Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/1843/51239
Type: Tese
Title: Áreas verdes, prática de atividade física e fatores de risco cardiometabólicos: Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil)
Other Titles: Greenspace, physical activity and cardiometabolic risk factors: Brazilian Longitudinal Study of Adult Health (ELSA-Brasil)
Authors: Luciene Fátima Fernandes Almeida
First Advisor: Luana Giatti Gonçalves
First Co-advisor: Sandhi Maria Barreto
metadata.dc.contributor.advisor-co2: http://lattes.cnpq.br/4454863839030427
First Referee: Waleska Teixeira Caiaffa
Second Referee: Eduardo Faerstein
Third Referee: Christovam Barcellos
metadata.dc.contributor.referee4: Adriano Akira Ferreira Hino
Abstract: Evidências apontam que áreas verdes da vizinhança contribuem para a melhoria da saúde cardiometabólica. Áreas verdes podem estimular a coesão social e a prática de atividade física, diminuir a temperatura e favorecer o conforto térmico, além de diminuir a poluição sonora e atmosférica e dessa forma, contribuir para a melhor saúde física e mental. Entretanto, as evidências produzidas advêm majoritariamente de estudos transversais conduzidos em países de renda alta do hemisfério norte, onde há maior presença de áreas verdes na vizinhança do que em países de baixa e média renda. O objetivo dessa tese foi investigar a associação entre a quantidade de áreas verdes na vizinhança e fatores de risco cardiometabólicos e trajetórias de atividade física no lazer em até oito anos de seguimento em adultos residentes em capitais brasileiras. Este estudo foi conduzido com participantes do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil). No primeiro artigo, foram utilizados dados de participantes residentes na cidade de Belo Horizonte que compareceram às visitas 1 (2008-2010) e 2 (2012-2014). Por meio do uso de modelos de regressão logística com equações de estimação generalizada (GEE) foi investigado se, em 3,7 anos de seguimento, a prevalência e a incidência de fatores de risco cardiometabólicos ((i) obesidade, (ii) obesidade abdominal e (iii) colesterol de baixa densidade (HDL-c) baixo) seriam menores entre indivíduos que residiam em vizinhanças com maior quantidade de áreas verdes, identificadas pela distribuição do Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI) médio e pelos percentuais de vegetação arbórea e rasteira em áreas públicas da vizinhança, definida como o buffer circular de 500 metros no entorno da residência. Análises transversais indicaram que a maior quantidade de áreas verdes totais, mensuradas pelo NDVI, associaram-se a menor chance de obesidade e obesidade abdominal, independente de características sociodemográficas individuais e condição socioeconômica da vizinhança. Foi também encontrada associação limítrofe entre a maior quantidade de áreas verdes e a menor chance de baixo HDL-c. A magnitude da associação foi maior entre maiores percentuais de vegetação arbórea e menores chances de obesidade, obesidade abdominal e HDL-c baixo. Maiores percentuais de vegetação rasteira associaram-se apenas a menor chance de obesidade abdominal. As associações longitudinais entre os indicadores de áreas verdes e a incidência dos fatores de risco cardiometabólicos não foram estatisticamente significantes no período de seguimento avaliado. No segundo artigo, foram utilizados dados dos participantes residentes em Belo Horizonte e São Paulo que compareceram à visita 1, visita 2 (2012-2014) e visita 3 (2017-2019). Através do uso de modelos de regressão logística multinomial, foi investigado se a exposição à maior quantidade de áreas verdes da vizinhança, mensurada pelo NDVI médio em buffer circular de 500 metros no entorno da residência estaria associada à trajetória de prática de atividade física moderada/vigorosa, definida pelo número de visitas em que o participante praticou atividade moderada/vigorosa: a) nenhuma; b) 1/2 visitas; c) 3 visitas. Investigou-se, ainda, se essa associação seria independente da percepção de segurança na vizinhança, da presença de calçadas e iluminação pública e da condição socioeconômica da vizinhança. Após ajustes por variáveis individuais, comparados aos participantes residentes em áreas com a menor quantidade de áreas verdes, os que residiam em locais com maiores quantidades tiveram maiores chances de praticar atividade física em 3 visitas, comparado a quem não praticou atividade física em nenhuma visita. Essas associações foram mantidas em modelos separados com ajuste pela percepção de segurança na vizinhança, pela presença de calçadas pavimentadas e por postes de iluminação pública. Entretanto, a associação entre a trajetória de prática de atividade física moderada/vigorosa não foi independente da condição socioeconômica da vizinhança. Os resultados apresentados sugerem que o planejamento urbano deve buscar a melhoria do acesso e da distribuição de fatores ambientais, especialmente das áreas verdes, de forma a estimular a prática de atividade física no lazer e melhorar a saúde cardiometabólica.
Abstract: Evidence points out that neighborhood greenspaces contribute to the improvement of cardiometabolic health. Greenspaces can stimulate social cohesion and physical activity, reduce temperature and promote thermal comfort, in addition to reducing noise and air pollution and thus contribute to better physical and mental health. However, the evidence produced comes mostly from cross-sectional studies run in high-income countries in the northern hemisphere, where there is a greater presence of neighborhood greenspaces than in low- and middle-income countries. The objective of this thesis was to investigate the association between the amount of neighborhood greenspaces and cardiometabolic risk factors and leisure-time physical activity trajectories in up to eight years of follow-up in adults living in Brazilian capitals. In the first article, data from participants residing in the city of Belo Horizonte who attended visits 1 (2008-2010) and 2 (2012-2014) were used. Logistic regression models with generalized estimating equations (GEE) were used to investigate whether, over 3.7 years of follow-up, the prevalence and incidence of cardiometabolic risk factors ((i) obesity, (ii) abdominal obesity, and (iii) low HDL-c would be lower among individuals who lived in neighborhoods with higher greenspace, identified by the distribution of the average Normalized Difference Vegetation Index (NDVI) and by the percentages of tree and herbaceous cover in public areas, defined as 500 meters circular buffer around the residence. Cross-sectional analyzes indicated that the higher greenspace, measured by the NDVI, was associated with lower odds of obesity and abdominal obesity, regardless of individual sociodemographic characteristics and neighborhood socioeconomic status. A borderline association was also found between the higher greenspace and the lower odds of low HDL-c. The magnitude of the association was greater between higher percentages of tree cover and lower odds of obesity, abdominal obesity and low HDL-c. Higher percentages of herbaceous cover were associated only with lower odds of abdominal obesity. Longitudinal associations between greenspace indicators and the incidence of cardiometabolic risk factors were not statistically significant in the evaluated follow-up period. In the second article, data from participants residing in Belo Horizonte and São Paulo who attended visit 1, visit 2 (2012-2014) and visit 3 (2017-2019) were used. Multinomial logistic regression models were used to investigate whether exposure to neighborhood greenspace, measured by the average NDVI in a 500 meters circular buffer around the residence, would be associated with the trajectory of moderate/vigorous physical activity, defined by the number of visits in which the participant practiced moderate/vigorous activity: a) none; b) 1 or 2 visits; c) 3 visits. It was also investigated whether this association would be independent of the perceived safety in the neighborhood, the presence of sidewalks and public lighting and the neighborhood socioeconomic status. After adjusting for individual covariables, compared to participants residing in areas with lower greenspace, those residing in higher greenspace were more likely to practice physical activity in 3 visits, compared to those who did not practice physical activity in any visit. These associations were maintained in separate models with adjustment for perceived safety in the neighborhood, the presence of sidewalks and public lighting. However, the association between the trajectory of practice of moderate/vigorous physical activity was not independent of the neighborhood socioeconomic status. The results suggest that urban planning actions should improve the access and distribution of environmental factors, especially greenspaces, in order to encourage the practice of leisure-time physical activity and improve cardiometabolic health.
Subject: Áreas Verdes
Exercício Físico
Fatores de risco
Saúde do Adulto
Doenças Metabólicas
Ambiente Construído
Dissertação Acadêmica
language: por
metadata.dc.publisher.country: Brasil
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública
Rights: Acesso Restrito
URI: http://hdl.handle.net/1843/51239
Issue Date: 19-Aug-2022
metadata.dc.description.embargo: 19-Aug-2024
Appears in Collections:Teses de Doutorado

Files in This Item:
File Description SizeFormat 
Tese_Luciene_Almeida.pdf
???org.dspace.app.webui.jsptag.ItemTag.restrictionUntil??? 2024-08-19
Tese7.14 MBAdobe PDFView/Open    Request a copy


Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.