Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/1843/59502
Tipo: Artigo de Periódico
Título: O conservadorismo distópico à brasileira: direitos sexuais e direitos reprodutivos e a pandemia da COVID-19 no Brasil
Título(s) alternativo(s): Brazilian dystopian conservatism: sexual rights and reproductive rights and the COVID-19 pandemic in Brazil
Autor(es): Paula Rita Bacellar Gonzaga
Letícia Gonçalves
Claudia Andréa Mayorga Borges
Resumo: A pandemia do novo agente do coronavírus é considerada a maior crise sanitária da história do Brasil. Em meio às reverberações econômicas, políticas, psicológicas e sociais que remodelam o cotidiano dos sujeitos, o rol dos direitos sexuais e dos direitos reprodutivos tem sido alvo de sucessivos ataques, muitas vezes eclipsados pelos alarmantes números de óbitos decorrentes da Covid-19. Contrariando orientações da Organização Mundial da Saúde que considera os serviços de saúde sexual e saúde reprodutiva, serviços essenciais e que devem ser garantidos em meio a pandemia, o Estado brasileiro, seguindo uma tendência conservadora internacional, tem negligenciado essa agenda e destituído de legitimidade direitos já garantidos. O objetivo desse texto é apresentar, a partir das lentes analíticas do feminismo decolonial, algumas interpelações acerca da obliteração que os atores políticos têm imposto à pauta dos direitos sexuais e dos direitos reprodutivos a partir de uma instrumentalização da pandemia e das suas vítimas. Alinhando setores progressistas e conservadores em torno do argumento de pretensa defesa da vida e suas variáveis, o racismo estrutural e a política anti-mulher seguem legitimando a negação de direitos e mortes evitáveis em prol de um projeto eugenista de brasilidade que cada vez mais, explicita suas premissas de quais vidas são ou não dignas de defesa.
Abstract: The pandemic of the new coronavirus agent is considered the biggest health crisis in the history of Brazil. Amid the economic, political, psychological and social repercussions that reshape the subjects' daily lives, the role of sexual and reproductive rights has been the target of susceptible attacks, often eclipsed by the alarming number of deaths resulting from COVID-19. Contrary to the guidelines of the World Health Organization, which considers sexual health and reproductive health services to be essential services and which must be guaranteed in the midst of a pandemic, the Brazilian State, following a conservative international trend, has neglected this agenda and has no legitimacy rights. guaranteed. The purpose of this text is to present, from the analytical lens of decolonial feminism, some questions about the obliteration that political actors have imposed on the agenda of sexual and reproductive rights from an instrumentalization of the pandemic and its victims. Aligning progressive and conservative sectors around the argument of alleged defense of life and its variables, structural racism and anti-woman politics continue to legitimize the denial of rights and preventable deaths in favor of an eugenic project of Brazilianness that increasingly makes explicit their assumptions as to which lives are worth defending or not.
Assunto: Direitos sexuais e reprodutivos
Pandemias
COVID-19
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Instituição: UFMG
Departamento: FAF - DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/59502
Data do documento: 2021
metadata.dc.url.externa: https://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/44330
metadata.dc.relation.ispartof: Revista Feminismos
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