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dc.contributor.advisor1Júnia Ferreira Furtadopt_BR
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/5252555113752200pt_BR
dc.contributor.referee1Luiz Otavio Ferreirapt_BR
dc.contributor.referee2Magali Romero Sápt_BR
dc.contributor.referee3Rita de Cássia Marquespt_BR
dc.contributor.referee4Flávio Coelho Edlerpt_BR
dc.creatorGabriel Afonso Vieira Chagaspt_BR
dc.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/2339751360973888pt_BR
dc.date.accessioned2024-05-07T19:21:37Z-
dc.date.available2024-05-07T19:21:37Z-
dc.date.issued2024-03-22-
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/1843/68111-
dc.description.abstractThis thesis was motivated by the observation of the change in marital behavior of some family groups at the turn of the 19th to the 20th century. Among these, the Ferreira da Fonseca family stands out, which once systematically used consanguineous marriages to preserve the territorial extension of the Olhos D’Água farm over the course of a century and a half. This group reached a high rate of 83.33% of intra-family marriages in the fifth generation after establishment in Brazil, which covers the period 1864-1890. At the same time that the debate about the condemnation of family marital endogamy was intensifying in the Brazilian medical profession, a dizzying drop in the rate of consanguinity in marriages was observed in this family. In just two generations, consanguineous marriages came to represent just 22.85% of the total number of unions – this in the period from 1923 to 1958. A similar movement was observed in the Ferreira Armond and Rodrigues Chaves families, both involved in commerce in the province. For this reason, this work focused on the adherence of a group of Brazilian doctors from the 19th century to the self-styled anti-consanguinist school, which advocates that the consanguineous marriage of parents had potentiating effects on the generation of offspring carrying heredity diseases. The aim is to suggest a relationship between the dissemination of these studies and the marriage decisions of family groups that gradually abandoned the practices of consanguineous marriages, giving way to extra-family marriages. Thus, aware of the multiplicity of factors that generated the change in the marital behavior of those who began to discredit consanguineous marriages, this thesis focuses only on the construction of the medical discourse that blamed family endogamy for the recurrence of a wide range of hereditary anomalies without delving into other reasons for the decrease in this practice, even repeatedly indicating the awareness of their existence and action. With this, the objective is to contribute to studies in the field of History of Science, focusing on the appropriation and dissemination of the European discourse about hereditary diseases and impediments to consanguineous marriages by a considerable range of Brazilian doctors. The analysis of articles present in Brazilian medical journals from the 19th century, combined with theses written by Minas Gerais doctors trained at the Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro and preserved in the Arquivo Público Mineiro, allows us to reconstruct the access and forms of dissemination of medical research. international scientific studies that concern theories about the role of heredity in the transmission of consanguineous diseases under the agenda of the Brazilian medical profession. Furthermore, these texts are a privileged thermometer to measure the existence and scope of this debate among Brazilian doctors or those based in the country. Thus, the drop in consanguineous marriage rates at the end of the 19th century is taken as an indication that, among other factors, this discourse had a significant impact on changing the marriage strategies of these family groups.pt_BR
dc.description.resumoEsta tese foi motivada pela observação da mudança de comportamento matrimonial de alguns grupos familiares na virada do século XIX para o XX. Dentre esses, sobressai-se a família Ferreira da Fonseca que outrora utilizava sistematicamente os casamentos consanguíneos para preservarem a extensão territorial da fazenda dos Olhos D’Água ao longo de um século e meio. Esse grupo atingiu o elevado índice de 83,33% de casamentos intrafamiliares na quinta geração após o estabelecimento no Brasil, que compreende período 1864-1890. Ao mesmo tempo em que se acirrava na classe médica brasileira o debate sobre a condenação da endogamia matrimonial familiar, é observada nessa família uma vertiginosa queda do índice de consanguinidade nos casamentos. Em apenas duas gerações, os casamentos consanguíneos passam a representar apenas 22,85% do total de uniões – isso no período 1923 a 1958. Movimento semelhante foi observado nas famílias Ferreira Armond e Rodrigues Chaves, ambas envoltas no comércio da província. Por essa razão, este trabalho debruçou-se sobre a adesão de um grupo de médicos brasileiros do século XIX à autodenominada escola anticonsanguinista, que advoga que o casamento consanguíneo de progenitores tinha efeitos potencializadores na geração de prole portadora de doenças hereditárias. O intuito é sugerir uma relação entre a divulgação desses estudos e as decisões matrimoniais dos grupos familiares que paulatinamente abandonaram as práticas de casamentos consanguíneos dando lugar a casamentos extrafamiliares. Dessa forma, ciente da multiplicidade de fatores que gestaram a mudança no comportamento matrimonial daqueles que passam a desprestigiar os casamentos consanguíneos, esta tese centra-se apenas na construção do discurso médico que culpava a endogamia familiar da recorrência de extensa gama de anomalias hereditárias sem adentrar-se nas outras razões do decréscimo desta prática, mesmo indicando recorrentemente a ciência da existência e da atuação delas. Com isso, objetiva-se contribuir com os estudos do campo da História da Ciência, focalizando na apropriação e difusão do discurso europeu acerca das doenças hereditárias e dos impedimentos aos casamentos consanguíneos por uma considerável gama de médicos brasileiros. A análise dos artigos presentes nos periódicos de medicina brasileiros do século XIX, aliados às teses redigidas por médicos mineiros formados na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro e conservadas no Arquivo Público Mineiro, permite reconstruir o acesso e as formas de difusão das pesquisas médico-científicas internacionais que dizem respeito às teorias sobre o papel da hereditariedade na transmissão de doenças consanguíneas sob a pauta da classe médica brasileira. Mais ainda, esses textos são um termômetro privilegiado para mensurar a existência e abrangência desse debate entre os médicos brasileiros ou radicados no país. Dessa forma, toma-se a queda dos índices de casamentos consanguíneos no final do século XIX como indício de que, dentre outros fatores, esse discurso obteve significativo impacto na alteração das estratégias de casamento destes grupos familiares.pt_BR
dc.languageporpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal de Minas Geraispt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.publisher.departmentFAF - DEPARTAMENTO DE HISTÓRIApt_BR
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Históriapt_BR
dc.publisher.initialsUFMGpt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/*
dc.subjectCasamentos consanguíneospt_BR
dc.subjectEscola anticonsanguinistapt_BR
dc.subjectFamília Ferreira da Fonseca/Ferreira Armondpt_BR
dc.subjectRevistas brasileiras de medicina do século XIXpt_BR
dc.subjectHistória da medicinapt_BR
dc.subject.otherHistória - Tesespt_BR
dc.subject.otherConsanguinidade - Tesespt_BR
dc.subject.otherMedicina - Periódicos - Séc. XIX - Tesespt_BR
dc.subject.otherMedicina - História - Tesespt_BR
dc.subject.otherMinas Gerais - História - Tesespt_BR
dc.titleA consanguinidade como impedimento aos casamentos em Minas Gerais : entre a tradição familiar e os estudos genéticospt_BR
dc.title.alternativeConsanguinity as an impediment to marriages in Minas Gerais : between family tradition and studies geneticspt_BR
dc.typeTesept_BR
dc.identifier.orcidhttps://orcid.org/0000-0002-4173-5033pt_BR
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