Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/1843/53485
Type: Tese
Title: Uma reavaliação do papel de Hípias de Élis como fonte protodoxográfica
Other Titles: A reassessment of the role of Hippias of Elis as a proto-doxographical source
Authors: Gustavo Laet Gomes
First Advisor: Miriam Campolina Diniz Peixoto
First Referee: Liliana Carolina Sanchez Castro
Second Referee: Silvio Marino
Third Referee: Alexandre da Silva Costa
metadata.dc.contributor.referee4: Olimar Flores Junior
Abstract: Em 1944, Bruno Snell inaugurou um novo campo de pesquisas – que podemos chamar de Estudos Protodoxográficos – ao defender que haveria uma fonte comum para passagens paralelas com características doxográficas em Platão e Aristóteles, que ele identificou como sendo o sofista Hípias de Élis. Estudiosos posteriores – em particular Joachim Classen, Jaap Mansfeld e Andreas Patzer – replicaram seu método para outras passagens paralelas e, com isso, acabaram expandindo o rol de possíveis conteúdos oriundos de Hípias. Esta generalização, contudo, não virá sem perdas de caráter metodológico, em particular uma gradual dispensa de âncoras paralelas de confirmação para as passagens aventadas: para Patzer, por exemplo, a simples ocorrência de textos paralelos com estrutura similar à que fora identificada originalmente por Snell será tomada como signo inequívoco da presença de Hípias. Um dos efeitos desse procedimento, será a propagação de uma imagem hipertrofiada de Hípias como filósofo, historiador da filosofia e inaugurador do discurso doxográfico, antecipando a tradição doxográfica peripatética e configurando-se como uma espécie de eminência parda por trás da apreciação platônico-aristotélica da chamada “Filosofia Pré-Socrática”. Embora Mansfeld tenha elaborado suas contribuições sobre a teoria de Snell de forma mais cuidadosa, produzindo inclusive um importante avanço, ao identificar uma matriz protodoxográfica gorgiana, paralela à hipiana, a falta de continuidade nos estudos protodoxográficos (que praticamente ficaram congelados no ano de 1986), resultou em uma recepção enviesada, na qual Mansfeld passou a funcionar até mesmo como confirmador dos excessos de Patzer. Diante desse cenário, esta tese pretende retornar a Snell e seus sucessores, a fim de retraçar a evolução da teoria protodoxográfica, reavaliar criticamente as evidências apresentadas e acrescentar evidências que foram negligenciadas, incluindo estudos recentes sobre Hípias e outras personagens implicadas. Desta análise, emergirão um perfil mais adequado para Hípias enquanto autor, e uma caracterização mais adequada da estrutura e da finalidade de sua Coletânea, além de uma caracterização mais precisa e consequente valorização da contribuição protodoxográfica de Górgias, e a identificação de uma possível nova fonte protodoxográfica no médico naturalista Hípon.
Abstract: In 1944, Bruno Snell inaugurated a new field of research we may call Protodoxographical Studies by arguing that there should be a common source for parallel passages with doxographic features in Plato and Aristotle, which he identified as the sophist Hippias of Elis. Later scholars – in particular, Joachim Classen, Jaap Mansfeld, and Andreas Patzer – replicated his method for other parallel passages, and thereby expanded the range of possible content from Hippias. This generalization, however, has not come without methodological losses, in particular a gradual dismissal of parallel confirmatory anchors for the suggested passages: for Patzer, for example, the mere occurrence of parallel texts with a structure similar to the one originally identified by Snell would be taken as an unequivocal sign of the presence of Hippias. One of the effects of this precedent was the propagation of a hypertrophied image of Hippias as philosopher, historian of Philosophy, and inaugurator of the doxographic genre, anticipating the Peripatetic doxographical tradition, and setting him up as a kind of grey eminence behind Plato and Aristotle’s appreciation of the so-called “Presocratic Philosophy”. Although Mansfeld elaborated his contributions on Snell’s theory more carefully, even producing a major advance with identification of a Gorgian protodoxographical matrix parallel to the Hippian one, the lack of continuity in the protodoxographical studies (that remain practically frozen since 1986), resulted in a biased reception in which Mansfeld even started to function as a confirmer of Patzer’s excesses. Against this backdrop, this thesis intends to return to Snell and his successors in order to retrace the evolution of the protodoxographical theory, critically re-evaluate the evidence they produced, and add evidence that has been neglected, including recent studies on Hippias and other implicated characters. From this analysis, a more adequate profile for Hippias as an author, and a more adequate characterization of the structure and purpose of his Collection will emerge, as well as a more accurate characterization and consequent appreciation of the proto-doxographic contribution of Gorgias, and the identification of a possible new proto-doxographic source in the naturalistic physician Hippo.
Subject: Filosofia - Teses
Filosofia antiga - Teses
Hipias, de Elis
Filosofos pré-socráticos
language: por
metadata.dc.publisher.country: Brasil
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
metadata.dc.publisher.department: FAF - DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Rights: Acesso Aberto
metadata.dc.rights.uri: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
URI: http://hdl.handle.net/1843/53485
Issue Date: 1-Mar-2023
Appears in Collections:Teses de Doutorado



This item is licensed under a Creative Commons License Creative Commons