1. Repositório Institucional da UFMG
2. Trabalhos Acadêmicos
3. Dissertações e Teses
4. Pós-Graduação em História
5. Dissertações de Mestrado

Tipo:	Dissertação
Título:	Planejamento familiar : discursos e prática em Minas Gerais (1965-1973)
Título(s) alternativo(s):	Family planning : discurse and practices in Minas Gerais (1965-1973)
Autor(es):	Elizabeth Valéria Rouwe de Souza
Primeiro Orientador:	Rita de Cássia Marques
Primeiro membro da banca :	Ana Paula Vosne Martins
Segundo membro da banca:	Polyana Aparecida Valente
Resumo:	Essa dissertação trata dos discursos e práticas médicas sobre o planejamento familiar em Minas Gerais (1965-1973). O tema polêmico dividiu opiniões sobre a implantação de uma política populacional no Brasil. A pesquisa, realizada em acervos públicos como a Hemeroteca da Biblioteca Nacional, a Biblioteca Pública de Minas Gerais, o Centro de Memória da Medicina de Minas Gerais e sites oficiais como o do Senado e da Câmara Federal. A documentação encontrada é de tipologia diversa, tais como: jornais de época, projetos, atas de reuniões, prontuários médicos, diários médicos, entre outros. Além disso, realizou-se extensa pesquisa bibliográfica buscando entender o panorama das políticas demográficas, em especial na América Latina, nas décadas de 1960-1970, e as justificativas para o estímulo e controle da natalidade. Os documentos revelam os interesses em limitar a natalidade no Brasil. O primeiro, de ordem internacional, que temia o aumento populacional com potencial para gerar uma convulsão social motivada pelos movimentos comunistas, em um contexto de Guerra Fria, o que em parte se explicava pela presença dessas agências internacionais no país. E o segundo interesse era que o desenvolvimento econômico do país dependia de “filhos fortes, saudáveis e hígidos”, ou seja, mais do que nascer, tinha que nascer com qualidade em famílias que tivessem condições de educar e cuidar. Em Minas Gerais destaca-se o papel de Clóvis Salgado, professor de Ginecologia e político com cargos importantes no governo federal e estadual, na difusão do planejamento familiar e na coordenação de projetos científicos da Faculdade de Medicina da UFMG, que envolviam experiências humanas no controle de natalidade em 1967. As ações se desenvolvem prioritariamente na capital do Estado e também no Norte do Estado com o The Family Health Foundation que na década de 1970, foi responsável por criar um projeto de saúde em parceria com a Faculdade de Medicina, Ministério da Saúde, Governo do Estado e a Universidade Norte Mineira (Montes Claros). Então, as práticas médicas do planejamento familiar trazem muitos debates envolvendo religião e ciência; valores cristãos e ética médica, deixando reflexões tanto sobre o tema em si, como sobre os interesses dos bastidores de cada discurso, seja médico ou religioso. Além disso, o período é marcado pelo silêncio das mulheres nos documentos, que pouco se manifestam sobre as políticas e práticas que tinham seu corpo como principal campo de atuação.
Assunto:	História - Teses Planejamento familiar Controle de natalidade - Teses Anticoncepcionais - Teses Sociedade Civil Bem-Estar Familiar no Brasil
Idioma:	por
País:	Brasil
Editor:	Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Instituição:	UFMG
Departamento:	FAF - DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
Curso:	Programa de Pós-Graduação em História
Tipo de Acesso:	Acesso Aberto
metadata.dc.rights.uri:	http://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/pt/
URI:	http://hdl.handle.net/1843/50834
Data do documento:	29-Nov-2022
Aparece nas coleções:	Dissertações de Mestrado

Este item está licenciada sob uma Licença Creative Commons