The construction of identity of women artists in contemporary narratives: A study of Ali Smith’s How to Be Both and Sara Baume’s A Line Made by Walking

Abstract

A presente dissertação discute a construção da identidade de artistas mulheres em narrativas de artista contemporâneas escritas por mulheres, através de uma análise comparativa dos romances How to Be Both, de Ali Smith, e A Line Made by Walking, de Sara Baume. Considerando que ambas as artistas-protagonistas exploram a fotografia, defendo que ela desempenha um papel central na construção da identidade dessas personagens, devido a sua capacidade de influenciar e moldar formas de perceber o mundo. Para isso, esta pesquisa se desenvolve a partir dos estudos da Intermidialidade e se baseia principalmente nas noções do sujeito como algo fluido e mutável, como defendido por Stuart Hall, Donald E. Hall and Judith Butler, dos aspectos subjetivos da fotografia, como apontado por Susan Sontag e Liliane Louvel, nos pensamentos de Virginia Woolf e Linda Huf sobre a mulher artista e sua representação na literatura, nas características específicas das narrativas de artista, explicadas por Izabela B. Lago e Eliane T. A. Campello, e no estudo da presença e das funções que a Arte desempenha em narrativas de artista, baseado em Irina O. Rajewsky, Claus Clüver e Sophie Bertho. Sendo assim, esta dissertação começa com uma contextualização do gênero literário ao qual estes romances pertencem, através de um panorama sobre narrativas de artista e suas raízes na tradição do Künstlerroman, depois se concentra na fotografia e em suas especificidades, principalmente na subjetividade intrínseca a ela, e termina analisando a identidade de mulheres artistas e como ela é retratada nas narrativas de How to Be Both e A Line Made by Walking.