Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/1843/65276
Tipo: Tese
Título: Caracterização funcional e estrutural de toxinas provenientes da peçonha da serpente Bothrops jararacussu e influência do varespladib
Título(s) alternativo(s): Functional and structural characterization of toxins from Bothrops jararacussu snake venom and influence of varespladib
Autor(es): Êmylle Karoline Ramos Pinto
Primeiro Orientador: Walter Luís Garrido Cavalcante
Primeiro Coorientador: Guilherme Henrique Marchi Salvador
Primeiro membro da banca : Luciene Bruno Vieira
Segundo membro da banca: Marcos Roberto de Mattos Fontes
Terceiro membro da banca: Célio José de Castro Júnior
Quarto membro da banca: Matheus Proença Simão Magalhães Gomes
Resumo: De acordo com a Organização Mundial de Saúde, há aproximadamente 5,4 milhões de picadas por serpentes a cada ano, resultando em 2,7 milhões de envenenamentos e 100.000 mortes. No Brasil, as serpentes do gênero Bothrops apresentam relevância clínica devido à frequência e à gravidade dos acidentes que ocasionam. Entre as serpentes botrópicas, destaca-se a espécie Bothrops jararacussu, cuja peçonha é amplamente estudada e que contém elevada quantidade de fosfolipases A2 e toxinas relacionadas, tais como a bothropstoxina I e II (BthTX-I e II). Essas toxinas são responsáveis pelos efeitos miotóxicos observados após o envenenamento. Recentemente, o varespladip (LY315920), um inibidor sintético de fosfolipase A2, tem se mostrado um candidato promissor para neutralizar toxinas de serpentes. Portanto, o presente estudo avaliou a capacidade do varespladib de inibir a ação da BthTX-I através de estudos miográficos e morfológicos, utilizando preparações nervo frênico-músculo diafragma de camundongos. As preparações foram expostas à BthTX-I, ao varespladib ou ao produto da pré-incubação de BthTX-I/varespladib. Os resultados do presente estudo indicam que o varespladib é capaz de neutralizar os efeitos paralisantes e miotóxicos da BthTX-I. Além disso, foram realizados estudos de bioinformática (docking e dinâmica molecular) e os resultados indicam que o varespladib, além de interagir com a BthTX-I, também estabelece interações com a BthTX-II. Essas interações foram observadas tanto no estado monomérico da BthTX-II, em pH neutro, quanto no estado dimérico, pH ácido. Consequentemente, essa evidência sugere que o varespladib é capaz de inibir os efeitos tóxicos da BthTX-II.
Abstract: According to the World Health Organization, there are approximately 5.4 million snake bites each year, resulting in 2.7 million poisonings and 100.000 deaths. In Brazil, the genus Bothrops snakes are clinically relevant due to the frequency and severity of the accidents. Among the Bothrops snakes, the Bothrops jararacussu species stands out, whose venom is extensively studied and contains a high quantity of phospholipases A2 and related toxins, such as bothropstoxin I and II (BthTX-I and II). These toxins are responsible for the myotoxic effects observed after envenomation. Recently, varespladib (LY315920), a synthetic phospholipase A2 inhibitor, has shown promise as a candidate for neutralizing snake toxins. Therefore, the present study assessed the varespladib's ability to inhibit the BthTX-I toxicity through myographic and morphological studies using phrenic nerve-diaphragm muscle preparations from mice. The preparations were exposed to BthTX-I, varespladib, or the product of the pre-incubation of BthTX-I/varespladib. The results of this study indicate that varespladib can neutralize the paralytic and myotoxic effects of BthTX-I. Furthermore, the bioinformatics results (docking and molecular dynamics) suggest that varespladib, in addition to interacting with BthTX-I, may also establish interactions with BthTX-II. These interactions were observed both in the monomeric state of BthTX-II at neutral pH and in the dimeric state at acidic pH. Consequently, this evidence suggests a potential capacity for varespladib to inhibit the toxic effects of BthTX-II.
Assunto: Farmacologia
Serpentes
Envenenamento
Fosfolipases A2
Miotoxicidade
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Instituição: UFMG
Departamento: ICB - DEPARTAMENTO DE FARMACOLOGIA
Curso: Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas - Fisiologia e Farmacologia
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/65276
Data do documento: 16-Nov-2023
Aparece nas coleções:Teses de Doutorado

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
Tese_EmylleRamos_versao final_depositada.pdf2.63 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.