Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/1843/65114
Type: Dissertação
Title: Dor como sintoma não motor na doença de Parkinson: Epidemiologia descritiva da dor e avaliação de seu impacto na qualidade de vida
Authors: NINA ROSA APARECIDA FELISARDO MURTA
First Advisor: Sarah Teixeira Camargos
First Referee: Francisco Eduardo Costa Cardoso
Second Referee: Thiago Cardoso Vale
Third Referee: Paula Luciana Scalzo
Abstract: Introdução: A doença de Parkinson foi descrita em 1817, com caracterização clínica baseada principalmente em sintomas motores, porém já na descrição foi relatada a alteração do sono, presença de dor, constipação e outros sintomas não-motores. Os sintomas não-motores estão sendo mais estudados e seu impacto na vida nos pacientes muitas vezes ultrapassa o dos sintomas motores clássicos. A dor é um deles, apesar de muito prevalente, ainda sem muitas opções terapêuticas e pouco abordada nas consultas de forma objetiva. Objetivos: Investigar a presença de dor e seu impacto na qualidade de vida de pacientes com diagnóstico de Doença de Parkinson sem demência. O objetivo secundário foi correlacionar a presença de dor com outras variáveis, como escala de depressão, estágio da doença, escala de sintomas não-motores e escala de sono principalmente. Métodos: Estudo observacional de corte transversal realizado após o paciente ter sido examinado durante consulta médica neurologista especialista em distúrbios de movimento e posteriormente realizados questionários aplicados presencialmente ou por telefone. Foram coletadas informações demográficas como: sexo, idade, idade ao diagnóstico, sintoma inicial, tempo de doença, escolaridade, presença de osteoartrose, medicamentos usados para o tratamento da Doença de Parkinson, dose equivalente de dopaminérgicos, uso de antidepressivos, presença ou não de dor e uso e analgésicos com dose e frequência. Foram avaliados também os sintomas motores da doença de acordo com a escala de Unified Parkinson Disease Rating Scale (UPDRS) parte III (Goetz, Power, et al., 2008), o estágio da doença seguindo escala Hoehn Yahr (HY) (Hoehn & Yahr, 1967), avaliação de osteoartrose segundo a National Clinic Guideline Centre 2008, avaliação de dor em quatro escalas, a escala Ford, a King’s Parkinson’s Disease Pain Scale (KPPS), a Escala Visual Analógica (EVA), a PD-Pain Classification System (PD-PCS).O sono foi avaliado pela Parkinson Disease Scale Sleep – PDSS, a presença de sintomas depressivos foi avaliada pelo inventário de depressão de Beck. A qualidade de vida foi avaliada pela Parkinson´s Disease questionnaire (PDQ-39) .Os sintomas não-motores foram avaliados pela Non-Motor Rating Scale (NMS). Foram comparados os dois grupos de pacientes com dor e sem dor. Resultados: Os principais achados foram que a variante dor foi mais frequente em pacientes em diagnóstico mais jovem (p=0.013), do sexo feminino (p= 0.012) e com maior tempo de doença (p = 0.014). O valor do PDSS foi menor no grupo com dor, o que traduz pior qualidade do sono (p=0.006). A escala de Beck e o PDQ-39 também foram maiores no grupo com dor (p=001) o que traduz uma pior qualidade de vida. A maior quantidade de sintomas não-motores também foi observada nos pacientes com dor (p=0.017.) Houve correlação positiva entre as escalas de dor KPSS e EVA e entre a KPSS e a PD-PCS. A escala de PD-PCS correlacionou-se com NMS e a PDQ-39 Conclusão: A presença de dor foi elevada e esteve associada a pior qualidade de vida, pior qualidade de sono, depressão, maior tempo de doença e maior presença de sintomas não-motores
Abstract: Introduction: Parkinson's disease was described in 1817, with clinical characterization based on motor symptoms, but already in the description sleep disturbance, presence of pain, constipation and other non-motor symptoms were reported. Non-motor symptoms are being studied more and their impact on patients' lives often exceeds that of classic motor symptoms. Pain is one of them, despite being very prevalent without many therapeutic options and little objectively addressed in consultations. Objectives: to investigate the presence of pain and its impact on the quality of life of patients diagnosed with Parkinson's disease without advanced or moderate dementia. The secondary objectives were to correlate the presence of pain with other variables, such as depression scale, disease stage, non-motor symptoms scale and sleep scale. Methods: Observational cross-sectional study carried out after I or my advisor examined the patient during a medical appointment and later questionnaires were applied in person or over the phone. Demographic information was collected, such as: gender, age, age at diagnosis, initial symptom, duration of disease, education, presence of osteoarthritis, medications used to treat PD, equivalent dose of dopaminergics, use of antidepressants, presence or absence of pain and use and analgesics with dose and frequency. Motor symptoms of the disease were also evaluated according to the Unified Parkinson Disease Rating Scale (UPDRS) part III (Goetz, Power, et al., 2008), the stage of the disease according to the Hoehn Yahr (HY) scale (Hoehn & Yahr, 1967), evaluation of osteoarthritis according to the National Clinic Guideline Center 2008, evaluation of pain by four scales, the Ford scale, the King's Parkinson's Disease Pain Scale (KPPS), the Visual Analogue Scale (VAS), the PD-Pain Classification System (PD-PCS). Sleep was assessed using the Parkinson Disease Scale Sleep – PDSS; the presence of depressive symptoms was assessed using the Beck Depression Inventory. Quality of life was assessed using the Parkinson's Disease questionnaire (PDQ-39). Non-motor symptoms were assessed using the Non-Motor Rating Scale (NMS). Results: Pain variant was more frequent in patients with a younger diagnosis (p=0.013), and with a longer duration of disease (p=0.014). The PDSS value was higher in the group with pain, which translates to worse sleep quality, (p=0.006) and the PDQT was also higher in the group with pain p=0.001, which translates to a worse quality of life. A greater amount of non-motor symptoms observed in patients with pain, (p=0.017). There was a positive correlation between the KPSS and VAS pain scales and between KPSS and PD-PCS. PD-PCS was also correlated with NMS and PDQ-39. Conclusion: Pain was prevalent and was associated with worse quality of life, worse sleep quality, depression, longer illness and greater presence of non-motor symptoms.
Subject: Neurociências
Doença de Parkinson
Dor
Qualidade de Vida
language: por
metadata.dc.publisher.country: Brasil
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
metadata.dc.publisher.department: ICB - INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLOGICAS
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Neurociências
Rights: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/65114
Issue Date: 28-Apr-2023
Appears in Collections:Dissertações de Mestrado

Files in This Item:
File Description SizeFormat 
Dissertação Nina_23_repositorio.pdfDissertação mestrado3.14 MBAdobe PDFView/Open


Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.