Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/1843/47335
Tipo: Dissertação
Título: A política indigenista em Minas Gerais : apropriações do diretório (1758-1808)
Autor(es): Ranier José de Andrade Quinto Gomes
Primeiro Orientador: Luiz Carlos Villalta
Primeiro membro da banca : Adriana Romeiro
Segundo membro da banca: Adriano Toledo Paiva
Resumo: Esta dissertação propõe-se a analisar as formas de apreensão do Directorio que se deve observar nas Povoaçoens dos Indios do Pará, e Maranhão em quanto Sua Magestade não mandar o contrario, na Capitania de Minas Gerais, pelas populações indígenas, bem como os posicionamentos das autoridades coloniais e demais moradores frente às atuações políticas desses novos vassalos da Coroa, entre 1758 e 1808. Tendo por zênite essas diretrizes, desenvolvemo-las em três capítulos. O primeiro voltou-se para a dimensão historiográfica, sendo dedicado tanto à trajetória da historiografia indígena no Brasil, de forma geral, quanto à historiografia indígena sobre a capitania de Minas Gerais no século XVIII, em específico. O segundo capítulo apresenta uma síntese das legislações indigenistas desde o século XVI e de sua aplicação até o início do século XIX. O terceiro capítulo dedicou-se aos usos que os índios coloniais fizeram do arcabouço legislativo em prol de seus próprios interesses, os seus discursos e as reapropriações identitárias daí procedentes. Concluímos que eles souberam, a despeito da condição assimétrica imposta no processo de colonização, como sujeitos cônscios de sua ação política, manusear e se inserir nas duas categorias que lhes eram possíveis, ou seja, reafirmaram-se como indígenas e, ao mesmo tempo, como vassalos da Coroa, com as obrigações dela decorrentes, mas também com os direitos, alargados em certa medida com as especificações garantidas por sua 'qualidade índica'.
Abstract: This dissertation proposes to analyse how the Directorio que se deve observar nas Povoaçoens dos Indios do Pará, e Maranhão em quanto Sua Magestade não mandar o contrario, was employed in the Captaincy of Minas Gerais, on the one hand, by the indigenous population and, on the other, by the colonial authorities and by other inhabitants, comparing their political actions, between 1758 and 1808. The work has been developed in three chapters. The first one focuses on the historiographical dimension, being devoted both to the trajectory of the indigenous historiography in Brazil, in general, and to the indigenous historiography of the Captaincy of Minas Gerais in the XVIII century. The second chapter presents a synthesis of the indigenous legislation from the XVI century and its application until the beginning of the XIX century. The third chapter deals with how the colonial Indians have made use of the legislative framework on behalf of themselves, as well with their discourses and the resulting reclamation of identity. We conclude that, in spite of the asymmetrical condition established in the process of colonization, they were aware of their political actions. They were able to deal with it and to insert themselves into the two categories available for them, that is, they reaffirmed themselves as indigenous and, at the same time, as vassals of the Crown, assuming the obligations deriving from it, but also obtaining the rights, extended somewhat with the specifications guaranteed by their 'Indian quality'.
Assunto: História - Teses
Índios - Diretórios - Teses
Indigenistas - Teses
Minas Gerais - História - Teses
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Instituição: UFMG
Departamento: FAF - DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
Curso: Programa de Pós-Graduação em História
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/47335
Data do documento: 3-Fev-2017
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