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http://hdl.handle.net/1843/64949
Type: | Dissertação |
Title: | Associação da calcificação nas artérias coronárias e aorta com a performance cognitiva no ELSA-Brasil: um estudo longitudinal |
Other Titles: | Association of coronary and aortic calcification and cognitive performance in ELSA-Brasil: a longitudinal study |
Authors: | Igor Vasconcelos Barros Cronemberger |
First Advisor: | Sandhi Maria Barreto |
First Co-advisor: | Luana Fiatti Gonçalves |
Abstract: | INTRODUÇÃO: A calcificação arterial detectada por tomografia computadorizada (TC) fornece medidas fidedignas de aterosclerose subclínica. A presença de calcificação e a gravidade da calcificação nas artérias coronárias e em outros leitos vasculares, mas mais robustamente nas coronárias, tem sido amplamente associada a desfechos clínicos cardiovasculares e até não-cardiovasculares. Acredita-se que a aterosclerose esteja associada ao declínio cognitivo e ao aumento do risco de demências. Contudo, as evidências de associação entre a calcificação arterial em diferentes leitos vasculares e o desempenho cognitivo provêm, em sua maior parte, de estudos seccionais e, ainda assim, com alguns resultados conflitantes. OBJETIVOS: Investigar se a presença e a gravidade de calcificação nos leitos das artérias coronárias (CAC), aorta torácica total (TAC) e seus segmentos [aorta torácica ascendente (ATAC), arco aórtico (AAC) e aorta torácica descendente (DTAC)] estão associadas a alterações no desempenho cognitivo em 4 anos de seguimento em adultos brasileiros. MÉTODOS: Realizou-se uma análise longitudinal com aproximadamente 4 anos de seguimento da relação entre a calcificação arterial e o desempenho cognitivo de 1.331 indivíduos (idade média 62,4 anos) da coorte ELSA-Brasil residentes no estado de Minas Gerais que participaram das visitas 2 (2012-2014) e 3 (2017-2019) do estudo. As variáveis explicativas (CAC, TAC, ATAC, AAC, DTAC) foram obtidas por TC durante a visita 2, medidas em unidades de Agatston (UA) e analisadas de forma dicotômica (presente ou ausente) e em níveis (0, 1-399UA e ≥400UA); a variável resposta foi o desempenho cognitivo em três testes (teste de trilhas B, fluência verbal e teste de memória) aplicados nas visitas 2 e 3 e o desempenho cognitivo global (Fator G). As covariáveis incluiram parâmetros sociodemográficos (sexo, escolaridade, raça/cor), comportamentais (tabagismo e atividade física no lazer) e clínicos (hipertensão arterial, diabetes e índice de massa corporal) e foram obtidas por meio de entrevistas face-a-face e pela realização de exames bioquímicos e de medidas antropométricas persistentes na visita 2. Para a análise estatística, foram utilizados modelos de regressão linear com efeitos mistos. RESULTADOS: Observou-se que, independentemente de fatores de risco cardiovasculares, a mera presença de calcificação na artéria aorta torácica descendente, mas não nos outros leitos vasculares pesquisados, esteve associada a um pior desempenho nos testes de fluência verbal, no teste de trilhas B e no Fator G (desempenho cognitivo global). Na análise por níveis de calcificação arterial, verificaram-se associações entre CAC≥400UA e pior desempenho no Fator G e associações entre TAC≥ 400UA e AAC ≥400UA e pior desempenho no teste de trilhas B. Constatou-se associação com gradiente dose resposta entre maiores calcificações em níveis de DTAC e pior desempenho nos testes de fluência verbal e teste de trilhas B e Fator G. Embora tenha sido encontrada associação positiva entre DTAC≥400UA e o desempenho no teste de memória na linha de base, DTAC≥400UA foi associado a um maior declínio longitudinal nesse domínio cognitivo, bem como a uma piora no desempenho cognitivo global (Fator G) ao final do tempo deste estudo. CONCLUSÃO: Os resultados sugerem que a calcificação de leitos vasculares distintos está associada de forma distinta ao pior desempenho cognitivo, independentemente de fatores de risco cardiovasculares. Apenas a presença de níveis mais elevados de calcificação na artéria aorta torácica descendente associou-se a um declínio cognitivo mais acelerado ao longo do tempo. |
Abstract: | INTRODUCTION: Arterial calcification assessed by computed tomography provides reliable estimates of subclinical atherosclerosis. The presence of calcification and the severity of calcification in coronary arteries and other vascular beds, but more robustly in the coronary arteries, has been widely associated with cardiovascular and even non-cardiovascular clinical outcomes. Atherosclerosis is thought to be associated with cognitive decline and with an increased risk of dementia. However, evidence of an association between arterial calcification and worse cognitive performance comes, for the most part, from cross-sectional studies and, even so, with some conflicting results. OBJECTIVES: To investigate whether the presence and severity of calcification in the coronary artery (CAC), total thoracic aorta (TAC) and its segments [ascending thoracic aorta (ATAC), aortic arch (AAC) and descending thoracic aorta (DTAC)] are longitudinally associated with changes in cognitive performance at 4 years of follow-up in Brazilian adults from the ELSA-Brasil cohort. METHODS: A longitudinal analysis was performed with approximately 4 years of follow-up between arterial calcification and cognitive performance of 1,331 individuals (mean age 62.4 years) from the ELSA-Brasil cohort in the state of Minas Gerais who participated in waves 2 (2012-2014) and 3 (2017-2019). The explanatory variables (CAC, TAC, ATAC, DTAC) were obtained by computed tomography during visit 2 and analyzed dichotomously (present or absent) and in levels (0, 1-399UA and ≥ 400UA); the response variable (cognitive performance) was evaluated in tests (B trails test, verbal fluency and memory test) applied in visits 2 and 3. Sociodemographic parameters (gender, education, race/color), behavioral (smoking and leisure-time physical activity) and clinical parameters (hypertension, diabetes and body mass index)] were ascertained through face-to-face interviews in visit 2. For the statistical analysis, linear regression models with mixed effects were used. RESULTS: We observed that, regardless of cardiovascular risk factors, the presence of calcification in the descending thoracic aorta, but not in other vessel beds, was associated with worse performance in verbal fluency tests, in the Trail B test and in Factor G at baseline. When arterial calcification was analyzed by levels, there were associations between CAC≥ 400UA and worse performance in the Factor G and associations between TAC≥ 400UA and AAC≥ 400UA and worse performance in the Trail B test. Besides that, we found a graded association between greater calcifications in levels of DTAC and worse performance in the verbal fluency tests and test of trails B and factor G. Although there was a positive association between DTAC≥ 400UA and performance in the memory test in the baseline, DTAC≥ 400UA was also associated with worse longitudinal performance in this cognitive domain at follow-up, as well as worse global cognitive performance at the end of the study period. CONCLUSION: The results suggest that calcification in different vascular beds is distinctly associated with worse cognitive performance in different cognitive domains, regardless of cardiovascular risk factors. In addition, higher levels of calcification in the descending thoracic aorta artery predicted greater speed in cognitive decline over time. |
Subject: | Aterosclerose Testes de Estado Mental e Demência Calcificação Vascular Vasos Coronários Aorta |
language: | por |
metadata.dc.publisher.country: | Brasil |
Publisher: | Universidade Federal de Minas Gerais |
Publisher Initials: | UFMG |
metadata.dc.publisher.department: | MED - DEPARTAMENTO DE MEDICINA PREVENTIVA SOCIAL |
metadata.dc.publisher.program: | Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública |
Rights: | Acesso Restrito |
URI: | http://hdl.handle.net/1843/64949 |
Issue Date: | 10-Aug-2023 |
metadata.dc.description.embargo: | 10-Aug-2025 |
Appears in Collections: | Dissertações de Mestrado |
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