Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/1843/58882
Type: Dissertação
Title: Coprodução de autonomia na Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte-MG
Other Titles: Co-production of autonomy in Primary Health Care in Belo Horizonte-MG
Authors: Ana Clara Rocha Franco
First Advisor: Cláudia Maria Filgueiras Penido
First Referee: Luciana Kind do Nascimento
Second Referee: Regina Celi Fonseca Ribeiro
Abstract: A Atenção Primária à Saúde (APS) tem como um dos seus objetivos o desenvolvimento de uma atenção integral que impacte na saúde e autonomia das pessoas. A autonomia é fundamento e diretriz da Política Nacional da Atenção Básica (2017) e da Política Nacional de Promoção da Saúde (2006). Porém, observa-se que as práticas realizadas no âmbito da APS se pautam na condução de um cuidado baseado em um modelo biomédico, centrado em uma lógica prescritiva. Este estudo reflete sobre a maneira como as práticas são ofertadas neste nível de atenção e as possibilidades de estas serem promotoras de um cuidado autônomo. A concepção de autonomia que orienta este estudo considera a capacidade dos sujeitos compreenderem e agirem sobre si mesmo e suas redes de dependência. Nesse sentido, compreende a autonomia na APS como uma coprodução entre trabalhadores e usuários, isto é, uma tecnologia relacional em saúde. A partir disso, este estudo teve por objetivo geral analisar possíveis processos de coprodução de autonomia em práticas de saúde na APS de Belo Horizonte, e objetivos específicos: analisar elementos que os trabalhadores e usuários associem a uma prática de cuidado na APS que amplie as condições dos usuários pensar e intervir sobre sua saúde; analisar os limites e as potencialidades para a coprodução de autonomia entre trabalhadores e usuários na APS. Foram realizadas entrevistas abertas com especialistas, trabalhadores e usuários. A análise temática dos dados contou com triangulação de pesquisadores. Trabalhadores e usuários associam autocuidado, responsabilização e vínculo a elementos autonomistas. Ressalta-se que estes elementos operam em uma lógica prescritiva e individualizante, mas há uma aposta dos sujeitos na promoção de encontros coprodutores de autonomia pela abertura ao diálogo, à escuta e às escolhas, tendo o vínculo como base para a coprodução de autonomia. Para os profissionais, há determinadas condições que habilitam ou inviabilizam que os usuários reflitam e ajam sobre a sua saúde. Identificam-se, ainda, dificuldades estruturais e organizacionais dos Centros de Saúde para coprodução de autonomia na APS. Conclui-se que, embora a APS seja um espaço potente para a coprodução de autonomia, é preciso fomentar e sustentar processos formativos em serviço, como a Educação Permanente em Saúde, para ampliação da clínica e cuidado integral, tensionando a lógica prescritiva predominante e realizando um movimento de abertura para produção de subjetividades diversas e plurais.
Abstract: Primary Health Care (PHC) has as one of its objectives the development of comprehensive care that impacts people's health and autonomy. Autonomy is the foundation and guideline of the da Política Nacional da Atenção Básica (2017) and the Política Nacional de Promoção da Saúde (2006). However, it is observed that the practices carried out within the scope of PHC are guided by the conduct of care based on a biomedical model, centered on a prescriptive logic. This study reflects on the way in which practices are offered at this level of care and the possibilities for these to be promoters of autonomous care. The concept of autonomy that guides this study considers the ability of subjects to understand and act on themselves and their dependency networks. In this sense, autonomy in PHC is understood as a co-production between workers and users, that is, a relational technology in health. From this, this study had the general objective of analyzing possible processes of co-production of autonomy in health practices in PHC in Belo Horizonte, and specific objectives: to analyze elements that workers and users associate with a care practice in PHC that expands the conditions users to think and intervene about their health; to analyze the limits and potential for the co-production of autonomy between workers and users in PHC. Open interviews were conducted with experts, workers and users. The thematic analysis of the data relied on triangulation of researchers. Workers and users associate self-care, accountability and bonding with autonomous elements. It is noteworthy that these elements operate in a prescriptive and individualizing logic, but there is a commitment of the subjects to promote meetings that co-produce autonomy through openness to dialogue, listening and choices, having the bond as a basis for the co-production of autonomy. For professionals, there are certain conditions that enable or make it impossible for users to reflect and act on their health. Structural and organizational difficulties are also identified in the Health Centers for the co-production of autonomy in PHC. It is concluded that, although PHC is a powerful space for the co-production of autonomy, it is necessary to encourage and sustain in-service training processes, such as Permanent Health Education, to expand the clinic and comprehensive care, stressing the prevailing prescriptive logic and performing an opening movement for the production of diverse and plural subjectivities.
Subject: Psicologia - Teses
Saúde - Teses
Cuidados Primários de Saúde - Teses
Autonomia - Teses
language: por
metadata.dc.publisher.country: Brasil
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
metadata.dc.publisher.department: FAF - DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Psicologia
Rights: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/58882
Issue Date: 30-Nov-2022
Appears in Collections:Dissertações de Mestrado

Files in This Item:
File Description SizeFormat 
Dissertação Ana Clara Rocha Franco.pdf912.99 kBAdobe PDFView/Open


Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.