Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/1843/54150
Type: Monografia (especialização)
Title: O desamparo na atualidade e a resposta pelo ato infracional
Authors: Marina Xavier de Miranda Pompeu
First Advisor: Riva Satovschi Schwartzman
Abstract: O termo Hilflosigkeit designa o estado ou a condição de alguém que se encontra sem ajuda, desamparado. Ao longo da construção da metapsicologia freudiana, constatamos que Freud não considerou o desamparo como um conceito nitidamente definido, mas o apresentou como uma noção, que se articula a outros conceitos fundamentais de sua teoria. No presente estudo, o desamparo será abordado a partir de um momento inicial da vida do bebê até o encontro com a cultura, destacando o elemento de insuficiência inerente ao ser humano, para que tenhamos subsídios para a discussão acerca do desamparo do sujeito adolescente autor de ato infracional. O ponto inaugural do desamparo aparece na teoria freudiana como o estado de imaturidade psicomotora do recém-nascido humano e, diante disso, a alteridade é inserida na vida do bebê por meio da oferta de cuidados. Na medida em que o recém nascido é resgatado do lugar de desajuda pelo outro, este passa a ser o primeiro objeto de amor. Esse encontro provocará consequências para a vida do bebê, como a sexualidade e todas as suas vicissitudes. O desamparo mantém relação direta com os arranjos de funcionamento da sociedade de cada época e denuncia a posição trágica ocupada pelo sujeito no mundo moderno, que se funda sobre a coerção e sobre a renúncia das pulsões. Na atualidade, a pobreza subjetiva produzida arremessa o sujeito a um estado de desamparo avassalador. Os adolescentes em conflito com a lei, diante da dor do adolescer e do sofrimento proveniente dos contextos familiar, social e subjetivo, poderão denunciar o desamparo por meio do ato infracional.
Abstract: The term Hilflosigkeit appoints to one’s state or condition of helplessness or abandonment. Throughout the construction of Freud´s Metapsychology, it has been certified that Freud did not consider helplessness as a clearly defined concept, although he presented it as a notion, which is related to other fundamental concepts of his theory. In this study, helplessness is approached from the first moment of an infant´s life to the encounter with culture, highlighting the insufficient element inherent to the human being, so one can have subsidy for the discussion about the helplessness of a young individual who commits a criminal offense. The starting point of helplessness appears in Freud’s theory as the immature psychomotor state of a newborn infant and, in the face of that, alterity is inserted in the infant’s life through care offer. As the newborn is rescued from the place of carelessness by the other, this other becomes the first object of love. This encounter will bring consequences to the infant’s life, such as sexuality and its entire vicissitudes. Helplessness keeps close relation with the arrangements of societies of each era, and denounces the tragic position occupied by the individual in the modern world, which is based in coercion and renunciation of one’s drives. Subjective poverty produced nowadays drastically places the individual into an overwhelming state of helplessness. The adolescent in conflict with the law, as he faces the agonies of reaching adolescence and the suffering originated from its familiar context, might denounce helplessness through criminal offense.
Subject: Desamparo (Psicologia)
Psicanálise
Adolescentes
Infrações
language: por
metadata.dc.publisher.country: Brasil
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
metadata.dc.publisher.department: FAF - DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA
metadata.dc.publisher.program: Curso de Especialização em Teoria Psicanalítica
Rights: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/54150
Issue Date: 12-Jul-2012
Appears in Collections:Especialização em Teoria Psicanalítica

Files in This Item:
File Description SizeFormat 
MONOGRAFIA MARINA POMPEU.pdf621.26 kBAdobe PDFView/Open


Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.