Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/1843/57735
Type: Dissertação
Title: Excesso de peso na população brasileira: prevalência, carga de doenças e custos para o SUS
Other Titles: Overweight in the brazilian population: prevalence, disease burden and costs for the SUS
Authors: Luane Pinheiro Rocha
First Advisor: Mariana Santos Felisbino-Mendes
First Referee: Deborah Carvalho Malta
Second Referee: Ísis Eloah Machado
Abstract: Introdução: O excesso de peso e o Índice de Massa Corporal (IMC) elevado estão relacionados ao desenvolvimento de doenças que podem culminar em procedimentos e internações, aumentando os custos em saúde. Objetivos: Analisar as prevalências, carga de doenças e custos no SUS do excesso de peso na população brasileira. Metodologia: Estudo ecológico com dois componentes, o de série temporal da prevalência de excesso de peso e obesidade, e da carga de doenças atribuíveis ao IMC elevado desde 1990 até 2019 no Brasil; e o delineamento transversal para estimar os custos diretos das internações e procedimentos do SUS atribuíveis ao IMC elevado. Foram utilizados dados do estudo Global Burden of Disease (GBD) 2019 e os custos das internações hospitalares e procedimentos ambulatoriais do ano de 2019 provenientes do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (DATASUS). Foram analisadas a prevalência estimada pela Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) e Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) e as mortes, Anos de Vida Perdidos por Morte Prematura (YLL), Anos vividos com Incapacidade (YLD) e Anos de Vida Perdidos Ajustados por Incapacidade (DALY) decorrentes das DCNT atribuídas ao IMC elevado. Para o cálculo dos custos, utilizou a FAP referente a proporção do YLD de cada desfecho associado ao risco. Resultados: Todas as fontes de dados analisadas mostraram aumento constante da prevalência de excesso de peso e de obesidade no Brasil em ambos os sexos entre 1990 e 2019, apesar das mulheres apresentarem maior prevalência de obesidade. O IMC elevado causou uma perda de 5.817.938,71 DALYs, 1.592.243,31 YLDs e 177.939,70 mortes por Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) no Brasil em 2019. Ao estratificar as métricas pelos principais grupos de DCNT observa-se uma redução nas taxas de DALY, YLL, YLD e óbitos por Doenças Cardiovasculares (DCV) atribuídas ao IMC elevado e um aumento da taxa de YLD por diabetes. Em relação aos custos, foram gastos US$377.295.781,84 dólares com internações e procedimentos de alta e média complexidade no tratamento das DCNT atribuídas ao IMC elevado. Os gastos pelo SUS foram maiores com as internações hospitalares, independentemente da DCNT. As regiões Sul e Sudeste e Unidades Federativas (UF), Paraná e Santa Catarina apresentaram o maior custo total por 10.000hab. As DCV e doença renal crônica (DRC) apresentam maior custo por internações hospitalares e as neoplasias e as DCV apresentaram maiores custos por procedimentos ambulatoriais. Conclusão: Esse estudo avança ao apresentar que o IMC elevado é um fator de risco em crescimento no país, com relevante volume de carga de doença e custos financeiros a ele atribuído. Apesar da redução da mortalidade por DCV no Brasil, essas doenças detém o maior custo com internações e procedimentos, atribuídos ao fator de risco IMC elevado. Ademais, quantificou a economia de gastos públicos que poderiam ser remanejados ou evitados em nível nacional, regional e local, caso esse fator de risco fosse reduzido. Esses achados ressaltam a necessidade da repactuação das políticas públicas vigentes e a aplicação de pacotes de intervenção eficazes, com foco na promoção de estilos de vida mais saudáveis, considerando a realidade individual.
Abstract: Introduction: Excess weight and high Body Mass Index (BMI) are related to the development of diseases that can lead to procedures and hospitalizations, increasing health costs. Objective: To analyze the prevalence, burden of disease and costs in the SUS of overweight in the Brazilian population. Methodology: Ecological study with two components, the time series of the prevalence of overweight and obesity, and the burden of diseases attributable to high BMI from 1990 to 2019 in Brazil; and the cross-sectional design to estimate the direct costs of hospitalizations and SUS procedures attributable to high BMI. Data from the 2019 Global Burden of Disease (GBD) study and the costs of hospital admissions and outpatient procedures for the year 2019 from the Department of Informatics of the Brazilian Unified Health System (DATASUS) were used. The prevalence estimated by the Surveillance of Risk and Protective Factors for Chronic Diseases by Telephone Survey (VIGITEL), Family Budget Survey (POF) and National Health Survey (PNS) and deaths, Years of Life Lost due to Premature Death (YLL), Years Lived with Disability (YLD) and Disability-Adjusted Life Years Lost (DALY) resulting from NCDs attributed to high BMI. To calculate the costs, the FAP was used referring to the YLD proportion of each risk-associated outcome. Results: All data sources analyzed showed a constant increase in the prevalence of overweight and obesity in Brazil in both sexes between 1990 and 2019, despite women having a higher prevalence of obesity. High BMI caused a loss of 5,817,938.71 DALYs, 1,592,243.31 YLDs and 177,939.70 deaths from Chronic Noncommunicable Diseases (NCDs) in Brazil in 2019. When stratifying the metrics by the main groups of CNCDs, it is observed a reduction in the rates of DALY, YLL, YLD and deaths from Cardiovascular Disease (CVD) attributed to high BMI and an increase in the rate of YLD from diabetes. With regard to costs, US$377,295,781.84 were spent on hospitalizations and high and medium complexity procedures in the treatment of NCDs attributed to high BMI. SUS expenditures were higher with hospital admissions, regardless of CNCD. The South and Southeast regions and Federative Units (UF), Paraná and Santa Catarina had the highest total cost per 10,000 inhabitants. CVD and chronic kidney disease (CKD) have a higher cost due to hospital admissions and neoplasms and CVD have higher costs due to outpatient procedures. Conclusion: This study advances by showing that high BMI is a growing risk factor in the country, with a relevant volume of disease burden and financial costs attributed to it. Despite the reduction in mortality from CVD in Brazil, these diseases have the highest cost with hospitalizations and procedures, attributed to the high BMI risk factor. In addition, it quantified the savings in public spending that could be reallocated or avoided at the national, regional and local levels, if this risk factor were reduced. These findings highlight the need to renegotiate current public policies and apply effective intervention packages, with a focus on promoting healthier lifestyles, considering individual reality.
Subject: Aumento de Peso
Carga Global da Doença
Custos e Análise de Custo
Doenças não Transmissíveis
Fatores de risco
Índice de Massa Corporal
Sistema Único de Saúde
Dissertação Acadêmica
language: por
metadata.dc.publisher.country: Brasil
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
metadata.dc.publisher.department: ENFERMAGEM - ESCOLA DE ENFERMAGEM
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
Rights: Acesso Restrito
URI: http://hdl.handle.net/1843/57735
Issue Date: 16-May-2023
metadata.dc.description.embargo: 16-May-2025
Appears in Collections:Dissertações de Mestrado

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