Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/1843/60165
Type: Dissertação
Title: Avaliação do efeito de substâncias analgésicas opioide, canabinoide, não esteroidal e estereoidal em larvas de Drosophila melanogaster no modelo de nocicepção térmica por radiação infravermelha
Authors: Thamyris Santos Silva
First Advisor: Igor Dimitri Gama Duarte
metadata.dc.contributor.advisor2: Lígia Araújo Naves
First Referee: Gustavo Campos e Silva
Second Referee: Mauricio de Mattos Coelho
Abstract: Introdução: Atualmente, o uso de animais na pesquisa cientifica, principalmente mamíferos, tem sido discutido amplamente. A tentativa de diminuir a quantidade de animais utilizados no campo da biologia experimental nociceptiva leva ao desenvolvimento de novos métodos e instituição de novos organismos modelos, como por exemplo, as Drosophilas. Achados científicos demonstraram que os neurônios multidendríticos de classe IV em larvas de 3º estágio de Drosophila melanogaster, são necessários na nocicepção térmica. Dessa forma, o organismo modelo foi utilizado para testar substâncias e procedimentos pró e antinociceptivos frente ao estímulo térmico por radiação infravermelha. Objetivos: Avaliar o efeito das substâncias analgésicas morfina, anandamida (AEA), dipirona e dexametasona em larvas de D. melanogaster submetidas à estimulação térmica por radiação infravermelha e o efeito do ácido acetilsalicílico (AAS) e da dexametasona após sensibilização por luz infravermelha. Métodos: Larvas de terceiro estágio de D. melanogaster foram imersas em 20 μL de água. Em seguida, a gota foi posicionada perpendicularmente à radiação infravermelha (aparelho de Hargreaves) com intensidade máxima de 95% da lâmpada para evocar resposta de escape basal, caracterizada por rolamento de 360º em seu próprio eixo. O intervalo de tempo entre o início do estímulo e o movimento é chamado de latência de saca-rolha, que é usada como medida de nocicepção. As substâncias em teste foram administradas no hemocele larval no volume de 0,1 μL, diluídas em hemolinfa artificial, utilizando um aparato de microinjeção. Para sensibilização dos nociceptores, cada larva foi estimulada durante 32 s a 95, 97 ou 99% da intensidade do aparelho. A intensidade de 97% foi escolhida para avaliação dos efeitos do AAS e dexametasona. Resultados: Para avaliar o perfil antinociceptivo da morfina, mediu-se a latência de saca-rolha após 0, 5, 10, 15, 20, 30, 60 e 120 minutos (min) da injeção de morfina. Observou-se um efeito dependente da dose (2, 4, 8 e 16 ng), que atingiu o tempo de corte (32 s) com a dose mais alta (16 ng). Este efeito antinociceptivo máximo foi completamente revertido com a administração concomitante de 4 ng de naloxona. As doses de 1 e 2 ng reverteram o efeito parcialmente. Utilizou-se um protocolo semelhante para investigar o efeito antinociceptivo da AEA. Assim como com a morfina, houve antinocicepção dependente da dose (8, 16 e 32 pg). O efeito antinociceptivo máximo foi alcançado com 32 pg e não foi revertido com a administração concomitante de 80 ng do antagonista do receptor CB1, o AM251, ou 100 ng de AM630, antagonista do receptor CB2. Antinocicepção dose-dependente também foi observada após a injeção de dipirona (32, 64 e 128 ng) e dexametasona (4, 8 e 16 ng). Quando o protocolo de sensibilização térmica foi utilizado, houve redução na latência de saca-rolha de 12,1 para 7,5 s. No basal, as larvasexibiram saca-rolhas quando a temperatura chegou a 30ºC e após a sensibilização responderam com 28,4ºC. Foi observado antinocicepção dose-dependente de AAS (25, 50 e 100 ng) e dexametasona (4, 8 e 16 ng) após a sensibilização térmica. O AAS não apresentou efeito frente à sensibilização prévia. Também observou-se um efeito a longo prazo da dexametasona (16 ng), que reverteu completamente a sensibilização térmica em 150 a 210 minutos, com pico de ação em 190 min. Conclusão: Os resultados mostram que o modelo modificado de nocicepção, induzido pela estimulação térmica em larvas D. melanogaster, foi adequado para a detecção dos efeitos antinociceptivos dos analgésicos e dos antiinflamatórios não esteroidal e esteroidal. Nossos resultados abrem perspectivas para a avaliação e descoberta de drogas antinociceptivas usando um modelo biológico não murino. Suporte Financeiro: CNPq e CAPES.
Abstract: Introduction: Currently, the use of animals in scientific research, mainly mammals, has been widely discussed. The attempt to reduce the number of animals used in the field of experimental nociceptive biology leads to development of new methods and introdution of new organisms models, such as Drosophilas. Scientific findings have demonstrated that class IV multidendritic neurons in third stage larvae Drosophila melanogaster are required in thermal nociception. In this way, the model organism was used to test substances and pro and antinociceptive procedures against infrared radiation. Objectives: To evaluate the effect of analgesic substances morphine, anandamide (AEA), dipyrone and dexamethasone in D. melanogaster larvae submitted to thermal stimulation by infrared radiation, and the effect of acetylsalicylic acid (AAS) and dexamethasone after sensitization by infrared light. Methods: Third stage larvae of D. melanogaster were immersed in 20 μL of water. Then, the drop was positioned perpendicular to infrared radiation (Hargreaves apparatus) with 95% maximum lamp intensity to evoke basal escape response, characterized by a roll of 360º on its own axis. The time interval between start of the stimulus and movement is called corkscrew latency, which is used as a measure of nociception. The substances under test were administered to larval hemocele in 0.1 μL diluted in artificial hemolymph using a micro-injection apparatus. For sensitization of nociceptors, each larva was stimulated for 32 s at 95, 97 or 99% intensities of the apparatus. The intensity of 97% was chosen for evaluation of the effect of AAS and dexamethasone. Results: To evaluate the antinociceptive profile of morphine, we measured the latency of corkscrew after 0, 5, 10, 15, 20, 30, 60 and 120 minutes (min) of morphine. It was observed a dose dependent effect (2, 4, 8, 16 ng) that reached the cutoff time (32 s) with the highest dose (16 ng). This maximal antinociceptive effect was completely reversed with concomitant administration of 4 ng of naloxone. Doses of 1 and 2 ng partially reversed the effect. It was used a similar protocol to investigate the antinociceptive effect of AEA. It was observed a dose-dependent antinociception (8, 16 e 32 pg). The maximum antinociceptive effect was achieved with 32 pg and it was not reversed with concomitant administration of 80 ng of CB1 receptor antagonist, AM251, or 100 ng of AM630, CB2 receptor antagonist. A dose-dependent antinociception was also observed after injection of dipyrone (32, 64 e 128 ng) and dexamethasone (4, 8 e 16 ng). When the thermal sensitization protocol was used, there was a reduction of the corkscrew latency, from 12 to 7,5 s. At basal level, larvae exhibited corkscrew when the temperature reached 30ºC and after sensitizationthey responded with 28.4ºC. We observed a dose-dependent antinociception of AAS (25, 50 e 100 ng) and dexamethasone (16 ng) after thermal sensitization. AAS had no effect on prior sensitization. It was also observed a long-term effect of dexamethasone (16 ng), which completely reverted thermal sensitization over 150 to 210 min, with peak action in 190 min. Conclusion: The results show that the modified model of nociception induced by thermal stimulation in D. melanogaster larvae was suitable for detection the antinociception actions of analgesics and nonsteroidal and steroidal anti-inflammatory drugs. Our findings open perspectives for the evaluation and discovery of antinociceptive drugs using a non-murine biological model. Financial Support: CNPq and CAPES.
Subject: Fisiologia
Drosophila melanogaster
Raios Infravermelhos
language: por
metadata.dc.publisher.country: Brasil
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
metadata.dc.publisher.department: ICB - INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLOGICAS
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas - Fisiologia e Farmacologia
Rights: Acesso Aberto
metadata.dc.rights.uri: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
URI: http://hdl.handle.net/1843/60165
Issue Date: 20-Nov-2018
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