Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/1843/55947
Type: Tese
Title: Farmacogenética populacional e ancestralidade na América Latina
Authors: Fernanda Rodrigues Soares
First Advisor: Eduardo Martín Tarazona Santos
Abstract: Frequências de polimorfismos nos genes que codificam enzimas metabolizadoras de fármacos variam consideravelmente entre diferentes grupos étnicos. Em populações miscigenadas como as latino-americanas, o conhecimento de características farmacogenéticas de diferentes grupos étnicos pode ser relevante para a implementação de estratégias terapêuticas adaptadas a eles. O objetivo desta tese é verificar a ancestralidade e a frequência das variantes de interesse farmacogenético em populações latino-americanas, visando esclarecer os padrões destas frequências na América Latina. A partir de dois estudos de miscigenação em populações brasileiras inseridas no projeto EPIGEN, concluímos que as coortes do Sudeste/Sul são predominantemente europeias (do norte Europeu/Oriente Médio) e menos africanas (do centro-leste da África), enquanto a coorte do Nordeste possui prevalência de ancestralidade africana (do centrooeste da África) e menos europeia (da Península Ibérica). Além disso, encontramos que há correlação entre ancestralidade genômica e etnia autodeclarada em brasileiros. Para a caracterização de frequências das principais variantes de interesse farmacogenético em populações mundiais, apresentamos três revisões sistemáticas considerando genes CYP2D6, CYP2C9 e CYP2C19 constatando que existem padrões mundiais na distribuição de frequências alélicas. No contexto da América Latina, apresentamos uma revisão sistemática de 121 biomarcadores farmacogenéticos no Brasil, verificando que padrões nesta população são complexos. Além disso, apresentamos um estudo com dados originais da Rede Iberoamericana de Farmacogenética, particularmente na Costa Rica, mostrando uma correlação significativa entre ancestralidade genômica e CYPs em três populações deste país. Adicionalmente, a partir de um estudo de admixture mapping que associa ancestralidade ameríndia com risco aumentado para recidiva em leucemia linfoide aguda devido a dois SNPs, verificamos que esta região genômica está diferenciada em populações latino-americanas, especialmente em nativos. Portanto, em um contexto populacional e epidemiológico, as informações de cor/raça e ancestralidade genômica são informativas para inferências farmacogenéticas. No entanto, para aplicação clínica da farmacogenética em latino-americanos, a genotipagem individualizada deve ser realizada pois a resposta não pode ser predita pela ancestralidade.
Abstract: Polymorphism frequencies in genes coding for drug metabolizing enzymes vary among distinct ethnic groups. In admixed populations, such as Latin Americans, the knowledge of pharmacogenetic characteristics for distinct Latin American ethnic groups may be relevant for the implementation of therapeutic strategies adapted to them. The goal of this dissertation is to verify the ancestry and the frequency of pharmacogenetic variants in Latin American populations, aiming to clarify frequency patterns in Latin America. In two admixture studies using Brazilian populations comprising EPIGEN project we concluded that Southeast/South cohorts are predominantly Europeans (from North Europe/Middle East) and less Africans (from Center-East Africa), whereas Northeast cohort is prevalently African (from Center-West Africa) and less European (from Iberic Peninsula). Further, we found a correlation between genomic and self-reported ancestry in Brazilians. To characterize frequencies of the main variants from worldwide populations, we presented three systematic reviews considering CYP2D6, CYP2C9 and CYP2C19 genes, concluding that there are worldwide patterns in allele frequencies distributions. In a Latin American context, we showed in a systematic review using 121 pharmacogenetic biomarkers that patterns in this population are complicated due to its complex demographic history. Moreover, we presented an article using original data from the Iberoamerican Pharmacogenetics Network, particularly in Costa Rica, showing a significant correlation between genomic ancestry and CYPs in three populations from this country. Furthermore, from an admixture mapping study which associated Native American ancestry with increased risk of acute lymphoblastic leukemia relapse due to two SNPs, we verified that this genomic region is differentiated in Latin American populations, especially Native Americans. So, in a population and epidemiologic context, self-reported and genomic ancestry are informative to pharmacogenetic inferences. However, pharmacogenetic clinical implementation in Latin Americans must be performed by individual genotyping because drug response cannot be predicted by ancestry.
Subject: Farmacogenética
Genética de populações
Ancestralidade
Polimorfismo de nucleotídeo único
language: por
metadata.dc.publisher.country: Brasil
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
metadata.dc.publisher.department: ICB - INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLOGICAS
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas - Fisiologia e Farmacologia
Rights: Acesso Aberto
metadata.dc.rights.uri: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
URI: http://hdl.handle.net/1843/55947
Issue Date: 30-May-2016
Appears in Collections:Teses de Doutorado

Files in This Item:
File Description SizeFormat 
TESE-Nanda-2018-01-02.pdf21.43 MBAdobe PDFView/Open


This item is licensed under a Creative Commons License Creative Commons