Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/1843/61990
Type: Tese
Title: Gender dynamics in Brasilian households and labor market: evolving roles and persistent inequalities
Authors: Larissa Giardini Simoes
First Advisor: Ana Maria Hermeto Camilo de Oliveira
First Referee: Mariangela Furlan Antigo
Second Referee: Raquel Zanatta Coutinho
Third Referee: . Lorena Hakak Marçal
metadata.dc.contributor.referee4: Luana Junqueira Dias Myrrha
Abstract: In Brazil, there has been a process of increasing female participation in the labor market by women taking on new roles. The rise in female labor force participation leads to a prevalence of double shifts in women's daily routines. Although there has been a change towards more equal housework times among men and women, gender differences in time allocation remain. Another change is a trend toward more equal earnings among spouses worldwide. Female double burden influences women's unequal occupational placement, which tends to be in occupations that accommodate that kind of work journeys and their transition between occupations. This dissertation employs the family as a guiding thread for studying gender inequality in Brazilian households and labor market. Also, social stratification and demographic angles are applied to examine distortions and inequalities faced by women in the domestic and work realms. The first paper explores the effects of family structure and occupational characteristics on time spent on market and non-market work. There is still a traditionalistic pattern of time use since, e.g., having a male partner the household increases a woman's housework more than a son/daughter. Women's housework is significantly influenced by their socio-occupational status and the household composition, while male occupational status does not carry as much weight compared to the household structure. Gender ideologies in the delegation of domestic work to women speak louder than the social and demographic differences and inequalities that couples and families have. The second focuses on the earnings association of heterosexual couples across different income levels and how it has evolved. Between 1995 and 2019, the trend toward equality is more related to reducing the wage gap in favor of men and even increasing the cases of wage matches, than to the frequency rise of women outearning their partners. There is a trend towards greater income equality up to a certain point, where women still earn less than their husbands. This norm is more flexible among the poorest, possibly emerging from economic need rather than evolving gender attitudes. The third paper analyzes occupational mobility, emphasizing the occupational gender intensity of the occupations and the family structure of the movers. There is a gendered pattern in the occupational transitions, e.g., over time, there has been a stronger reduction in the transitions outside a worker`s gender-dominant occupation for women than to men, and the frequency of women`s changes to male occupations decreased more rapidly than their movements to female ones between 2012 and 2019. Overall, occupational transitions act to reduce gender occupational segregation, especially the ones performed by women. However, the pattern is not clear and does not appear to intensify over the years. This work contribution is drawing a picture of a set of changes in the gender system that are uneven; they happen more among women than men, more in the workplace than at home, and differently among socio-economic groups, and stalled.
Abstract: No Brasil, o processo de aumento da participação feminina no mercado de trabalho e a adoção de novos papéis pelas mulheres resultam na prevalência de jornadas de trabalho duplas na rotina das trabalhadoras. Apesar das mudanças em direção da igualdade de tempo de trabalho doméstico entre homens e mulheres, ainda persistem diferenças na alocação do tempo. Outra mudança é a tendência de maior igualdade nos ganhos entre os cônjuges em todo o mundo. A dupla jornada de trabalho feminina reforça a inserção ocupacional e padrões de transição ocupacional segmentados. Essa tese utiliza a família como fio condutor para investigar a desigualdade de gênero nos domicílios e no mercado de trabalho brasileiro, considerando também dimensões da estratificação social e demografia. O primeiro artigo explora o impacto da estrutura familiar e das características ocupacionais no tempo dedicado ao trabalho remunerado e não remunerado. Observa-se um padrão tradicionalista de uso do tempo, uma vez que, por exemplo, ter um parceiro no domicílio aumenta mais o trabalho doméstico da mulher do que um filho/filha. O trabalho doméstico das mulheres é significativamente influenciado pelo status sócio-ocupacional e pela composição do domicílio, enquanto o status sócio-ocupacional dos homens não tem tanto peso em comparação à estrutura do domicílio. As ideologias de género falam mais alto do que as diferenças e desigualdades sociais e demográficas de casais e famílias na delegação do trabalho doméstico às mulheres. O segundo trabalho aborda a associação de rendimentos de casais heterossexuais em diferentes faixas de renda e ao longo do tempo. Entre 1995 e 2019, a tendência de igualdade está mais relacionada com uma redução da disparidade salarial em favor dos homens ou aumento nos casos de equiparação salarial do que com o aumento da frequência de mulheres com rendimento superior aos de seus parceiros. A tendência de maior igualdade de rendimentos vai até as mulheres ainda ganharem menos que seus parceiros. Esta norma é mais flexível entre os mais pobres, padrão que provavelmente emerge da necessidade económica e não de mudança nas atitudes de género. O terceiro artigo analisa a mobilidade ocupacional, enfatizando a intensidade ocupacional de gênero das ocupações e a estrutura familiar dos trabalhadores. Identifica-se um padrão de género nas transições ocupacionais já que, por exemplo, há maior redução da frequência das transições para ocupações não típicas de gênero entre mulheres do que homens. Além disso, a frequência das transições das mulheres para ocupações masculinas diminuíram mais rapidamente do que o movimento deles para ocupações femininas entre 2012 e 2019. No geral, as mudanças ocupacionais reduzem a segregação de gênero, especialmente as realizadas por mulheres, contudo, esse padrão não é claro e não parece intensificar-se ao longo dos anos. A contribuição deste trabalho é identificar um conjunto de transformações de gênero que são desiguais; acontecem mais entre as mulheres do que entre os homens, mais no local de trabalho do que em casa, e de forma diferente entre os grupos socioeconômicos, e estagnadas.
Subject: Mercado de trabalho
Brasil
Salários
Mulheres
Condições sociais
language: eng
metadata.dc.publisher.country: Brasil
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Economia
Rights: Acesso Aberto
metadata.dc.rights.uri: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
URI: http://hdl.handle.net/1843/61990
Issue Date: 5-Oct-2023
Appears in Collections:Teses de Doutorado

Files in This Item:
File Description SizeFormat 
Larissa_Giardini_Simoes_Tese.pdf1.42 MBAdobe PDFView/Open


This item is licensed under a Creative Commons License Creative Commons