Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/1843/64960
Type: Tese
Title: Ler um sintoma, escrever um caso : o invariante da contingência na construção do caso clínico
Other Titles: Read one symptom, write a case : the contingency invariant in the construction of the clinical case
Authors: Isa Gontijo Moreira
First Advisor: Antônio Márcio Ribeiro Teixeira
First Referee: Márcia Maria Rosa Vieira Luchina
Second Referee: Gilson de Paulo Moreira Iannini
Third Referee: Maria Josefina Sota Fuentes
metadata.dc.contributor.referee4: Cleyton Sidney de Andrade
Abstract: A pesquisa surgiu de um trabalho anterior que tinha como propósito uma investigação acerca do diagnóstico diferencial no contexto da prática de orientação psicanalítica, uma perspectiva na qual a orientação do manejo clínico perpassava não pelo rigor classificatório preestabelecido pela clínica estrutural, mas factualmente pela questão singular do sujeito na sua relação com o Outro, sua posição de discurso. O que os resultados nos informaram é que, em se tratando de diagnóstico em Psicanálise, é possível obter em casos classificados claramente sob uma mesma insígnia conduções clínicas completamente díspares – o que nos lança, como psicanalistas, no ineditismo do caso único. Restaram perguntas: como a psicanálise metodologicamente apreende esse elemento único de cada sujeito em sua práxis, uma vez que ele não é prescritível? Como é possível, em Psicanálise, chegar a uma redução dessa posição do sujeito a uma espécie de fórmula do sintoma, que se permite ser lida para ser escrita em um caso? Entendemos que o que sustenta a leitura do sintoma e dá a ele seu caráter da unicidade é sua marca contingente, encontro do corpo com a linguagem. Eis a nossa hipótese. Se no corte dialético da linguagem no qual o sujeito emerge, uma letra faz o litoral da pulsão e instaura ali uma posição, é justamente o recolhimento deste caráter inerente à posição do sujeito em seu sintoma, necessário a partir de sua contingência, que aprendemos a ler como psicanalistas. Neste ponto a facticidade da estrutura nos abandona porque não considera que o significante tem uma ressonância corpórea, uma positividade material. Retomamos, portanto, Freud, em sua metáfora energética, o que nos permitiu tratar a materialidade corpórea do significante pelo impacto de sua ressonância, não pela via do sentido. Tomamos o signo oco de Meillassoux (2012) para ler o sintoma a partir de seu caráter de letra, fora do sentido, e propomos a escrita do caso clínico, via articulação das letras, como um matema Lacaniano.
Abstract: The research arose from a previous work whose purpose was an investigation into the differential diagnosis in the context of psychoanalytic practice, a perspective in which the orientation of clinical management permeated not by the classification rigor pre-established by the structural clinic, but factually by the singular issue of subject in his relationship with the Other, your position in discourse. What the results informed us is that when it comes to a diagnosis in Psychoanalysis, it is possible to obtain, in cases clearly classified under the same insignia, completely different clinical conducts – which launches us, as psychoanalysts, into the originality of the unique case. Questions remained: how does psychoanalysis methodologically apprehend this unique element of each subject in its praxis, since it cannot be prescribed? How is it possible, in Psychoanalysis, to reduce this position of the subject to a kind of symptom formula, which allows itself to be read in order to be written in a case? We understand that what sustains the reading of the symptom and gives it its character of uniqueness is its contingent mark, the meeting of the body with language. Here is our hypothesis. If in the dialectical cut of language in which the subject emerges, a letter forms the coast of the drive and establishes a position there, it is precisely from the recollection of this inherent character to the position of the subject in his symptom as necessary from his contingency that we learn to read like psychoanalysts. At this point, the facticity of the structure abandons us because it does not consider that the signifier has a corporeal resonance, a material positivity. We return, therefore, to Freud in his energetic metaphor, which allowed us to treat the corporeal materiality of the signifier by the impact of its resonance, not by way of meaning. We take Meillassoux's meaningless sign (2012) to read the symptom from its character as a letter, outside of meaning, and we propose the writing of the clinical case, via the articulation of the letters, as a Lacanian matheme.
Subject: Psicologia - Teses
Psicanálise - Teses
Psicodiagnóstico - Teses
Lacan, Jacques, 1901-1981
language: por
metadata.dc.publisher.country: Brasil
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
metadata.dc.publisher.department: FAF - DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Psicologia
Rights: Acesso Aberto
metadata.dc.rights.uri: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
URI: http://hdl.handle.net/1843/64960
Issue Date: 18-Aug-2023
Appears in Collections:Teses de Doutorado

Files in This Item:
File Description SizeFormat 
TESE - Isa Gontijo Moreira .pdfLer um sintoma, escrever um caso: O invariante da contingência na Construção do Caso Clínico. Tese apresentada ao Programa de Pós-graduação em Psicologia da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Minas Gerais, como requisito parcial à obtenção do título de Doutor (a) em Psicologia. Área de Concentração: Estudos Psicanalíticos.2.53 MBAdobe PDFView/Open


This item is licensed under a Creative Commons License Creative Commons