Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/1843/61398
Type: Dissertação
Title: A heterogeneidade das ideias como suporte para percepção do espaço
Authors: Weverson Lopes Silva
First Advisor: Lívia Mara Guimarães
First Referee: Marcos Fonseca Ribeiro
Second Referee: Sara Albieri
Abstract: Esta dissertação tem por objetivo apresentar e discutir o conceito de Espaço em duas correntes de pensamento que se desenvolveram na modernidade, o racionalismo representado por René Descartes e o empirismo endossado por George Berkeley. Para o desenvolvimento desta dissertação, trabalhamos com algumas obras tanto de Descartes quanto de Berkeley as quais julgamos importantes, uma vez que o conceito de espaço pode ser estudado por meio destas obras. Descartes ao apresentar seu dualismo substancial, evidenciando o que é próprio de cada substância, deixa claro que a extensão é o principal atributo dos corpos, todavia nos Princípios de Filosofia, ele afirma que o espaço é extenso, de tal maneira extensão e espaço ao que tudo indica ao menos nos Princípios são considerados como a mesma “coisa”, o que gera dificuldade para o filósofo, pois se o espaço é pura extensão, e extensão pertence aos corpos materiais, o filósofo é levado a concluir que e o espaço é todo preenchido por matéria, tendo em vista a relação entre espaço, matéria e corpo. Em Descartes temos um espaço geometricamente apresentado, que se funde com a extensão coexistindo na mesma, um espaço extenso totalmente preenchido por matéria, sem a possibilidade do vácuo. No ensaio a Dióptrica, especificamente no discurso VI, Descartes discorre sobre o funcionamento do olho, em vários momentos do discurso, o conceito de espaço subjaz por detrás dos temas pelos quais o discurso se desenvolve, surgindo com mais evidência na parte do VI discurso de sua Dióptrica onde Descartes apresenta os três modos de perceber a distância. Em sua apresentação sobre como percebemos a distância, o conceito de espaço que surge desta exposição, está fortemente ligado ao modelo geométrico, modelo que se utiliza de linhas e ângulos em seu modo explicativo. Berkeley apresenta uma explicação distinta em que a experiência é o terreno onde acontecem nossas percepções. É interessante observar que nas obras berkeleyanas utilizadas para este estudo, o filósofo não define o espaço como uma ideia, desse modo o espaço não pode ser percebido, dado que para Berkeley a peculiaridade da ideia consiste em ser percebida. Considerando o sentido da visão, Berkeley afirma categoricamente que o mesmo não é capaz de perceber a distância, o espaço a exterioridade, ademais distância e espaço não são percebidos imediatamente, portanto não são objetos da visão, uma vez que os objetos específicos da visão são luzes e cores. Como espaço e distância não podem ser percebidos imediatamente, ainda assim é possível que a mente os conheça. Esse conhecimento ocorre por meio de uma relação entre as ideias, uma inferência que a mente faz, cuja base é a relação entre as ideias da visão e do tato, uma vez que através dessa relação à mente tem o conhecimento da distância e do espaço. Propomos uma interpretação alternativa entre as duas visões que abordam o tema do espaço em Berkeley, nossa proposta interpretativa lança mão da heterogeneidade das ideias como suporte para percepção espacial.
Subject: Filosofia - Teses
Metafísica - Teses
Descartes, René, 1596-1650
Berkely, George, 1685-1753
language: por
metadata.dc.publisher.country: Brasil
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
metadata.dc.publisher.department: FAF - DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Rights: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/61398
Issue Date: 25-Aug-2023
Appears in Collections:Dissertações de Mestrado

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