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http://hdl.handle.net/1843/53278
Tipo: | Dissertação |
Título: | Mulher, loucura e periculosidade : "tem como você tirar as algemas?" |
Título(s) alternativo(s): | Woman, madness and dangerousness : "is there a way to remove the algos?" |
Autor(es): | Karla Patricia Paiva Ferreira |
Primeiro Orientador: | Lisandra Espíndola Moreira |
Segundo Orientador: | Cornelis Johannes van Stralen |
Primeiro membro da banca : | Claudia Maria Filgueiras Penido |
Segundo membro da banca: | Claudia Natividade |
Resumo: | Esta dissertação tem como foco a percepção dos profissionais de saúde mental sobre as práticas de atendimento a mulheres loucas infratoras, perpassadas por um olhar interseccional. Nesta pesquisa foram entrevistados trabalhadores da rede de saúde mental de Belo Horizonte/MG que já realizaram ou realizam atendimento a mulheres portadoras de sofrimento mental autoras de atos ilícitos. Apesar da implantação da Reforma Psiquiátrica no Brasil e da Lei nº 10.216 de 2001 (Lei n. 10.216, 2001), os processos de reinserção dos portadores de sofrimento mental apresentam pontos a serem articulados na interface com as categorias de gênero e as práticas do direito penal. As mulheres loucas infratoras são perpassadas por um triplo viés de discriminação – pelas questões de gênero, pela loucura e por terem cometido atos criminosos –, apresentando, assim, singularidades que devem ser pontuadas, observadas e consideradas nas práticas em saúde mental. Nesse sentido, é possível reconhecer que o espaço da mulher louca infratora estabelece relações de maneira conflituosa com a pluralidade das perspectivas sociais da mulher “bela, recatada e do lar” e, acrescentando, da mulher mãe, passiva e “santificada”. Tendo como procedimento metodológico a realização de entrevistas semiestruturadas com trabalhadores dos CERSAMs de Belo Horizonte/MG, foi possível analisar a perspectiva dos profissionais a respeito das mulheres loucas infratoras e como eles realizam as suas práticas a partir da compreensão dos marcadores de gênero, loucura e periculosidade. Os resultados apontam para alguns aspectos que caracterizam a mulher, a loucura e a periculosidade, como categorias, que evidenciam dissemelhanças sociais. Com relação às práticas profissionais, estas se apresentam com formas de atenção e cuidado distintas para esse público. Outro ponto a se ressaltar é que mesmo com todo o aparato da Reforma Psiquiátrica e da Luta antimanicomial, ainda há um grande número de mulheres portadoras de sofrimento mental e autoras de delitos que estão sob o sistema carcerário, tendo seus direitos violados, apresentado processos de vulnerabilidade, invisibilidade, tendo menos e/ou deficitários acessos aos serviços de saúde e saúde mental, como os CERSAMs, além de também apresentar menos acessibilidade às medidas de segurança. Esta situação aponta para lacunas da luta antimanicomial e da Reforma Psiquiátrica. Palavras-chave: Mulher. Loucura. Periculosidade. Políticas de Saúde Mental. |
Assunto: | Psicologia - Teses Mulheres - Teses Loucura - Teses Saúde mental - Teses |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Editor: | Universidade Federal de Minas Gerais |
Sigla da Instituição: | UFMG |
Departamento: | FAF - DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA |
Curso: | Programa de Pós-Graduação em Psicologia |
Tipo de Acesso: | Acesso Restrito |
URI: | http://hdl.handle.net/1843/53278 |
Data do documento: | 25-Ago-2020 |
Término do Embargo: | 25-Ago-2022 |
Aparece nas coleções: | Dissertações de Mestrado |
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