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Tipo: Dissertação
Título: Condições de vida e de saúde, e consumo de alimentos segundo a vulnerabilidade à saúde no programa academia da saúde de Belo Horizonte-MG
Título(s) alternativo(s): Living and health conditions, and food consumption according to health vulnerability in the Academia da Saúde Program in Belo Horizonte-MG
Autor(es): Priscila Lenita Candida dos Santos
primer Tutor: Aline Cristine Souza Lopes
primer Co-tutor: Mariana Souza Lopes
primer miembro del tribunal : Erika Cardoso dos Reis
Segundo miembro del tribunal: Helvécio Miranda Magalhães Junior
Resumen: INTRODUÇÃO: Mudanças nos padrões alimentares da população mundial têm sido observadas nos últimos anos. No Brasil, não foi diferente, houve redução no consumo de alimentos in natura e minimamente processados, paralelamente, ao aumento de alimentos processados e ultraprocessados (AUP). Tais mudanças não são randômicas e podem se associar às desigualdades sociais e de saúde, incluindo a vulnerabilidade da área em que se vive e circula. OBJETIVO: Analisar as condições de vida e de saúde; e o consumo de alimentos e a sua associação com a vulnerabilidade à saúde entre participantes do Programa Academia da Saúde (PAS) de Belo Horizonte, Minas Gerais. MÉTODOS: Estudo seccional conduzido com amostra de conglomerado simples de unidades do PAS, estratificada pelas regionais do município. Nas 18 unidades do PAS amostradas foram entrevistados todos os indivíduos com 20 anos ou mais frequentes ao serviço. Foram investigados dados sociodemográficos, condições de vida e de saúde (morbidades referidas); percepção de saúde e de qualidade de vida; hábito de fumar; tempo de participação no PAS; e estado nutricional segundo o Índice de Massa Corporal (IMC). O consumo alimentar foi obtido pela média de dois Recordatórios Alimentares de 24 Horas (R24h) e categorizado segundo a classificação NOVA em: preparações culinárias (alimentos in natura e minimamente processados, e ingredientes culinários processados), alimentos processados e AUP. Para avaliar a vulnerabilidade, utilizou-se o Índice de Vulnerabilidade à Saúde (IVS), indicador composto que permite identificar áreas desiguais e desfavoráveis à saúde mediante a avaliação do acesso à moradia, infraestrutura urbana, educação, serviços de saúde, segurança e renda; sendo classificado em: baixo, médio, alto/elevado. RESULTADOS: Dos 3.056 participantes, a maioria era de mulheres (87,8%) com mediana de idade 58 anos. Indivíduos residentes em áreas mais vulneráveis eram mais jovens (mediana: 56 anos); possuíam menor escolaridade (mediana: 5 anos de estudo) e renda (mediana: R$600,00); maior tempo de participação no PAS (mediana: 17,9 meses); e eram das classes econômicas D/E (68,1%). Em relação às condições de saúde, 74,0% dos participantes consideravam sua saúde como muito boa/boa, sendo essa prevalência menor entre indivíduos que viviam em áreas com IVS elevado/muito elevado (71,5%; p=<0,001); e 40,2% apresentavam sobrepeso, sendo a prevalência superior entre aqueles que residiam em áreas com IVS médio (40,6%; p= 0,022). A média do consumo de energia foi de 1.429,7 kcal, sendo proveniente principalmente de preparações culinárias (61,6%) e AUP (27,4%). Após ajustes, verificou-se que indivíduos que residiam em áreas com IVS elevado/muito elevado apresentavam maior consumo de preparações culinárias (β= 3,4; IC95%: 1,6; 5,3) e menor de AUP (β=-2,7; IC95%: -4,6; -0,8), quando comparados àqueles com IVS baixo. CONCLUSÃO: Participantes do PAS que residiam em áreas mais vulneráveis do município apresentaram piores condições de vida e de saúde, entretanto, apresentaram menor consumo de AUP e maior de preparações culinárias. Estes resultados apontam para a necessidade de ações de promoção da alimentação adequada e saudável diferenciadas conforme a vulnerabilidade do território, com atenção especial para as áreas menos vulneráveis.
Abstract: INTRODUCTION: Changes in the dietary patterns of the world population have been observed in recent years. In Brazil, it was no different, there was a reduction in the consumption of fresh and minimally processed foods, in parallel with the increase in processed and ultra-processed foods (UPF). Such changes are not random and can be associated with social and health inequalities, including the vulnerability of the area in which one lives and circulates. OBJECTIVE: To analyze living and health conditions; and food consumption and its association with health vulnerability among participants of the Academia da Saúde Program (PAS) in Belo Horizonte, Minas Gerais. METHODS: Cross-sectional study conducted with a simple cluster sample of PAS units, stratified by the regions of the municipality. In the 18 units of the PAS sampled, all individuals aged 20 years or more frequently in the service were interviewed. Sociodemographic data, living and health conditions (referred morbidities); perception of health and quality of life; smoking habit; time of participation in the PAS; and nutritional status according to the Body Mass Index (BMI). Food consumption was obtained by the average of two 24-hour food recalls (R24h) and categorized according to the NOVA classification in: culinary preparations (unprocessed or natural and minimally processed foods, and processed culinary ingredients), processed foods and UPF. To assess vulnerability, the Health Vulnerability Index (HVI) was used, a composite indicator that makes it possible to identify unequal and unfavorable areas for health through the assessment of access to housing, urban infrastructure, education, health services, security and income; being classified in: low, medium, high/high. RESULTS: Of the 3,056 participants, most were women (87.8%) with a median age of 58 years. Individuals residing in more vulnerable areas were younger (median: 56 years); had less schooling (median: 5 years of study) and income (median: R$600.00); longer participation in the PAS (median: 17.9 months); and were from economic classes D/E (68.1%). Regarding health conditions, 74.0% of the participants considered their health as very good/good, with this prevalence being lower among individuals who lived in areas with high/very high SVI (71.5%; p=<0.001); and 40.2% were overweight, with a higher prevalence among those living in areas with a medium SVI (40.6%; p= 0.022). The average energy consumption was 1,429.7 kcal, coming mainly from culinary preparations (61.6%) and AUP (27.4%). After adjustments, it was found that individuals residing in areas with high/very high SVI had higher consumption of culinary preparations (β= 3.4; 95%CI: 1.6; 5.3) and lower UPA consumption (β=- 2.7; 95%CI: -4.6; -0.8), when compared to those with low SVI. CONCLUSION: PAS participants who lived in more vulnerable areas of the city had worse living and health conditions, however, they had lower consumption of UPF and higher consumption of culinary preparations. These results point to the need for actions to promote adequate and healthy food, differentiated according to the vulnerability of the territory, with special attention to the less vulnerable areas.
Asunto: Disparidades nos Níveis de Saúde
Fatores Socioeconômicos
Ingestão de Alimentos
Vulnerabilidade em Saúde
Alimento Processado
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Institución: UFMG
Departamento: ENFERMAGEM - ESCOLA DE ENFERMAGEM
Curso: Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Saúde
Tipo de acceso: Acesso Aberto
metadata.dc.rights.uri: http://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/pt/
URI: http://hdl.handle.net/1843/51086
Fecha del documento: 22-sep-2022
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