Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/1843/57480
Tipo: Dissertação
Título: Classificação de riscos das companhias brasileiras: as informações ambientais, sociais e de governança corporativa importam?
Autor(es): Paula Roberta Dos Santos
Primeiro Orientador: Renata Turola Takamatsu
Primeiro membro da banca : Elise Soerger Zaro
Segundo membro da banca: Wagner Moura Lamounier
Resumo: As companhias têm enfrentado pressões advindas das partes interessadas por demonstrações de responsabilidade sustentável. Isto porque os agentes engajados com a sustentabilidade reforçam a necessidade da divulgação de tais informações e, logo, as empresas de países emergentes, que buscam ingressar em novos mercados, realizam as melhores condutas ESG como suporte para legitimação e licença para operar. Assim, até onde se tem conhecimento, ao investir em medidas ambientais, sociais e de governança corporativa, as firmas podem elevar suas classificações de rating de crédito, visto que tendem a suprir as demandas dos usuários e, assim, melhoram a sua reputação e sua visibilidade. Neste sentido, as agências de rating passaram a utilizar dos dados não-financeiros no processo de avaliação dos riscos de inadimplência. Diante disso, o objetivo desta pesquisa foi identificar a relação entre as pontuações ESG e as notas de ratings de crédito das companhias não financeiras listadas na B3. Foi usada uma amostra de 58 firmas, totalizando 327 observações. Para tanto, foram realizadas regressões logísticas binárias e ordinais com os dados em painel, estimando a probabilidade de obter as melhores classificações de rating de crédito a partir de variáveis independentes de interesse – pontuações ESG, setores controversos e pandemia – no período de 2011 a 2021. Os resultados dos modelos desse estudo confirmaram a relação positiva entre os comprometimentos sociais e as notas de ratings das companhias. Por outro lado, viu-se que para as classificações ambientais a relação obtida foi distinta da esperada, indicando que as altas pontuações ambientais afetam, negativamente, as classificações de rating das firmas. Adicionalmente, com base na ausência da significância estatística vista nas relações com outras variáveis de interesse, como governança, controvérsias ESG e pandemia, conclui-se que essas variáveis não afetam as notas de crédito das empresas. Esses resultados sugerem que, para a amostra do estudo, só as práticas sociais das empresas influenciam positivamente as notas de rating de crédito das companhias. Ainda, os achados fornecem evidências de que o ambiente institucional em que as firmas estão inseridas afetam suas práticas de sustentabilidade – como o Brasil, em que as companhias que contribuem para o desenvolvimento econômico têm, em sua grande maioria, atividades operacionais capazes de afetar o meio ambiente. Isso é sustentado pela relação positiva e significativa entre as firmas de setores controversos e as notas de rating. Esse estudo, portanto, contribui para o entendimento dos efeitos dos compromissos ESG das firmas sobre as suas notas de rating de crédito em companhias de país emergente.
Assunto: Administração de risco
Sustentabilidade
Governança corporativa
Contabilidade
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Instituição: UFMG
Departamento: FACE - FACULDADE DE CIENCIAS ECONOMICAS
Curso: Programa de Pós-graduação em Controladoria e Contabilidade
Tipo de Acesso: Acesso Restrito
URI: http://hdl.handle.net/1843/57480
Data do documento: 24-Abr-2023
Término do Embargo: 24-Abr-2025
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