Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/1843/61986
Type: Tese
Title: Valores pessoais, justiça organizacional e comportamento contraproducente no trabalho: uma análise integrada a partir da percepção de jovens trabalhadores
Authors: Thaís Pinto da Rocha Torres
First Advisor: Kely César Martins de Paiva
First Referee: Anelise Rebelato Mozzatol
Second Referee: Milka Alves Correia Barbosa
Third Referee: Marina de Almeida Cruz
metadata.dc.contributor.referee4: Diogo Henrique Helal
Abstract: A pesquisa conduzida nesta tese teve por objetivo geral analisar como se configuram e se relacionam os construtos valores pessoais, justiça organizacional e comportamento contraproducente na percepção de jovens trabalhadores. O argumento de tese enuncia que os valores pessoais influenciam as percepções de justiça e, quando estas percepções são frágeis, elas podem conduzir os jovens trabalhadores aos comportamentos contraproducentes. Logo, uma pesquisa de caráter descritivo-explicativo, abordagem quantitativa, de campo nos moldes de estudo de caso foi conduzida. O caso em questão é caracterizado pelos jovens trabalhadores assistidos por uma associação de ensino profissionalizante e amparados pela Lei da Aprendizagem. A coleta dos dados foi operacionalizada por meio de questionário, e a amostra validada foi composta por 3.232 questionários respondidos por jovens de todas as cinco regiões do Brasil. O objetivo geral foi alcançado, indicando que para os jovens abordados as dimensões dos valores pessoais e da justiça organizacional figuram em níveis medianos, e o comportamento contraproducente é pouco frequente. A relação existente entre valores pessoais, justiça organizacional e comportamento contraproducente no trabalho foi comprovada, corroborando, assim, o argumento de tese. Os resultados confirmam o impacto dos valores na justiça organizacional. Ademais, quanto maior é a percepção de justiça interacional, menor é a tendência de os jovens pesquisados apresentarem comportamentos contraproducentes, o que permite a inferência de que percepções de justiça frágeis podem conduzi-los a condutas negativas no trabalho. Diante disso, destacam-se as seguintes contribuições teórico-conceituais: a proposição de um modelo teórico integrado e testado empiricamente não localizado na literatura da Administração; a análise do comportamento contraproducente, tema ainda pouco investigado na área que usualmente lança luz sobre aspectos positivos; a análise dos valores pessoais e da justiça organizacional de acordo com as especificidades do público em foco; a comprovação de relações existentes entre os construtos de forma integrada, por meio da modelagem de equações estruturais. Em termos de contribuições pragmáticas-organizacionais, as conclusões suscitam reflexões profícuas para que as organizações identifiquem os possíveis antecedentes do comportamento contraproducente dos jovens no trabalho e promovam um ambiente cada vez mais justo e igualitário, pautado em valores pessoais que articulem conservação e abertura à mudança. Além disso, para coibir comportamentos contraproducentes, as organizações devem estar atentas à justiça das relações interpessoais, bem como identificar o perfil dos jovens trabalhadores e analisar a congruência entre os valores organizacionais e os compartilhados pelo referido público. Tais reflexões indicam caminhos para fortalecer o bem-estar dos jovens no trabalho e, ao mesmo tempo, minimizar possíveis efeitos prejudiciais às organizações em questão de custos e produtividade, proporcionando um ambiente laboral de bem-estar e confiança. Tendo em vista as limitações do estudo, uma agenda de pesquisa foi proposta, ressaltando-se a necessidade de mais estudos com jovens trabalhadores oriundos dos mais diversos contextos culturais, sociais e econômicos; pesquisas com indivíduos de outras faixas etárias e categorias profissionais; e estudos de abordagem qualitativa.
Abstract: The research of this thesis aimed to analyze how the constructs personal values, organizational justice and counterproductive behavior are configured and related to each other in the perception of young workers. The thesis argument argues that personal values influence perceptions of justice and, when these perceptions are weak, they can lead young workers to counterproductive work behaviors (CWB). Therefore, a descriptive-explanatory and a quantitative approach field research in the case study model was conducted. The case is characterized by young workers assisted by a professional teaching association. Data were collected through a questionnaire and a validated sample consisted of 3.232 young workers respondents from the five regions of Brazil. The general objective was answered, indicating that for the young participants the dimensions of personal values and organizational justice are average, while counterproductive work behavior is rare. The existing relationship between personal values, organizational justice and counterproductive work behavior was confirmed, confirming the thesis argument. The results confirm the impact of values on organizational justice. Moreover, the more interactional justice is perceived, the less young workers are prone to counterproductive behavior, assuming that weak perceptions of justice can lead young workers to behave in counterproductive ways. The following theoretical and conceptual contributions stand out: proposition of an integrated and empirically tested theoretical model not found in the Management literature; the analysis of CWB, still little explored in the area that usually sheds light on positive managerial aspects; the analysis of personal values and organizational justice based on the characteristics of the public in focus; the confirmation of existing relationships between the constructs in an integrated way, through structural equation modeling. The pragmatic and organizational contributions present conclusions for organizations to reflect on the possible antecedents of counterproductive work behavior by young people at work and provide an increasingly fair and equal environment, based on personal values that articulate conservation and openness to change, making work environments safe for innovative movements. In addition, organizations must pay attention to interpersonal justice to minimize counterproductive behavior, as well as to identifying the profile of young workers to analyze the congruence between the values they share and the organizational values. Such reflections indicate ways to strengthen the well-being of young people at work and, at the same time, decrease possible harmful effects on organizations in terms of costs and productivity, providing a work environment of well-being and confidence. Considering the limitations of the study, a research agenda was proposed, emphasizing the need for more studies with young workers from the most diverse cultural, social and economic contexts; researches with individuals from other age groups and professional categories; and studies with a qualitative approach.
Subject: Justiça social
Comportamento organizacional
Adolescentes
Aspectos sociais
Administração
language: por
metadata.dc.publisher.country: Brasil
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Administração
Rights: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/61986
Issue Date: 18-Sep-2023
Appears in Collections:Teses de Doutorado

Files in This Item:
File Description SizeFormat 
Tese Thaís versão final.pdf2.56 MBAdobe PDFView/Open


Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.