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http://hdl.handle.net/1843/54044
Type: | Dissertação |
Title: | Qualidade de vida relacionada à saúde dos pais/responsáveis por crianças/adolescentes em tratamento para leucemia ou linfoma |
Other Titles: | Health-related quality of life of parents or caregivers responsible for children or adolescents in treatment for leukemia or lymphoma |
Authors: | Isabel Zanforlin Freitas |
First Advisor: | Saul Martins de Paiva |
First Co-advisor: | Cristiane Baccin Bendo |
First Referee: | Ivana Meyer Prado |
Second Referee: | Suzane Paixão Gonçalves |
Abstract: | Ao longo dos anos o câncer infanto-juvenil evoluiu de uma doença inevitavelmente fatal para uma condição crônica de saúde com risco de vida. A redução da taxa de mortalidade em decorrência da doença, se deu devido ao avanço contínuo da medicina e da eficácia dos tratamentos disponíveis. Os tipos de câncer mais prevalentes na infância são a leucemia e o linfoma, que podem levar até 3 anos de quimioterapia, variando entre fases mais e menos intensas. O extenso período do tratamento pode ser desgastante para o paciente e para o núcleo familiar, levando em consideração o número de consultas, internações, os sintomas que a própria doença pode causar e os efeitos colaterais advindos das medicações. Para avaliar o impacto que esses agravantes podem ter na qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) do paciente e da família, são necessárias pesquisas focadas na percepção e relato do próprio indivíduo (PROs). Desta forma, o objetivo do presente estudo foi identificar o impacto que a leucemia/linfoma e seu tratamento nas crianças/adolescentes podem causar na qualidade de vida dos pais/responsáveis e na família. Foi realizado um estudo transversal com amostra não probabilística de 52 famílias com crianças/adolescentes em tratamento para leucemia ou linfoma no Hospital das Clínicas da UFMG, Belo Horizonte, Brasil. Os responsáveis responderam sobre questões socioeconômicas e demográficas, e perguntas específicas da doença e do tratamento. O instrumento escolhido para mensurar o impacto da leucemia ou linfoma na QVRS dos familiares, foi a versão brasileira do PedsQL™ Family Impact Module. Foram realizadas análise descritiva dos dados e regressão logística bivariada e múltipla (IC 95%, P<0,05), usando o programa SPSS. As mães foram as principais respondentes responsáveis pelo paciente em tratamento (78,8%), a renda familiar mensal de 51,9% dos participantes era de até 1 salário mínimo e 65,4% compartilhavam a moradia com até 4 pessoas. Das crianças/adolescentes 88,5% estavam em tratamento para leucemia e 42,3% eram do sexo feminino. A análise múltipla revelou que a mãe, quando responsável pelo paciente em tratamento, possuía 13,9 vezes mais chances de apresentar maior impacto negativo na QVRS do que quando o responsável era representado por outra pessoa (OR=13,89 95%IC: 1,39-138,92; p=0,025). Outras variáveis independentes não estiveram associadas com impacto na QVRS das famílias. Considerando o autorrelato dos pais/responsáveis sobre o funcionamento parental, o maior impacto negativo foi relacionado com a preocupação (média=46,2; DP±25,56). Os domínios sobre funcionamento familiar “Atividades Cotidianas” e “Relacionamentos Familiares” apresentaram médias 64,4 (DP±36,60) e 84,4 (DP±25,25) respectivamente, representando maior comprometimento relacionado às atividades desenvolvidas no dia-a-dia, do que nos relacionamentos. Conclui-se que o câncer infantil e seu tratamento repercutem na QVRS da família. A mãe quando principal responsável pela criança/adolescente com câncer, apresenta mais chances de perceber o impacto negativo que a doença e o tratamento podem trazer ao núcleo familiar. |
Abstract: | Throughout the years, pediatric cancer has evolved from a fatal disease to a chronic health condition with life threat. The reduction in the disease’s mortality rate is due to the continuous advances in the field of medicine and the efficiency of available treatments. The most prevalent types of children’s cancer are leukemia and lymphoma, each require until 3 years of chemotherapy varying in intensity throughout different phases. The lengthy treatment can be wearing to the patient and their families, considering the number of medical appointments, hospitalizations, and symptoms: adverse from the medication, and from the disease itself. To evaluate the impact that the aggravating factors can have on the patient’s and related families’ Health-Related Quality of Live (HRQoL) research focused on self-report is required. As so this study’s objective is to identify the psychosocial impact that leukemia/lymphoma and its treatment in children/adolescents can cause in the parents/guardians and family’s lives. A cross-sectional study was conducted with a non-probability sample of 52 families with children/adolescents under treatment for leukemia or lymphoma at a reference hospital in Belo Horizonte, Brazil. The parents/guardians answered questions about their socioeconomical and demographical status and questions related to the disease, and its treatments. The Brazilian version of PedsQL™ Family Impact Module was also used to measure the possible impact of leukemia and lymphoma on the HRQoL of families. The descriptive data analysis, bivariate logistics regression, and multiple logistics regression was made with the SPSS software (IC 95%, p<0,05). In most of the studied subjects the mother was the main guardian of the patient (78.8%), the monthly income of 51.9% of the families was 1 minimum wage salary and 65,4% shared their home with up to 4 people. From the children/adolescents 88,5% were being treated for leukemia and 42,3% were female. The multiple analysis that when the mother was the person responsible for the patient there was a chance 13,9 times higher of a greater negative impact to the HRQoL when compared to when the guardian was a different person (OR=13,89; 95%IC: 1,39-138,92; p=0,025). Other independent variables where not associated with the impact on the HRQoL of families. Considering the parents/guardians proxy-report on the parental function, the biggest negative impact was related to worry (mean=46,2; SD±25,56). The family function domains “Daily Activities” and “Family Relationships” had means of 64,4 (SD±36,60) and 84,4 (SD±25,25) respectively, exhibiting a greater impairment in the daily activities than in relationships. It is concluded that childhood cancer and its treatment affect the family’s HRQoL. When the mother is primarily responsible for the child/adolescent with cancer, she is more likely to perceive the negative impact that the disease and its treatment can bring to the family nucleus. |
Subject: | Qualidade de vida Saúde da família Neoplasias Perfil de impacto da doença Pais |
language: | por |
metadata.dc.publisher.country: | Brasil |
Publisher: | Universidade Federal de Minas Gerais |
Publisher Initials: | UFMG |
metadata.dc.publisher.department: | FAO - DEPARTAMENTO DE ODONTOPEDIATRIA E ORTODONTIA |
metadata.dc.publisher.program: | Programa de Pós-Graduação em Odontologia |
Rights: | Acesso Aberto |
metadata.dc.rights.uri: | http://creativecommons.org/licenses/by/3.0/pt/ |
URI: | http://hdl.handle.net/1843/54044 |
Issue Date: | 27-Sep-2022 |
Appears in Collections: | Dissertações de Mestrado |
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