Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/1843/55157
Tipo: Dissertação
Título: Taxonomia, diversidade e prospecção do potencial xerofílico de fungos associados às angiospermas endêmicas da Antártica Colobanthus quitensis e Deschampsia antarctica
Título(s) alternativo(s): Taxonomy, diversity and prospecting of the xerophilic potential of fungi associated with endemic Antarctic angiosperms Colobanthus quitensis and Deschampsia antarctica
Autor(es): Lívia da Costa Coelho
Primeiro Orientador: Luiz Henrique Rosa
Primeiro Coorientador: Camila Rodrigues de Carvalho
Primeiro membro da banca : Daniel de Assis Santos
Segundo membro da banca: Denise de Oliveira Scoaris
Terceiro membro da banca: Luiz Henrique Rosa
Resumo: A vegetação antártica é composta basicamente por musgos, líquens e angiospermas adaptadas às condições extremas da Antártica, entre as quais se destacam a pouca disponibilidade de água e as baixas temperaturas. As duas únicas angiospermas endêmicas da Antártica, Colobanthus quitensis (Kunth) Bartl. (Caryophyllaceae) e Deschampsia antarctica Desv. (Poaceae), são plantas consideradas criotolerantes. Baseado na hipótese de que certos fungos têm potencial de contribuir para a resistência de plantas frente às condições extremas, este trabalho tem como objetivos caracterizar a diversidade e avaliar o potencial xerofílico dos fungos de C. quitensis e D. antarctica. Amostras de folhas, raiz e rizosfera de ambas as plantas foram coletadas em diferentes Ilhas do arquipélago Shetland do Sul e na Península continental da Antártica. Seiscentos e oitenta e três isolados fúngicos foram obtidos, dos quais 543 (79%) foram representados por fungos filamentosos e 140 (21%) por leveduras. Os fungos foram identificados por meio de técnicas de biologia molecular e caracterizados quanto a sua diversidade, riqueza e dominância. A comunidade associada a D. antarctica apresentou os maiores valores de diversidade, riqueza e dominância entre as duas plantas. Pseudogymnoascus destructans foi a única espécie isolada de todos os locais amostrados, a partir das amostras de D. antarctica. Quinze táxons foram comuns entre as duas angiospermas. Das espécies obtidas sistematicamente das folhas, raízes e rizosferas da D. antarctica, P. destructans foi o único isolado encontrado em comum. Não houve espécies em comum, de ocorrência sistemática, em C. quitensis. Os fungos obtidos das rizosferas de ambas angiospermas foram submetidos a ensaios de crescimento em concentrações graduais de glicerol a fim de se avaliar a capacidade de resistência a baixa disponibilidade de água. O gênero com maior capacidade de tolerar baixas atividades de água foi Penicillium (65 isolados), seguido por Pseudogymnoascus (22), Thelebolus (2 isolados) e Leptosphaeria (1). Os resultados obtidos neste trabalho indicam que as duas angiospermas antárticas abrigam táxons tanto cosmopolitas adaptados ao frio quanto endêmicos, incluindo aqueles xerofílicos capazes de tolerar baixa atividade de água e com potencial biotecnológico para uso em processo de melhoramento de plantas de interesse econômico quanto a resistência a seca.
Abstract: Antarctica’s vegetation is composed by, basically, mosses, lichens and angiosperms that have adaptations to extreme conditions, mainly dehydration and low temperatures. The only two Angiosperms that were present in the Antarctic ecosystem: Colobanthus quitensis (Kunth) Bartl. (Caryophyllaceae) and Deschampsia antarctica Desv. (Poaceae) are plants considered to be cold tolerant. Agreeing with the idea that the fungi contribute to the resistance of the plant in a cold environment, the present work has as proposal the characterization of the diversity and evaluation of the xerophilic potential of the fungi isolated from C. quitensis e D. antarctica. Samples of leaves, roots and rhizosphere from both plants were collected in different places from South Shetlands Islands and in the Antarctic Peninsula. Six hundred eighty-three fungal isolates were obtained, of which 543 (79%) were represented by filamentous fungi and 140 (21%) by yeasts. The isolates were identified by molecular taxonomy and classified according to their diversity, richness and dominance. The community associated with D. antarctica showed higher values of diversity, richness and dominance between both plants. Pseudogymnoascus destructans was the only species isolated in common with D. antarctica’s samples, in all islands. Comparing the isolated taxa between both plants, 15 taxons in common were found. From the fungi recovered sistematically from leaf, roots and rhizosphere of D. antarctica, P. destructans was the only species found among them. There were no species in common isolated systematically from C. quitensis. The rhizosphere’s fungi obtained from both plants, were also used in biological essay of growth in gradual glicerol’s concentration, to evaluate the capacity of those fungi to resist to the low water availability. The taxon found more often among the xerophilic isolates was Penicillium (65 isolates), followed by Pseudogymnoascus (22). Less often were Thelebolus (2 isolates) and Leptosphaeria (1). The results obtained in this work showed that both Antarctic angiosperms shelter cold-adapted cosmopolitan fungi as well as endemic fungi, including those xerophilic capable of tolerating low water activity and with biotechnological capability to be used in the improvement of plants with economic potential regarding resistance to drought.
Assunto: Microbiologia
Fungos
Regiões Antárticas
Magnoliopsida
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Instituição: UFMG
Departamento: ICB - DEPARTAMENTO DE MICROBIOLOGIA
Curso: Programa de Pós-Graduação em Microbiologia
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/55157
Data do documento: 12-Mar-2019
Aparece nas coleções:Dissertações de Mestrado

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
Dissertação_Final_depositada.pdf1.88 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.