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Type: Tese
Title: Comparação entre amostra clínica e comunitária de indivíduos com transtorno de acumulação
Authors: Bárbara Luciane Perdigão Stumpf
First Advisor: Izabela Guimarães Barbosa
First Co-advisor: Fábio Lopes Rocha
metadata.dc.contributor.advisor-co2: Leonardo Franklin da Costa Fontenelle
First Referee: Bernardo de Mattos Viana
Second Referee: Maila de Castro Lourenço das Neves
Third Referee: Roseli Gedanke Shavitt
metadata.dc.contributor.referee4: Carolina Cappi
Abstract: O comportamento de acumular ocorre no ser humano desde a infância e pode variar do colecionismo de certos objetos até o transtorno clinicamente diagnosticado como Transtorno de Acumulação (TA). O TA causa riscos à saúde e segurança dos indivíduos principalmente devido a condições de higiene precárias, infestações de animais, risco de queda e ferimentos graves ou até mesmo morte decorrente de soterramentos sob avalanches de objetos e incêndios. Os pacientes com TA comumente são isolados do convívio social e os custos com serviços de resgate e incêndio, serviços de saúde e sociais, benefícios por desemprego e invalidez são elevados para a sociedade. A prevalência do TA é estimada em 2,5%. O curso do transtorno é usualmente crônico e progressivo. A idade média de início dos sintomas de acumulação é de 17 anos. Idosos com TA apresentam prevalência elevada de comorbidades clínicas e psiquiátricas. No modelo biopsicossocial do TA, os indivíduos apresentam como fatores predisponentes de vulnerabilidade para o desenvolvimento de sintomas de acumulação: predisposição genética, fatores estruturais cerebrais, eventos traumáticos, traços de personalidade e prejuízo cognitivo. A primeira parte desse trabalho consistiu na publicação de revisão sistemática da literatura com o objetivo de avaliar o desempenho cognitivo de pessoas com TA. O estudo mostrou que, exceto nas habilidades de categorização, o desempenho cognitivo dos pacientes com TA não parece ser comprometido quando comparado ao dos controles. A acumulação de animais, ainda pouco estudada, é considerada uma manifestação especial do TA. A segunda parte desse trabalho consistiu na publicação de revisão sistemática da literatura com o objetivo de avaliar as características da acumulação de animais, especialmente o perfil de indivíduos afetados. O trabalho demonstrou que, na maioria dos estudos, a população foi composta por mulheres de meia-idade, sem parceiro, que moravam sozinhas em áreas urbanas, em condições insalubres. Foi ainda publicado o capítulo "Atenção à pessoa em situação de acumulação" no guia "Animais em situação de acumulação: estratégias de saúde única para atenção aos casos". Parece haver diferenças entre amostras clínicas e comunitárias de pessoas com TA, o que faz com que os resultados dos estudos não possam ser generalizados para toda a população com TA. Partindo desse pressuposto, comparamos amostra clínica e comunitária de indivíduos com TA. O estudo mostrou que a amostra comunitária de indivíduos com TA era mais velha, apresentava pior insight, tinha maior prevalência de pessoas com insight ausente e menor prevalência de TOC comórbido. O único preditor que diferenciou os indivíduos do grupo clínico para o grupo comunitário foi a presença de TOC comórbido. Nossos resultados indicam que parece haver diferenças entre amostras clínicas e comunitárias de pessoas com HD. A presença de TOC comórbido parece ser mais frequente nos grupos clínicos comparado a amostras comunitárias de indivíduos com TA.
Abstract: The hoarding behavior occurs in humans from childhood and can range from collecting certain objects to the clinically diagnosed condition known as Hoarding Disorder (HD). HD poses health and safety risks to individuals, primarily due to poor hygiene conditions, animal infestations, risk of falls, and serious injuries, or even death resulting from being buried under avalanches of objects and fires. Patients with HD are commonly socially isolated, and the costs of rescue and firefighting services, healthcare and social services, unemployment benefits, and disability benefits are high for society. The prevalence of HD is estimated at 2.5%. The course of the disorder is usually chronic and progressive. The average age of onset for hoarding symptoms is 17 years. Elderly individuals with HD have a high prevalence of clinical and psychiatric comorbidities. In the biopsychosocial model of HD, individuals present as predisposing vulnerability factors for the development of hoarding symptoms: genetic predisposition, structural brain factors, traumatic events, personality traits, and cognitive impairment. The first part of this study consisted of publishing a systematic literature review of the literature with the objective of to evaluating the cognitive performance of people with HD. The study showed that, except for categorization skills, the cognitive performance of people with HD does not appear to be impaired when compared to controls. Animal hoarding, which is still poorly studied, is considered a special manifestation of HD. The second part of this study consisted of the publication of a systematic review of the literature with the objective of evaluating the characteristics of animal hoarding, especially the profile of affected individuals. The study demonstrated that, in most studies, the population consisted of middle-aged women without partners, living alone in urban areas under unsanitary conditions. The chapter "Care for individuals in hoarding situation" was also published in the guide "Animals in hoarding situation: unique health strategies for handling cases". In the literature, there seem to be differences between clinical and community samples of individuals with HD, which makes it difficult to generalize study results to the entire population with HD. Based on this assumption, we compared clinical and community samples of individuals with HD. The study showed that the community sample of individuals with HD was older, had poorer insight, higher prevalence of individuals with absent insight, and lower prevalence of comorbid OCD. The only predictor that differentiated individuals from the clinical group to the community group was the presence of comorbid OCD. Our results indicate that there seem to be differences between clinical and community samples of people with HD. The presence of comorbid OCD seems to be more frequent in clinical groups compared to community samples of individuals with HD.
Subject: Neurociências
Comorbidade
Colecionismo
Transtorno de acumulação
Transtorno obsessivo-compulsivo
language: por
metadata.dc.publisher.country: Brasil
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
metadata.dc.publisher.department: ICB - INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLOGICAS
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Neurociências
Rights: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/58856
Issue Date: 13-Jul-2023
Appears in Collections:Teses de Doutorado

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