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Type: Monografia (especialização)
Title: Efeitos do treino intervalado de alta intensidade em indivíduos pós-acidente vascular encefálico: uma revisão sistemática
Authors: Carolina Araújo de Almeida
First Advisor: Larissa Tavares Aguiar
Abstract: O acidente vascular encefálico (AVE) apresenta alta prevalência, e é uma das principais causas de incapacidade no mundo. A aptidão cardiorrespiratória, a capacidade de marcha e a qualidade de vida costumam estar comprometidas em indivíduos pós-AVE. A eficácia do treino aeróbio tem sido estudada em indivíduos pós-AVE. Contudo, a sua prescrição ideal para essa população ainda não está completamente esclarecida. Entre as possibilidades de execução do treino aeróbio está o treino intervalado de alta intensidade. Sua eficácia, contudo, ainda não está clara. O objetivo dessa revisão sistemática foi investigar o efeito do treino intervalado de alta intensidade na aptidão cardiorrespiratória, pressão arterial, desfechos de marcha, e na qualidade de vida de indivíduos pós-AVE. Para esta revisão, foram realizadas buscas nas bases de dados Medline, PEDro, SciELO e LILACS utilizando descritores relacionados à intervenção (“treino intervalado de alta intensidade”) e à população (AVE). A qualidade metodológica dos estudos foi avaliada pela escala PEDro. Após a seleção, foram incluídos cinco ensaios clínicos randomizados com pontuação mediana de 7 pontos na escala PEDro. A amostra variou entre 16-71 participantes, com total de 220. Os grupos experimentais utilizaram o treino intervalado de alta intensidade, em sua maioria, na esteira. Outras modalidades utilizadas foram bicicleta ergométrica e exercícios pliométricos. A faixa de intensidade variou entre 77%-95% da frequência cardíaca máxima ou 85%-95% do VO2máx. Um dos estudos descreveu a progressão da intensidade com base na velocidade máxima tolerada e outro estudo acompanhou a intensidade por meio da avaliação da percepção de esforço, que não deveria ultrapassar o limite de 14 pontos na escala de Borg. A duração total da prática variou entre 15-52 minutos. Os períodos de exercício de alta intensidade variaram entre 30 segundos e 5 minutos, e de recuperação entre 30 segundos e 3 minutos. Na maioria dos estudos a frequência semanal foi de 3 vezes e a duração total de 12 semanas. Os grupos-controle realizaram treino aeróbio contínuo ou receberam orientações sobre a realização de exercícios físicos e mudança de hábitos de vida ou realizaram treino intervalado de alta intensidade em modalidade diferente. Os instrumentos de medida utilizados foram variados. A aptidão cardiorrespiratória teve como parâmetro o VO2pico obtido em teste de esteira ou a carga máxima na execução do Graded Cycling Test with Talk Test. Para os desfechos de marcha foram avaliados o Teste de Caminhada de 6 minutos, Teste de Caminhada de 10 metros, Índice de Marcha Dinâmica e custo metabólico de marcha, além de comprimento de passada, cadência e comprimento de passo dos membros inferiores. A qualidade de vida foi avaliada pelas escalas Euro-Quality of Life-5 Dimension, Health Survey Questionnaire SF-36 e Stroke Impact Scale. Os resultados encontrados evidenciam um efeito positivo do treino intervalado de alta intensidade na aptidão cardiorrespiratória e nos desfechos de marcha da população pós-AVE. Dos cinco artigos que avaliaram aptidão cardiorrespiratória, três deles (60%) apresentaram resultados com melhora significativa intergrupo após a intervenção e um artigo mostrou melhora intragrupo. Dos três estudos que investigaram o efeito do treino intervalado de alta intensidade em desfechos relacionados à capacidade de caminhada, dois estudos (66,6%) encontraram melhora intergrupo após o treino e um deles apresentou melhora significativa intragrupo. O efeito do treino intervalado de alta intensidade para a pressão arterial sanguínea e qualidade de vida foram inconclusivos. São sugeridos mais estudos que investiguem o efeito do treino intervalado de alta intensidade nesses e em outros desfechos na população pós-AVE.
Abstract: Stroke is a highly prevalent health condition and is considered one of the main causes of disability worldwide. Cardiorespiratory fitness, gait capacity and quality of life are often compromised in individuals after a stroke. The efficacy of aerobic training has been studied in post-stroke individuals. Despite this, the ideal prescription for this population is still not completely clear. Among the possibilities for performing aerobic training is high-intensity interval training. Its effectiveness for this population, however, is still unclear. The objective of this systematic review was to investigate the effect of high-intensity interval training on cardiorespiratory fitness, blood pressure, gait outcomes, and quality of life of individuals after stroke. For this review, searches were performed in the Medline, PEDro, SciELO and LILACS databases using keywords related to the intervention (“high intensity interval training”) and to the population (“stroke”). The methodological quality of the included studies was assessed using the PEDro scale. After selection, five randomized controlled trials with a median of 7 points on the PEDro scale were included. The study sample ranged from 16 to 71 participants, with a total number of 220. The experimental groups practiced high-intensity interval training mostly through treadmill training. Other modalities used were stationary bicycle and plyometric exercises. The intensity range varied between 77%-95% of the maximum heart rate, or 85%-95% of the VO2max. One of the studies described the progression of the intensity based on the maximum tolerated speed and another study followed the intensity through the evaluation of the perception of effort, which should not exceed the limit of 14 on the Borg scale. The total duration of the practice varied between 15-52 minutes. The high intensity bursts duration ranged between 30 seconds and 5 minutes, and recovery periods between 30 seconds and 3 minutes. In most studies, the weekly frequency was 3 times and the total duration was 12 weeks. The control groups underwent continuous aerobic training or received guidance on how to exercise and change their lifestyle or performed high-intensity interval training in a different mode. The measurement instruments used were varied. Cardiorespiratory fitness had as parameter the VO2peak obtained in treadmill test or the maximum load in the execution of the Graded Cycling Test with Talk Test. The 6-minute walk test, 10-meter walk test, dynamic gait index and metabolic gait cost, as well as stride length, cadence and step length of the two lower limbs were evaluated for gait outcomes. Quality of life was assessed using the Euro-Quality of Life-5 Dimension, Health Survey Questionnaire SF-36 and Stroke Impact Scale scales. The results of this review showed a positive effect of high-intensity interval training on cardiorespiratory fitness and gait outcomes in the population after stroke. Of the five studies that assessed cardiorespiratory fitness, three of them (60%) showed results with significant intergroup improvement after the intervention and one article showed intragroup improvement. Of the three studies that investigated the effect of high-intensity interval training on gait outcomes in post-stroke individuals, two studies (66.6%) found intergroup improvement after training and one of them showed significant intragroup improvement. The effect of high-intensity interval training on blood pressure and quality of life was inconclusive. Further studies are suggested to investigate the effect of high-intensity interval training on these and other outcomes in the post-stroke population.
Subject: Força muscular
Marcha
Exercícios físicos
language: por
metadata.dc.publisher.country: Brasil
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
metadata.dc.publisher.department: EEFFTO - ESCOLA DE EDUCAÇÃO FISICA, FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação
Rights: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/49434
Issue Date: 13-Mar-2021
Appears in Collections:Especialização em Avanços Clínicos em Fisioterapia

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