Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/1843/49288
Tipo: Dissertação
Título: Avaliação de marcadores de metabolismo ósseo nem pacientes transplantados renais
Autor(es): Flavia Maria Borges Vigil
Primeiro Orientador: Ana Cristina Simões e Silva
Primeiro membro da banca : Lilian Pires de Freitas do Carmo
Segundo membro da banca: Melani Ribeiro Custódio
Terceiro membro da banca: Augusto Cesar Soares dos Santos Junior
Resumo: Introdução: O distúrbio mineral ósseo (DMO) após o transplante renal sofre influências dos imunossupressores, da osteodistrofia renal pré-existente, do hiperparatireoidismo de novo e fatores tradicionais relacionados ao risco de fraturas, osteoporose e osteopenia. Na doença renal crônica (DRC), o ambiente inflamatório, urêmico e o aumento do produto cálcio e fósforo predispõem às calcificações extra-ósseas, como a calcificação vascular. Ocorre um desequilíbrio entre os fatores inibitórios da calcificação e os indutores. Após o transplante renal, pouco se sabe sobre o efeito nos marcadores do metabolismo ósseo. Este estudo teve como objetivo dosar as concentrações séricas das moléculas do metabolismo ósseo nos pacientes transplantados renais e compará-las com as dosagens em pacientes dialíticos e indivíduos saudáveis. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal com três grupos de pacientes, o primeiro grupo formado por pacientes transplantados renais, o segundo por pacientes dialíticos e o terceiro por voluntários saudáveis. Foram dosadas as concentrações séricas de proteína 1 relacionada ao Dickkopf (DKK-1), esclerostina (SOST), fator de crescimento de fibroblastos 23 (FGF-23), osteocalcina (OC), osteopontina (OPN), osteoprogesterina (OPG) nos três grupos. Posteriormente avaliou-se as associações entre as medidas destas moléculas com variáveis clínicas, demográficas e laboratoriais (cálcio, fósforo, 25 OH vitamina D, fosfatase alcalina, PTH e creatinina). Resultados: Participaram do estudo 114 pacientes (57 transplantados renais, 36 portadores de DRC em hemodiálise e 31 controles saudáveis).Os transplantados renais apresentaram menores níveis de DKK1 (p < 0.001), OPG (p < 0.001), OC (p < 0.001), OPN (p = 0.001), SOST (p < 0.001), FGF-23 (p < 0.001) quando comparados aos pacientes em hemodiálise. Na comparação com indivíduos saudáveis, os transplantados renais também apresentaram menores níveis séricos de DKK1 (p = 0.019), OPG (p < 0.001), OC (p = 0.027), SOST (p < 0.001) e FGF-23 (p = 0.043). No grupo de dialíticos, verificou-se que as mulheres apresentavam menor concentração de SOST quando comparados aos homens (p=0.012). Não foi encontrada nenhuma outra associação significativa entre os níveis das moléculas, dados demográficos e clínicos. Conclusão: Nossos resultados mostraram redução significativa nos marcadores de metabolismo ósseo, DKK1, OPG, OC, OPN e SOST, após o transplante renal. Os primeiros anos após o transplante renal modulam marcadores de DMO, sugerindo uma melhora significativa em relação à DRC em estágio terminal.
Abstract: Introduction: Mineral and Bone Disorder (MBD) after kidney transplantation is influenced by immunosuppressive therapies, pre-existing renal osteodystrophy, de novo hyperparathyroidism and traditional risk factors of fractures, osteoporosis and osteopenia. In chronic kidney disease (CKD), the uremic and inflammatory environment and the increased product of calcium and phosphorus predispose to extraosseous calcifications such as vascular calcification. There is an imbalance between the inhibiting and inducing factors of calcification. After kidney transplantation, little is known about the effect on bone metabolism markers. This study aimed to measure the serum concentrations of bone metabolism molecules in kidney transplant patients and to compare with levels found in patients on hemodialysis and healthy individuals. Methods: This is a cross-sectional study with three groups: kidney transplantation patients, patients on hemodialysis, and healthy controls. The plasma concentrations of Dickkopf -related protein 1 (DKK1), osteoprotegerin (OPG), osteocalcin (OC), osteopontin (OPN), sclerostin (SOST), and fibroblast growth factor 23 (FGF-23) were measured in these three groups. The associations between the measurements of these molecules with clinical, demographic and laboratory variables (calcium, phosphorous, 25 OH vitamin D, alkaline phosphatase, PTH and creatinine) were evaluated. Results: A total of 114 patients were included in the study. Transplant recipients showed significantly lower levels of DKK1 (p < 0.001) OPG (p < 0.001), OC (p < 0.001), OPN (p = 0.001), OST (p < 0.001), and FGF-23 (p < 0.001) when compared to patients on hemodialysis. In comparison to healthy controls, transplant recipients also presented lower levels of DKK1 (p = 0.019), OPG (p < 0.001), OC (p = 0.027), SOST (p < 0.001) and FGF-23 (p = 0.043). Regarding demographic data, women presented lower serum SOST levels when compared to men in the hemodialysis group (p = 0.012). No other significant associations were found between levels of molecules and baseline demographic and clinical data. Conclusion: Our findings showed a reduction in bone metabolism markers, DKK1, OPG, OC, OPN and SOST, after kidney transplantation. The first years after kidney transplantation modulate MBD markers, suggesting a significant improvement in relation to end-stage kidney disease.
Assunto: Transplante de Rim
Distúrbio Mineral e Ósseo na Doença Renal Crônica
Calcificação Vascular
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Instituição: UFMG
Departamento: MEDICINA - FACULDADE DE MEDICINA
Curso: Programa de Pós-Graduação em Medicina Molecular
Tipo de Acesso: Acesso Restrito
URI: http://hdl.handle.net/1843/49288
Data do documento: 25-Jan-2022
Término do Embargo: 25-Jan-2024
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