Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/1843/64938
Type: Tese
Title: Avaliação dos fatores e graus de risco associados ao adoecimento em contatos de Hanseníase
Authors: Edilamar Silva de Alecrin
First Advisor: Manoel Otávio da Costa Rocha
First Co-advisor: Maria Auxiliadora Parreiras Martins
metadata.dc.contributor.advisor-co2: Isabela Maria Bernardes Goulart
First Referee: Francisco Carlos Félix Lana
Second Referee: Maria Aparecida de Faria Grossi
Third Referee: Ana Cláudia Lyon
metadata.dc.contributor.referee4: Ana Regina Coelho de Andrade
metadata.dc.contributor.referee5: Maria Aparecida Alves Ferreira
Abstract: Introdução: A hanseníase é uma doença infectocontagiosa causada pelo Mycobacterium leprae, que acomete os nervos periféricos e a pele, com grande potencial incapacitante. O exame de contatos é um pilar importante para o controle da doença. Diversos estudos identificaram fatores de risco para adoecimento em contatos de hanseníase. Fatores relacionados ao caso-índice, fatores sociais, fatores epidemiológicos, fatores imunológicos, dentre outros, têm sido descritos. Objetivo geral: Avaliar os fatores e graus de risco associados ao adoecimento de contatos de hanseníase. Métodos: Uma revisão sistemática foi realizada em conformidade com o Manual Cochrane para Revisões Sistemáticas de Intervenções e as diretrizes PRISMA (Itens Preferenciais de Relato para Revisões Sistemáticas e Meta-Análise). O protocolo do estudo foi registrado no International Prospective Register of Systematic Reviews (PROSPERO). Foram levantados dados de uma coorte de 600 contatos de pessoas com hanseníase atendidas pelo Centro de Referência Nacional em Hanseníase e Dermatologia Sanitária da Universidade Federal de Uberlândia (Credesh/HC-UFU) acompanhados entre 2002 e 2022. A base de dados foi dividida em duas partes, sendo 2/3 para construir o escore do risco de adoecimento e 1/3 para validar esse escore. Os fatores preditivos de adoecimento por hanseníase foram usados para criar um escore de risco de adoecimento em contatos de hanseníase a partir do modelo de regressão logística. A qualidade de predição foi avaliada a partir da construção da Receiver Operating Characteristic Curve (ROC) e pelo cálculo da Area under the Curve (AUC). Foram calculadas as medidas de qualidade de diagnóstico sensibilidade e especificidade, os valores preditivos positivo e negativo, além da acurácia global dos modelos. Resultados: A revisão sistemática identificou como os fatores de risco associados ao desenvolvimento da hanseníase em contatos brasileiros: soropositividade para anticorpos anti-glicolipídios fenólicos (anti-PGL-I); teste de Mitsuda negativo; ausência de cicatriz de Bacillus Calmette-Guérin (BCG-ID); reação em cadeia da polimerase quantitativa (qPCR) positiva no sangue; ser criança ou idoso; raça parda/ negra; ser cônjuge; ser parente consanguíneo; apresentar baixo nível de escolaridade; possuir tempo de contato maior que cinco anos; ser contato domiciliar, bem como elementos relacionados ao caso índice (índice baciloscópico; condições genéticas, relações familiares). Identificou-se ainda, alguns fatores combinados, principalmente sorologia anti- PGL-I IgM; teste de Mitsuda e cicatriz de BCG-ID. Dos quatro modelos construídos, o modelo 3 que contém as variáveis anti-PGL-I IgM positivo, ausência de cicatriz da vacina de BCG e idade ≥60 anos foi considerado o melhor para identificar maior risco de adoecimento, com especificidade 89,2%, valor preditivo positivo de 60% e acurácia de 78%. Conclusão: O modelo 3, foi considerado o melhor modelo para predizer o adoecimento de contatos de hanseníase no Brasil. A elaboração de modelos de predição de risco de adoecimento em contatos de hanseníase pode colaborar para um direcionamento no manejo dos contatos de hanseníase e sistematização de protocolos de avaliação de contatos. Para isso, sugere-se que mais estudos sejam realizados em outros grupos de contatos para melhor avaliação de sua aplicabilidade e seu impacto para o controle da doença, vigilância e gerenciamento de contatos.
Abstract: Introduction: Leprosy is an infectious disease caused by Mycobacterium leprae, which affects the peripheral nerves and skin, with great disabling potential. Several studies identify risk factors for the illness of leprosy contacts. Factors related to the index case, social factors, epidemiological factors, immunological factors, among others, have been described. General objective: To evaluate the factors and degrees of risk associated with the illness of leprosy contacts. Methods: The systematic review was performed in compliance with the Cochrane Manual for Systematic Reviews of Interventions and the PRISMA guidelines (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analysis). The study protocol was registered in the International Prospective Register of Systematic Reviews (PROSPERO). Data were collected from a cohort of 600 contacts of people with leprosy assisted by the National Reference Center for Leprosy and Sanitary Dermatology of the Federal University of Uberlândia (Credesh/HC-UFU) monitored between 2002 and 2022. The database was monitored in two parts, with 2/3 to build the risk of illness score and 1/3 to validate this score. Predictive factors of leprosy adoption were used to create a disease risk score in leprosy contacts from the logistic regression model. The prediction quality was evaluated based on the construction of the Receiver Operating Characteristic Curve (ROC) and the calculation of the Area under the Curve (AUC). Measures of diagnostic quality, sensitivity and specificity, positive and negative predictive values, in addition to the overall accuracy of the models were considered. Results: The systematic review identified the following risk factors associated with the development of leprosy in Brazilian contacts: seropositivity for anti-phenolic glycolipid antibodies (anti-PGL-I); negative Mitsuda test; absence of Bacillus Calmette-Guérin scar (BCG-ID); positive quantitative polymerase chain reaction (qPCR) in blood; being a child or elderly person; brown/black race; be a spouse; be a blood relative; have a low level of education; have contact time greater than five years; be household contact, as well as elements related to the index case (bacilloscopic index; genetic conditions, family relationships). Some combined factors were also identified, mainly anti-PGL-I IgM serology; Mitsuda test and BCG-ID scar. Of the four models constructed, model 3, which contains the variables anti-PGL-I positive IgM, absence of BCG vaccine scar and age ≥60 years, was considered the best for identifying a higher risk of illness, with a specificity of 89.2%. positive predictive value of 60% and accuracy of 78%. Conclusion: Model 3 was considered the best model to predict the illness of leprosy contacts in Brazil. The development of models for predicting the risk of illness in leprosy contacts can help guide the management of leprosy contacts and systematize contact assessment protocols. To this end, it is suggested that further studies be carried out in other groups of contacts to better assess its applicability and impact on disease control, surveillance and contact management.
Subject: Hanseníase
Busca de Comunicante
Vigilância em Saúde Pública
Fatores de Risco
Valor Preditivo dos Testes
Revisão Sistemática
language: por
metadata.dc.publisher.country: Brasil
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
metadata.dc.publisher.department: MED - DEPARTAMENTO DE CLÍNICA MÉDICA
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde - Infectologia e Medicina Tropical
Rights: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/64938
Issue Date: 29-Aug-2023
Appears in Collections:Teses de Doutorado



Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.