Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/1843/61157
Full metadata record
DC FieldValueLanguage
dc.creatorLuciana de Melo Nunes Lopespt_BR
dc.creatorFrancisco de Assis Acurciopt_BR
dc.creatorSemíramis Domingues Dinizpt_BR
dc.creatorTiago Lopes Coelhopt_BR
dc.creatorEli Iola Gurgel Andradept_BR
dc.date.accessioned2023-11-20T20:19:15Z-
dc.date.available2023-11-20T20:19:15Z-
dc.date.issued2019-06-03-
dc.citation.volume18pt_BR
dc.citation.spage1pt_BR
dc.citation.epage8pt_BR
dc.identifier.doihttps://doi.org/10.1186/s12939-019-0914-5pt_BR
dc.identifier.issn1475-9276pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/1843/61157-
dc.description.abstractAntecedentes: A equidade tem sido reconhecida como um princípio necessário para o cumprimento do direito universal à saúde, uma vez que procura combater as desigualdades evitáveis e injustas entre os indivíduos. No Brasil, país marcado por iniquidades, esse princípio foi adotado na organização do Sistema Único de Saúde (SUS). Mas o fenômeno conhecido como judicialização da saúde, ancorado no argumento da universalidade do direito, consolidou-se como uma política de saúde paralela ao SUS. A análise da distribuição dessas ações de acordo com o perfil socioeconômico de seus beneficiários pode contribuir para a verificação do potencial da judicialização para a redução das desigualdades, tornando-se assim uma atividade auxiliar na concretização do direito universal e igualitário à saúde. Este estudo teve como objetivo avaliar quais fatores socioeconômicos estão associados aos municípios que tiveram maior número de beneficiários de ações judiciais em saúde no estado de Minas Gerais, Brasil, no período de 1999 a 2009. Métodos: Trata-se de um estudo quantitativo descritivo dos municípios de residência dos beneficiários. registrados em banco de dados referentes a todas as ações judiciais diferidas contra o estado de Minas Gerais no período de 1999 a 2009. A verificação do perfil socioeconômico dos municípios foi realizada com base em informações do Censo Demográfico 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e em índices dele derivados . As variáveis estudadas para cada município foram: número de beneficiários; população residente; Índice de Vulnerabilidade Social (IVS); e Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHm). Foram utilizadas análises descritivas e estatísticas para verificar fatores associados a um maior número de beneficiários em um município. Resultados: Dos 853 municípios mineiros, 399 foram cadastrados como residência de pelo menos um dos 6.906 beneficiários das ações estudadas. O índice de não informação de residência foi de 11,5%. O número mínimo de beneficiários identificados residentes em um município foi 1 (um) e o máximo foi 1.920. A regressão logística binária revelou IDHm alto e muito alto (OR = 3045; IC = 1773-5228), IVS abaixo de 0,323 (OR = 2044; IC = 1099-3800) e porte populacional acima de 14.661 habitantes (OR = 6162; IC = 3733-10.171) estão estatisticamente associados a um maior número de beneficiários de ações judiciais em saúde dentro de um município. Conclusões: A judicialização da saúde em Minas Gerais, de 1999 a 2009, não atingiu os municípios mais vulneráveis. Pelo contrário, favoreceu uma concentração de recursos de saúde em municípios com melhores perfis socioeconómicos. O cadastro de todos os municípios de residência dos beneficiários, bem como os dados socioeconômicos individuais podem contribuir para uma análise mais conclusiva. Contudo, de forma geral, os resultados deste estudo sugerem que a política judicial de saúde conduzida de 1999 a 2009 não foi uma ferramenta auxiliar para o cumprimento de um direito equitativo à saúde em Minas Gerais.pt_BR
dc.description.resumoBackground: Equity has been acknowledged as a required principle for the fulfilment of the universal right to health once it seeks to tackle avoidable and unfair inequalities among individuals. In Brazil, a country marked by iniquities, this principle was adopted in the Brazilian National Health System (SUS) organization. But the phenomenon known as judicialization of healthcare, anchored in the argument of universality of the right, has been consolidated as a health policy parallel to the SUS. The analysis of these lawsuits distribution according to their beneficiaries’ socio-economic profile can contribute to the verification of the judicialization’s potential for reducing inequalities, thus becoming an auxiliary activity in the fulfilment of the universal and egalitarian right to health. This study aimed to assess what socioeconomic factors are associated to municipalities that had larger numbers of beneficiaries from lawsuits in health in the state of Minas Gerais, Brazil, from 1999 to 2009. Methods: It is a descriptive quantitative study of the residence municipalities of beneficiaries registered in database regarding all deferred lawsuits against the state of Minas Gerais from 1999 to 2009. The verification of cities’ socio-economic profile was performed based on information of the Brazilian Institute of Geography and Statistics’ 2010 Demographic Census and on indexes derived from it. The variables studied for each municipality were: number of beneficiaries; resident population; Social Vulnerability Index (IVS); and Municipal Human Development Index (IDHm). Descriptive and statistical analysis were used to verify factors associated with a larger number of beneficiaries in a municipality. Results: Out of 853 municipalities in Minas Gerais, 399 were registered as residence of at least one of the 6.906 beneficiaries of studied lawsuits. The residence non-information index was 11,5%. The minimum number of identified beneficiaries living in a municipality was 1 (one) while the maximum was 1920. The binary logistic regression revealed that high and very high IDHm (OR = 3045; IC = 1773-5228), IVS below 0.323 (OR = 2044; IC = 1099- 3800) and population size above 14.661 inhabitants (OR = 6162; IC = 3733-10,171) are statistically associated to a greater number of beneficiaries of lawsuits in health within a municipality. Conclusions: The judicialization of health care in Minas Gerais, from 1999 to 2009, didn’t reach the most vulnerable municipalities. On the contrary, it favored a concentration of health resources in municipalities with better socioeconomic profiles. The register of all beneficiaries’ municipalities of residence as well as individual socioeconomic data can contribute to a more conclusive analysis. Nevertheless, in general, the results of this study suggest that the judicial health policy conducted from 1999 to 2009 was not an auxiliary tool for the fulfilment of an equitable right to health in Minas Gerais.pt_BR
dc.description.sponsorshipCNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológicopt_BR
dc.description.sponsorshipFAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Geraispt_BR
dc.description.sponsorshipCAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superiorpt_BR
dc.format.mimetypepdfpt_BR
dc.languageengpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal de Minas Geraispt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.publisher.departmentFAR - DEPARTAMENTO DE FARMÁCIA SOCIALpt_BR
dc.publisher.departmentMED - DEPARTAMENTO DE MEDICINA PREVENTIVA SOCIALpt_BR
dc.publisher.initialsUFMGpt_BR
dc.relation.ispartofInternational Journal for Equity in Health-
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.subjectJudicialization of healthcarept_BR
dc.subjectPublic healthpt_BR
dc.subjectHealth policypt_BR
dc.subjectHealth equitypt_BR
dc.subject.otherJudicialização da saúdept_BR
dc.subject.otherSaúde públicapt_BR
dc.subject.otherPolítica de saúdept_BR
dc.subject.otherEquidade em saúdept_BR
dc.title(Un)equitable distribution of health resources and the judicialization of healthcare: 10 years of experience in Brazilpt_BR
dc.typeArtigo de Periódicopt_BR
Appears in Collections:Artigo de Periódico



Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.