Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/1843/62762
Tipo: Monografia (especialização)
Título: Surto de intoxicação por monoetilenoglicol em cães por ingestão de petisco contaminado
Título(s) alternativo(s): Outbreak of monoethylene glycol poisoning in dogs due to ingestion of contaminated treats
Autor(es): Lorena Santos Bezerra
Primeiro Orientador: Roberto Maurício Carvalho Guedes
Resumo: Embora a ingestão voluntária de substâncias anticongelantes seja uma apresentação comum de intoxicação por etilenoglicol em cães e gatos, os casos devidos à ingestão de alimentos contaminados são raros. Este relato descreve três casos de intoxicação por etilenoglicol em cães causada pela ingestão de petiscos contaminados. Clinicamente, os cães apresentaram sinais clínicos gastroentéricos, neurológicos e urinários graves, durante 2 a 15 dias até a morte. Os níveis de ureia e creatinina de todos os cães estavam acentuadamente elevados. Macroscopicamente, os rins apresentavam focos multifocais amarelo-claros no córtex. Microscopicamente, os túbulos renais apresentavam-se distorcidos multifocalmente e expandidos por agregados de material amarelo radiante, fragmentado, levemente vítreo, com birrefringência à luz polarizada (cristais de oxalato de cálcio), ocasionalmente associados a necrose tubular (todos os casos), regeneração tubular e fibrose intersticial (caso 3). Amostras do mesmo petisco oferecido aos cães foram submetidas à cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas (GC-MS), que revelou contaminação por monoetilenoglicol. Estes foram os primeiros casos relatados de intoxicação por monoetilenoglicol em cães devido à ingestão de petiscos contaminados e, após esses casos, foi aberto um inquérito policial para investigar as mortes de mais de 50 casos semelhantes em todo o estado. As investigações identificaram a contaminação do propilenoglicol utilizado na fabricação desses petiscos, e outras seis empresas fabricantes de ração animal identificaram monoetilenoglicol em seus produtos e os retiraram do mercado.
Abstract: While the voluntary ingestion of antifreeze substances is a common presentation of ethylene glycol toxicosis in dogs and cats, cases due to ingestion of contaminated food are rare. This report describes three cases of ethylene glycol toxicosis in dogs caused by the ingestion of contaminated treats. Clinically, dogs presented with severe gastroenteric, neurological and urinary clinical signs, for 2 to 15 days until death. Urea and creatinine levels of all dogs were markedly elevated. Macroscopically, the kidneys had multifocal light yellow pinpoint foci in the cortex. Microscopically, renal tubules were multifocally distorted and expanded by aggregates of radiating, fragmented, slightly vitreous yellow material, with birefringence in polarized light (calcium oxalate crystals), occasionally associated with tubular necrosis (all cases), tubular regeneration and interstitial fibrosis (case 3). Samples of the same treats given to the dogs were submitted to gas chromatography coupled to mass spectrometry (GC-MS), which revealed contamination by monoethylene glycol. These were the first reported cases of monoethylene glycol toxicosis in dogs due to ingestion of these contaminated treats, and after these cases, a law enforcement inquiry was opened to investigate the deaths of more than 50 similar cases across the state. The investigations identified the contamination of the propylene glycol used to manufacture these treats, and six other animal food manufacturing companies identified monoethylene glycol in their products and removed them from the market.
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Instituição: UFMG
Departamento: VETER - ESCOLA DE VETERINARIA
Curso: Curso de Especialização em Residência em Medicina Veterinária II
Tipo de Acesso: Acesso Restrito
URI: http://hdl.handle.net/1843/62762
Data do documento: 8-Nov-2023
Término do Embargo: 8-Nov-2025
Aparece nas coleções:Especialização em Residência em Medicina Veterinária II

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