Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/1843/49697
Type: Tese
Title: Avaliação da acurácia da ressonância magnética cardiovascular como método diagnóstico precoce na rejeição do enxerto nos receptores de transplante cardíaco
Authors: Anna Letícia Miranda
First Advisor: Maria da Consolação Vieira Moreira
First Co-advisor: Fábio Morato de Castilho
First Referee: Teresa Cristina de Abreu Ferrari
Second Referee: Luiz Guilherme Passaglia
Third Referee: Eduardo Back Sternick
metadata.dc.contributor.referee4: José Luiz Barros Pena
Abstract: Introdução: A insuficiência cardíaca é uma doença progressiva que afeta milhões de pessoas. Aproximadamente 10% dos pacientes com insuficiência cardíaca têm a forma avançada da doença, ou estágio D, a qual está associada a alta mortalidade e piora da qualidade de vida. O transplante cardíaco está indicado para pacientes com insuficiência cardíaca nas classes funcionais III ou IV da classificação NYHA (New York Heart Association) refratários ao tratamento clínico otimizado, ausência de alternativa de tratamento clínico ou cirúrgico, cuja estratificação prognóstica aponta para uma expectativa de vida inferior a um ano. Após a execução do transplante cardíaco, um dos maiores desafios no manejo do paciente é a detecção apropriada e precoce da rejeição do enxerto. A rejeição cardíaca pode ocasionar danos miocárdicos graves e irreversíveis antes de surgirem manifestações clínicas. Até o momento, não se dispõe de exames não-invasivos padronizados para a monitoração da rejeição. A literatura considera a biópsia endomiocárdica (BEM) o padrão-ouro para a detecção da rejeição. O exame de ressonância magnética cardiovascular (RMC) é uma modalidade de imagem não invasiva capaz de detectar áreas de fibrose, edema e lesões inflamatórias do miocárdio podendo ser uma ferramenta de triagem para rejeição do transplante cardíaco. Assim, parte-se da hipótese que a RMC, por ser capaz de avaliar toda a funcionalidade miocárdica de forma menos invasiva, pode oferecer vantagem quando comparada ao atual padrão-ouro. Objetivo: Avaliar a acurácia da RMC como método diagnóstico não invasivo para detecção precoce de rejeição aguda do enxerto em pacientes transplantados cardíacos. Métodos: Os pacientes transplantados cardíacos que atendiam aos critérios de inclusão foram submetidos a RMC, a análise da presença de fibrose miocárdica e a quantificação do edema miocárdico, foram analisadas pelo software CVI-42 (Circle Cardiovascular Imaging, Calgary, Canada). Para aquisição das imagens após a avaliação da TFG, os pacientes receberam por meio de punção endovenosa, 0,2 mmol/kg de contraste a base de gadolíneo não iônico (gadodiamida 0,5mmol/ml). Resultados: Foram incluídos 26 pacientes receptores de transplante cardíaco, em um hospital brasileiro de referência em transplante cardíaco, no período de junho de 2019 a fevereiro de 2022. Os pacientes foram submetidos a BEM como triagem de rejeição do enxerto; o intervalo da realização do procedimento foi definido por meio de protocolo da instituição segundo o sistema do Working Group of the International Society for Heart and Lung Transplantation e de acordo com critérios clínicos da avaliação do cardiologista. Os pacientes foram divididos em dois grupos: sem evidência de rejeição (0R/n=13), e com rejeição (>=2R n=13). Na sequencia os pacientes foram submetidos ao exame de RMC no período de até 120 horas, sem que houvesse alteração na terapia imunossupressora. Foram excluídos, pacientes menores de 18 anos, que apresentavam arritmias não controladas, taxa de filtração glomerular <30ml/min, ou com contraindicações absolutas para a RMC. Pacientes com rejeição 1R também foram excluídos do estudo. As análises foram avaliadas por dois radiologistas cegamente. A metodologia do realce tardio (LGE) foi detectado em (84,6%) dos pacientes com BEM>=2R e em (38,5%) dos pacientes sem rejeição (p=0,016). Pode se afirmar que os modelos de regressão fibrose definidas pela análise quantitativa do LGE foi significativa (p=0,022). Conclusão: Conclui-se que as análises subjetivas e quantitativas do LGE podem ser promissoras na triagem dos pacientes com suspeita de rejeição, como ferramentas de estratificação e possível redução na necessidade da BEM.
Abstract: Introduction: Cardiac function is a progressive disease affecting millions of people. with 10% health of patients with an advanced quality health diagnosis Heart transplantation is indicated for patients with cardiac function in functional classes NY or IV of the NY Heart Association classification (New York Heart Association). one one year. After performing a heart transplant, one of the biggest challenges in patient management is the early detection of changes in the transplant. Cardiac rejection can cause severe and irreversible myocardial damage before clinical manifestations. To date, there is no monitoring of unauthorized exams for rejection of rejection. The literature considers an endomyocardial biopsy (EMB) the gold standard for the detection of rejection. Magnetic resonance imaging (MRI) is an invasive imaging modality not able to detect areas of fibrosis, edema and correction of alterations in the power to alter the screening power for heart transplantation. Thus, it starts from the idea that CMR, as it is able to assess all myocardial functionality, may offer an advantage when the gold standard assessment is lower. Objective: To evaluate the accuracy of CMR as a non-invasive diagnostic method for the early detection of acute transplant disease in heart transplant patients. Methods: Heart transplant patients who met the inclusion criteria were defined by CMR, analysis of the presence of myocardial fibrosis and quantification of myocardial edema, using the CVI-42 software (Circle Cardiovascular Imaging, Calgary, Canada). For image acquisition after GFR assessment, patients received 0.2 mmol/kg of non-ionic gadolinium-based contrast agent (gadodiamide 0.5mmol/ml) by intravenous puncture. Results: 26 heart transplant recipients were included in a Brazilian heart transplant referral hospital, from June 2019 to February 2022. Patients underwent BEM as a screening for graft rejection; the interval for performing the procedure was defined through the institution's protocol according to the Working Group of the International Society for Heart and Lung Transplantation system and according to clinical criteria assessed by the cardiologist. Patients were divided into two groups: without evidence of rejection (0R/n=13), and with rejection (>=2R n=13). Subsequently, the patients underwent CMR examination within a period of up to 120 hours, without any change in immunosuppressive therapy. Patients under 18 years of age, who had uncontrolled arrhythmias, glomerular filtration rate <30ml/min, or who had absolute contraindications for CMR were excluded. Patients with 1R rejection were also excluded from the study. Analyzes were blindly evaluated by two radiologists. The delayed enhancement (LGE) methodology was detected in (84.6%) of the patients with BEM>=2R and in (38.5%) of the patients without rejection (p=0.016). It can be stated that the fibrosis regression models defined by the quantitative analysis of the LGE was significant (p=0.022). Conclusion: It is concluded that the subjective and quantitative analyzes of the LGE can be promising in the screening of patients with suspected rejection, as stratification tools and possible reduction in the need for EMB.
Subject: Transplante de Coração
Rejeição de Enxerto
Imageamento por Ressonância Magnética
Qualidade de Vida
language: por
metadata.dc.publisher.country: Brasil
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
metadata.dc.publisher.department: MEDICINA - FACULDADE DE MEDICINA
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Ciências Aplicadas à Saúde do Adulto
Rights: Acesso Aberto
metadata.dc.rights.uri: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
URI: http://hdl.handle.net/1843/49697
Issue Date: 30-May-2022
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