Please use this identifier to cite or link to this item:
http://hdl.handle.net/1843/63425
Type: | Monografia (especialização) |
Title: | Laminite em bovinos: o que sabemos e o que devemos saber? |
Authors: | Laísa Bastos Albuquerque |
First Advisor: | Tiago Facury Moreira |
Abstract: | As afecções podais são responsáveis por inúmeras perdas econômicas, seja por custos diretos, com o uso de medicamento ou por custos indiretos, com redução da produção de leite, redução do ganho de peso diário e redução da fertilidade do rebanho. A Laminite ou pododermatite asséptica difusa é considerada a principal afecção dos cascos a causar claudicação. A afecção pode se desenvolver de três formas distintas: laminite aguda, subclínica e crônica. A laminite subclínica é a forma mais comum em bovinos e causa grandes consequências, pois culmina na formação de um estojo córneo de qualidade inferior, tornando-o mais suscetível a lesões. As hemorragias e úlceras de sola e linha branca, sola dupla e estrias na muralha do casco podem ser consideradas consequências de uma laminite subclínica. O objetivo do presente trabalho é realizar uma revisão de literatura sobre a laminite em bovinos, levantando pontos sobre seus aspectos clínicos, etiologia, formas de diagnóstico, elucidar as lesões do estojo córneo que são consequências da laminite e discutir quais vias metabólicas podem ser afetadas pela alimentação intensiva que eventualmente leva a laminite. A laminite bovina tem etiologia multifatorial. Muitos fatores são apontados como causadores de laminite, porém alguns desses fatores ainda carecem de base empírica sobre sua relação com a ocorrência de laminite, enquanto outros fatores já são mais bem estabelecidos. A acidose ruminal é apontada como a principal causadora de laminite, porém a teoria de liberação de LPS como ponto chave para a formação de laminite, vem sendo questionada, assim surgindo a dúvida de pôr quais vias a acidose ruminal leva às lesões do estojo córneo. Dessa forma, outras teorias vêm ganhando força no esclarecimento da patogênese da laminite em bovinos, como a teoria dos mediadores inflamatório e da resistência à insulina. Outros fatores que podem predispor à laminite e lesões do estojo córneo são, por exemplo, os tipos de piso dos animais alojados, o ECC e os manejos alimentar e nutricional dos rebanhos. É importante observar que tipo de piso os animais são mantidos a maior parte do tempo, a fim de evitar lesões traumáticas nos cascos. Quando falamos de nutrição, os principais nutrientes necessários para a queratinização são principalmente aminoácidos sulfurados (cisteína, histidina e metionina), ácidos graxos, minerais, em especial cálcio e zinco, e as vitaminas, em especial biotina. O diagnóstico da laminite vem evoluindo nos últimos anos, como o uso mais frequente de métodos que auxiliem na precisão do diagnóstico clínico e no uso mais frequente da histopatologia e termografia. Ainda há muitas perguntas que precisam ser respondidas a respeito da laminite em bovinos. O mecanismo subjacente ao modo, como a acidose ruminal, que danifica o tecido lamelar ainda não é totalmente compreendido. A teoria que envolve a liberação de endotoxinas ainda precisa ser mais estudada. Os estudos realizados a partir da teoria da resistência à insulina são promissores e apontam um bom caminho para melhor elucidar a patogênese da laminite em bovinos. |
language: | por |
metadata.dc.publisher.country: | Brasil |
Publisher: | Universidade Federal de Minas Gerais |
Publisher Initials: | UFMG |
metadata.dc.publisher.department: | VETER - ESCOLA DE VETERINARIA |
metadata.dc.publisher.program: | Curso de Especialização em Residência em Medicina Veterinária II |
Rights: | Acesso Aberto |
metadata.dc.rights.uri: | http://creativecommons.org/licenses/by/3.0/pt/ |
URI: | http://hdl.handle.net/1843/63425 |
Issue Date: | 27-Nov-2023 |
Appears in Collections: | Especialização em Residência Integrada em Medicina Veterinária |
Files in This Item:
File | Description | Size | Format | |
---|---|---|---|---|
Laminite em bovinos o que sabemos e o que falta saber.pdf | 1.21 MB | Adobe PDF | View/Open |
This item is licensed under a Creative Commons License