de geração de trombina (TGT) foi realizado pelo método CAT (Calibrated Automated Thrombogram) utilizando baixa (LTF) e alta (HTF) concentração do fator tissular. Níveis elevados de endocan e homocisteína foram observados entre os RTR com pior função de filtração renal (subgrupos C2 e R1), se comparados aos RTR com melhor função de filtração (subgrupos C1 e R2). Quanto ao tempo pós-transplante, os pacientes com transplante recente apresentaram níveis mais elevados de endocan (subgrupo T1) do que os demais RTR, o mesmo não sendo observado para Homocisteína. Não foram observadas diferenças significativas em relação aos valores da atividade de ADAMTS13 entre os subgrupos. Menor geração de trombina foi observada entre os pacientes com pior função de filtração renal (subgrupo C2), se comparado aos RTR com função de filtração preservada (subgrupo C1). De acordo com o tempo pós-transplante, os pacientes com maior tempo pós-transplante (subgrupos T3 e T4) apresentaram níveis mais elevados de trombina se comparados aos RTR com menor tempo pós-transplante (subgrupos T1 e T2). Correlações positivas foram encontradas para o potencial endógeno de trombina (ETP) e pico (em LTH e HTF) versus triglicerídeos e tempo pós-transplante. Os modelos de regressão linear mostraram que o tempo pós-transplante foi um preditor independente da geração de trombina avaliado por ETP. A avaliação longitudinal prospectiva mostrou que dentre as complicações mais frequentes após 5 anos de seguimento foram: infecções urinárias e respiratórias; rejeição ao enxerto e neoplasias. Ao avaliar a influência dos marcadores mensurados na fase transversal do estudo e sua associação com episódios de rejeição ao enxerto a longo prazo, não foram observadas diferenças significativas. Finalmente, os dados analisados em conjunto permitem concluir que as dosagens da endocan, homocisteína e o teste de geração de trombina mostraram ser ferramentas promissoras para diagnosticar e monitorar alterações endoteliais e hemostáticas entre os pacientes transplantados renais ao longo do tempo. No entanto, novos estudos são necessários para melhor compreensão das possíveis associações entre tais marcadores e a ocorrência de rejeição a longo prazo.
Abstract: Even after successful kidney transplantation, complications can occur leading to allograft loss or even death. Among the main associated complications, we can mention those occurring due to endothelial dysfunction and hemostasis alterations, both associated with reduced allograft survival. Thus, our objective was to evaluate endothelial (endocan, homocysteine) and hemostatic (ADAMTS13 activity and thrombin generation) markers in renal transplant recipients (RTR) and correlate them with allograft evolution. One hundred and fifteen RTRs were included, evaluated in a cross-sectional design, distributed into subgroups according to renal filtration function [creatinine levels (C1 ≤1.4 and C2 >1.4 mg/dL) and estimated glomerular filtration rate – eRFG ( R1 ≤60 and R2 >60 mL/min/1.73m2] and with time after transplantation [T1: 3 to 24; T2: 25 to 60; T3: 61 to 120 and T4: over 120 months post-transplant ] A prospective longitudinal analysis was also performed through the evaluation of medical records for a follow-up period of 5 years. Endocan was measured by the ELISA method. The evaluation of homocysteine levels was performed by enzymatic-colorimetric assay and the determination of ADAMTS13 activity by fluorescence resonance energy transfer. Thrombin generation test (TGT) was performed by the CAT (Calibrated Automated Thrombogram) method using low (LTF) and high (HTF) concentrations of tissue factor. Higher levels of endocan and homocysteine were observed among RTR with worse renal filtration function (subgroups C2 and R1), compared to RTR with better filtration function (subgroups C1 and R2). As for post-transplant time, patients with recent transplantation had higher levels of endocan (T1 subgroup) than the other RTRs, the same not being observed for homocysteine, whose values did not differ in relation to this variable. No significant differences were observed for ADAMTS13 activity values between the subgroups. Lower thrombin generation was observed among patients with worse renal filtration function (C2 subgroup), compared to RTR with preserved filtration function (C1 subgroup). According to post-transplant time, patients with longer post-transplant time (T3 and T4 subgroups) had higher levels of thrombin compared to RTR with shorter post-transplant time (T1 and T2 subgroups). Positive correlations were found for endogenous thrombin potential (ETP) and peak (in LTH and HTF) versus triglycerides and post-transplant time. Linear regression models showed that post-transplant time was an independent predictor of thrombin generation assessed by ETP. The prospective longitudinal evaluation showed that among the most frequent complications after 5 years of follow-up were urinary and respiratory infections; allograft rejection and neoplasms. When evaluating the influence of the markers measured in the cross-sectional phase of the study and their association with long term allograft rejection episodes, no significant differences were observed. Finally, all the data analyzed together allow us to conclude that endocan, homocysteine and the thrombin generation test showed to be promising tools for diagnosing and monitoring endothelial and hemostatic changes among kidney transplant patients over time. Further studies are needed to better understand the possible associations between such markers and the occurrence of long-term rejection.
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Instituição: UFMG
Departamento: FARMACIA - FACULDADE DE FARMACIA
Curso: Programa de Pós-Graduação em Análises Clínicas e Toxicológicas
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/47316
Data do documento: 22-Fev-2022
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