Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/1843/64195
Type: Dissertação
Title: Avaliação clínica, eletrocardiográfica e do sistema nervoso autônomo de pacientes com Distrofia muscular de Duchenne
Authors: Nathalia Mussi Monteze
First Advisor: Rose Mary Ferreira Lisboa da Silva
First Co-advisor: Juliana Gurgel Giannetti
First Referee: Maria da Gloria Cruvinel Horta
Second Referee: Henrique de Assis Fonseca Tonelli
Abstract: Introdução: A Distrofia Muscular de Duchenne (DMD) é uma doença neuromuscular degenerativa hereditária rara. Esse distúrbio recessivo é ligado ao cromossomo X, com alterações no gene da distrofina e acometimento muscular esquelético e cardíaco. Dada a paucidade sobre esse tema, há relevância de estudos acerca do mesmo. Objetivos: avaliar o perfil clínico, as alterações eletrocardiográficas e autonômicas de crianças e adolescentes com DMD, e comparar as últimas alterações com as de um grupo saudável pareado por idade. Métodos: Trata-se de um estudo observacional, prospectivo e transversal com 27 pacientes com DMD (média de idade de 11,9 anos), os quais foram submetidos à avaliação clínica e laboratorial, além do monitoramento digital pelo Holter. O eletrocardiograma (ECG) com aumento de 200% foi avaliado por dois observadores independentes. A variabilidade da frequência cardíaca (FC) foi feita no domínio do tempo em 24 h e da frequência (pela transformação de Fourier) durante 10 min na posição supina e na posição sentada. O grupo saudável foi composto de nove, também do sexo masculino, com média de idade de 11,0 anos. Resultados: A média de idade do diagnóstico foi de 5,6 anos, 12 pacientes (44,4%) necessitavam de cadeira de rodas e 8 (29,6%) de suporte ventilatório. As médias das variáveis foram de 99,3 bpm para FC; 101,8/68,5 mmHg para pressão arterial; 21,5 kg/m2 para o índice de massa corporal e de 0,60 para fração de ejeção do ventrículo esquerdo (0,34 a 0,71). Estavam em uso de inibidor da enzima de conversão de angiotensina 18 pacientes (66,6%), carvedilol 11 (40,7%), corticoide 22 (81,4%), espironolactona quatro (14,8%) e colecalciferol 13 (48,1%). O coeficiente de Pearson paras as medidas do ECG variou de 0,43 a 0,94. A relação R/S foi aumentada em 5 pacientes (18,5%); dispersão do intervalo QT de 35,6 ms e o intervalo QT corrigido (Bazett) de 413,8 ms. Alterações de QRS fragmentado nas regiões inferior e lateral alta foram observadas em 6 pacientes (22,2%), onda Q patológica nas mesmas regiões em 8 (29,6%), e distúrbio de condução do ramo direito em 4 (14,8%). Na mudança da posição supina para sentada, houve aumento de 10% da FC (p=0,004), sem alteração da análise espectral da FC, tanto em unidades normalizadas quanto em ms2 (teste pareado). Não houve influência do tratamento na variabilidade da FC em ambos os domínios. Comparando pacientes com DMD com o grupo saudável, as médias foram de 877,2 e 1826,0 ms2, respectivamente, para o componente de baixa frequência (p=0,03, teste t de Student); 488,7 e 2188,5 para o de alta frequência (p<0,0001) e de 2,7 e 0,7 para relação entre os componentes (p=0,002). Conclusões: Pacientes com DMD apresentaram alterações nas regiões inferior e lateral alta (onda Q e QRS fragmentado), ondas R proeminentes e razão R/S aumentada em V1. Houve disfunção autonômica, com menor tônus vagal. Apesar com aumento da FC, não houve resposta adequada com a mudança de posição. O tratamento com medicamentos considerados cardioprotetores não influenciou a VFC.
Abstract: Introduction: Duchenne Muscular Dystrophy (DMD) is a rare inherited degenerative neuromuscular disease. This recessive disorder is X-linked, with alterations in the dystrophin gene and skeletal muscle and cardiac involvement. Given the paucity of this topic, there is a relevance of studies on it. Objectives: To assess the clinical profile, electrocardiographic and autonomic changes in children and adolescents with DMD, and to compare the latest changes with those of a healthy age-matched group. Methods: This is an observational, prospective and cross-sectional study with 27 patients with DMD (mean age 11.9 years), who underwent clinical and laboratory evaluation, in addition to digital monitoring by Holter. The electrocardiogram (ECG) with a 200% increase was evaluated by two independent observers. Heart rate variability (HRV) was performed in the domain of time in 24 h and of frequency (by Fourier transformation) for 10 min in the supine and sitting positions. The healthy group was composed of 9, also male, with a mean age of 11.0 years. Results: The mean age at diagnosis was 5.6 years, 12 patients (44.4%) required a wheelchair and 8 (29.6%) required ventilatory support. The means of the variables were 99.3 bpm for HR; 101.8/68.5 mmHg for blood pressure; 21.5 kg/m2 for body mass index and 0.60 for left ventricular ejection fraction (0.34 to 0.71). 18 patients (66.6%), carvedilol 11 (40.7%), corticoids 22 (81.4%), spironolactone 4 (14.8%) and cholecalciferol 13 were using (48.1%). Pearson's coefficient for ECG measurements ranged from 0.43 to 0.94. The R/S ratio was increased in 5 patients (18.5%); QT interval dispersion of 35.6 ms and the corrected QT interval (Bazett) of 413.8 ms. Fragmented QRS alterations in the inferior and high lateral regions were observed in 6 patients (22.2%), pathological Q wave in the same regions in 8 (29.6%), and right bundle branch conduction disorder in 4 (14.8 %). When changing from the supine to sitting position, there was a 10% increase in HR (p=0.004), with no change in the HRV spectral analysis, both in normalized units and in ms2 (paired test). There was no influence of treatment on HRV in both domains. Comparing DMD patients with the healthy group, the means were 877.2 and 1826.0 ms2, respectively, for the low frequency (LF) component (p=0.03, Student's t test); 488.7 and 2188.5 for the high frequency (HF) (p<0.0001) and 2.7 and 0.7 for the ratio between the components (p=0.002). Conclusions: Patients with DMD presented alterations in the inferior and high lateral regions (Q wave and fragmented QRS), prominent R waves and increased R/S ratio in V1. There was autonomic dysfunction, with lower vagal tone. Despite the increase in HR, there was no adequate response with the change in position. Treatment with cardioprotective drugs did not influence HRV.
Subject: Distrofia Muscular de Duchenne
Eletrocardiografia
Eletrocardiografia Ambulatorial
Frequência Cardíaca
Sistema Nervoso Autônomo
Dissertação Acadêmica
language: por
metadata.dc.publisher.country: Brasil
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
metadata.dc.publisher.department: MEDICINA - FACULDADE DE MEDICINA
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde - Saúde da Criança e do Adolescente
Rights: Acesso Restrito
metadata.dc.rights.uri: http://creativecommons.org/licenses/by/3.0/pt/
URI: http://hdl.handle.net/1843/64195
Issue Date: 9-Feb-2022
metadata.dc.description.embargo: 9-Feb-2024
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