Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/1843/57048
Tipo: Tese
Título: Os escritos de Manoel Bomfim (1896-1924): um projeto de educação em diversas linguagens
Autor(es): Bruna de Oliveira Fonseca
Primeiro Orientador: Marcus Aurélio Taborda de Oliveira
Primeiro membro da banca : Cynthia Greive Veiga
Segundo membro da banca: Meily Assbú Linhales
Terceiro membro da banca: Heloísa Helena Pimenta Rocha
Quarto membro da banca: Suzete Bornatto
Resumo: A presente investigação tem por objetivo compreender o projeto de educação proposto pelo intelectual sergipano Manoel Bomfim (1868-1932), difundido por meio dos textos publicados por ele entre 1896 e 1924. O recorte temporal de análise foi determinado a partir do seu ingresso no funcionalismo público, na área da educação. Como marco final, adotou-se o ano de fundação da Associação Brasileira de Educação (ABE), a qual iniciou o estabelecimento de um novo modo de influenciar as políticas públicas para a educação. Com este intuito, partimos do seguinte referencial teórico: a História Intelectual de Carlos Altamirano (2005,2007,2013), Oscar Terán (2007) e Dominick LaCapra (1980); a Retórica enquanto chave de leitura, tal como proposta por José Murilo de Carvalho (2000), Olivier Reboul (2004), Chaïm Perelman e Lucie Olbrechts-Tyteca (2014); a análise paratextual, proposta por Gérard Genette (2009). Buscando realizar uma pesquisa que investigasse a maior variedade de gêneros textuais possível, produzidos por Bomfim, foram selecionados: (1) um livro do gênero ensaístico; (2) um livro de caráter geral; (3) uma entrevista publicada em jornal; (4) artigos publicados em periódicos; (5) discursos publicados; (6) livros de leitura; (7) livros para formação de professores; e (8) um livro de psicologia. Essa seleção teve a finalidade de buscar reconhecer como o referido intelectual buscava comunicar seu projeto educacional, direcionando-o a diferentes públicos. A partir da análise empreendida, percebeu-se que Bomfim objetivava a difusão da educação, pois a compreendia como o meio pelo qual o Brasil teria para entrar na modernidade capitalista em condições de igualdade com as nações desenvolvidas. Para tanto, divulgava seu projeto para três auditórios, ou públicos, preferenciais: o geral, o científico e o infantil. Para o público geral, Manoel Bomfim utilizou-se de algumas estratégias, como o uso do gênero ensaio – um meio de expressar mais livremente seu pensamento. Por sua vez, os artigos e discursos eram pautados em argumentos lógicos, emocionais e de autoridade, conforme o leitor, ou ouvinte, visado. Para o público científico, seus textos baseavam-se na ciência contemporânea, sendo notadamente demarcados por uma estrutura paratextual que limitava a interpretação do texto principal, tendo em vista a uniformização do conhecimento difundido via Escola Normal. O público infantil era alcançado por textos repletos de lições das disciplinas exigidas na escola primária e por inúmeros ensinamentos de cunho moral. Por fim, concluiu-se que as diversas linguagens em que o intelectual Manoel Bomfim escrevia e difundia seu projeto de educação partia de um reconhecimento de cada auditório, buscando mobilizá-lo e cativá-lo, para que coadunasse na tarefa de propagar uma educação que respeitasse o aluno e servisse como elemento unificador da sociedade e da nação, permitindo a ascensão da república ao rol dos países desenvolvidos.
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Instituição: UFMG
Departamento: FAE - FACULDADE DE EDUCAÇÃO
Curso: Programa de Pós-Graduação em Educação - Conhecimento e Inclusão Social
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/57048
Data do documento: 27-Fev-2023
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