Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/1843/56020
Type: Dissertação
Title: Estudo do impacto prognóstico da medida da extensão extracapsular em linfonodos axilares metastáticos de pacientes com câncer de mama: associação com parâmetros clínico- patológicos e evolução da doença
Other Titles: Size of Extracapsular Extension in Axillary Lymph Node Metastasis as a Possible Predictor for Aggressive Tumor Phenotype, Nodal Tumor Burden and Worse Outcome in Node-Positive Breast Cancer Patients
Authors: Francisca Indira Beltrão Colaço Costa da Matta
First Advisor: Marina de Brot Andrade
First Referee: Marina de Brot Andrade
Second Referee: Geovanni Dantas Cassali
Third Referee: Helenice Gobbi
Abstract: Parâmetros anatomopatológicos tradicionais estão entre os principais marcadores prognósticos em pacientes com câncer de mama. Dentre estes, o status linfonodal é o mais relevante, sendo representado pela presença de metástases em linfonodos axilares. A presença de extensão extracapsular (EEC) foi recentemente reconhecida como indicador de pior prognóstico em pacientes com câncer de mama linfonodo-positivo, uma vez que a disseminação extracapsular do depósito metastático em LN axilares está associada a aumento das taxas de recidiva locorregional e redução da sobrevida. Objetivo: Avaliar o impacto prognóstico da medida da EEC em linfonodos axilares metastáticos de pacientes com câncer de mama. Materiais e Métodos: Foram selecionados pacientes com diagnóstico de câncer de mama e metástase axilar submetidos a tratamento cirúrgico no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HC/UFMG), no período de 1990 a 2014. Dados clínico-patológicos foram obtidos das requisições de exames anatomopatológicos e a partir de pesquisa de prontuários médicos. Lâminas originais de cada caso selecionado, coradas pelo método de hematoxilina & eosina, foram revistas para avaliação da classificação/graduação histológica, presença e medidas de EEC (maior medida longitudinal da EEC, perpendicular à cápsula linfonodal - PEEC; maior medida transversal da EEC, transversal à cápsula - TEEC; área do maior foco de EEC - AEEC). Análises univariada, multivariada e de sobrevida foram realizadas para avaliar a associação das medidas da EEC com parâmetros clínico-patológicos, sobrevidas global (SG) e livre de doença (SLD). Utilizamos o ponto de corte de 2mm (4mm2 para a área de EEC) previamente descrito na literatura, bem como pontos de corte obtidos a partir dos valores das medianas de EEC encontrados nas nossas amostras. Resultados: Identificamos 1.238 pacientes diagnosticados com câncer de mama e metástase axilar (632 excluídos; n final=605). A idade mediana foi de 54 anos (28-90 anos), sendo 99% dos pacientes do sexo feminino e 1%, masculino. História familiar positiva para câncer de mama estava presente em 8,1% dos casos. A maioria dos tumores foi classificada como carcinoma ductal invasor sem outra especificação (67,6%), de grau II (42,8%) ou III (42,5%), com grande parte dos pacientes sendo diagnosticados no estágio III da doença (62,1%). Quanto ao status axilar, a mediana do número de linfonodos removidos por paciente foi 22 e a mediana de linfonodos axilares positivos para metástase por paciente foi de 15. A mediana das sobrevidas global (SG) e livre de doença (SLD) foi de 40 e 30 meses respectivamente, com 35,5% dos pacientes evoluindo com recidiva da doença. Detectamos EEC em 65% (393/605) dos pacientes, e sua presença se correlacionou significativamente com piores taxas de SG e SLD. Em relação às medidas da EEC, observamos associação de PEEC/TEEC ≥2mm e AECE ≥4mm2 à presença de 10 ou mais LN axilares positivos, maior número de focos de EEC na axila, implantes tumorais axilares, recidiva e menor SLD. Os resultados obtidos foram semelhantes quando adotamos as medianas de PEEC, TEEC e AEEC como ponto de corte. Avaliamos ainda a presença de implantes tumorais e êmbolos neoplásicos em vasos sanguíneos e linfáticos do tecido adiposo axilar. Identificamos correlação significativa entre a presença de implantes/êmbolos tumorais axilares e grau/tipo histológico, LNs axilares positivos, negatividade para receptores hormonais, estadiamento, recidiva, menor SG e SLD. Na análise multivariada para SG, tamanho tumoral foi estatisticamente significativo, enquanto que na análise multivariada para SLD grau histológico, maior número de focos de EEC e estadiamento apresentaram p<0.05. Conclusão: Em pacientes com câncer de mama e metástase axilar, a presença, as medidas e a área da EEC, bem como implantes/êmbolos tumorais axilares, estão associados a características tumorais de comportamento biológico mais agressivo, carga tumoral axilar maior, ocorrência de recidiva e pior sobrevida livre de doença.
Abstract: Extracapsular extension (ECE) of nodal axillary metastasis is associated with worse outcome in breast cancer (BC) patients, while the size of extracapsular extension in the sentinel lymph node has been correlated with nodal tumor burden at axillary lymph node dissection (ALND). However, the prognostic value of ECE extent remains unclear. Our study analyzed the association of ECE size with clinicopathological criteria and survival in breast cancer (BC). Patients diagnosed with node-positive BC from 1994-2014 were selected at a university hospital. Chart review documented clinicopathological data. Original H&E slides were re-evaluated to determine tumor histologic type/grade, presence, size and area of ECE (largest size perpendicular to the node capsule, PECE; size measured transversely to the capsule, TECE; area, AECE). Comparisons were made by ECE extent (<2mm versus ≥2mm) and area. Our database quest identified 1,238 node-positive BC patients, 632 were excluded because of unavailable medical records, leaving 605 for evaluation. ECE was observed in 393 (65%) cases, either in the sentinel and/or non-sentinel nodes. When ECE was present, patients had shorter overall and disease-free survival (DFS; p<0.01). Compared to <2mm, PECE ≥2mm was significantly associated with pre-menopause, high histologic grade, N3 disease, higher number of ECE foci at ALND, axillary tumor implants and poorer DFS (p=0.01); whereas TECE ≥2mm and AECE ≥4mm² correlated with N3 disease, a higher number of ECE foci, axillary tumor implants, advanced cancer stage, recurrence (for TECE only) and shorter DFS (p<0.01). Results were similar when applying median ECE extent instead of the 2mm cut-off. Also, axillary tumor implants/emboli correlated with worse rates of overall survival and DFS. Our findings confirm that ECE is associated with worse outcome in BC. ECE extent/area, axillary tumor implants and neoplastic emboli correlate with a more aggressive tumor phenotype, nodal tumor burden, recurrence and poorer DFS in node-positive breast cancer patients.
Subject: Patologia
Neoplasias da mama
Extensão extranodal
language: por
metadata.dc.publisher.country: Brasil
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
metadata.dc.publisher.department: MEDICINA - FACULDADE DE MEDICINA
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Patologia
Rights: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/56020
Issue Date: 24-Feb-2017
Appears in Collections:Dissertações de Mestrado

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Dissertação FINAL 01.07.23 FRANCISCA.pdfESTUDO DO IMPACTO PROGNÓSTICO DA MEDIDA DA EXTENSÃO EXTRACAPSULAR EM LINFONODOS AXILARES METASTÁTICOS DE PACIENTES COM CÂNCER DE MAMA: associação com parâmetros clínico- patológicos e evolução da doença6.02 MBAdobe PDFView/Open


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