Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/1843/68298
Tipo: Dissertação
Título: Avaliação da incidência de tromboembolismo venoso e efetividade da tromboprofilaxia em pacientes clínicos agudamente enfermos
Autor(es): Bruno Ávila Ferreira
Primeiro Orientador: Suely Meireles Rezende
Primeiro Coorientador: Marcos de Bastos
Primeiro membro da banca : Vânia Maris Morelli
Segundo membro da banca: Milena Soriano Marcolino
Resumo: Introdução: O tromboembolismo venoso (TEV) é uma condição que afeta cerca de 10 milhões de pessoas/ano em todo o mundo e é a terceira principal causa de morte relacionada a doenças cardiovasculares. Sua incidência é maior em pacientes hospitalizados, e a prescrição de tromboprofilaxia é eficaz, mas muitas vezes insuficiente ou não utilizada. O uso de ferramentas de estratificação de risco de TEV orienta a prescrição de tromboprofilaxia. Objetivo: Avaliar a incidência de TEV, adequação e efetividade da tromboprofilaxia em pacientes clínicos agudamente enfermos, utilizando o IMPROVE7 (International Medical Prevention Registry on Venous Thromboembolism) como escore de predição de risco tromboembólico. Método: Estudo prospectivo de coorte conduzido em um hospital geral, que incluiu pacientes adultos hospitalizados em unidades clínicas no período de Agosto/2017 a Setembro/2018. Foram excluídos aqueles com condições psiquiátricas, ginecológicas, admissões diretas em Unidade de Terapia Intensiva ou Unidade Coronariana, internações por tempo inferior a 48 horas e pacientes internados para tratar eventos tromboembólicos venosos ou em uso de anticoagulantes. O IMPROVE7 foi usado para avaliar o risco tromboembólico. A adequação da tromboprofilaxia foi avaliada no período da internação. Os desfechos do estudo consistiram em eventos de TEV confirmados objetivamente e óbitos relacionados ao tromboembolismo pulmonar (TEP). A incidência cumulativa foi estimada usando o estimador de Kaplan-Meier (1-KM) e Risco Concorrente (RC), tendo o óbito não relacionado ao TEV como evento concorrente. Este estudo foi conduzido antes da pandemia de COVID-19. Resultados: Uma revisão bibliográfica foi realizada antes do início do estudo, quando evidenciamos lacunas e a ausência de definições precisas em determinados conceitos relacionados à avaliação de risco tromboembólico e tromboprofilaxia. Notamos considerável variação no início, duração e adequação da tromboprofilaxia, bem como na definição de fatores de risco como imobilização. Com relação ao estudo de coorte, este incluiu 2.380 pacientes que foram avaliados quanto ao risco de TEV. A idade mediana dos participantes foi de 70 anos, com uma permanência média no hospital de 10 dias. As mulheres representaram 56,5% da população incluída. Dos pacientes avaliados, 86,3% foram classificados como de baixo risco para TEV. Um total de 30 pacientes (1,3%) teve diagnóstico de TEV. Quanto à adequação da tromboprofilaxia, 61,2% receberam tromboprofilaxia inadequada. A taxa de mortalidade geral durante o período do estudo foi de 14,0% (n = 328/2.343). Dois casos (0,6%) tiveram TEP objetivamente confirmada antes do óbito. A maioria das mortes (91,2%) foi atribuída a causas diferentes do TEP. A incidência cumulativa de TEV pelo estimador 1-KM foi de 2,2% (intervalo de confiança [IC] 95% 0,6%-3,8%) e 2,0% (IC 95% 0,9%-3,8%) quando se considerou a análise de RC, ou seja, morte não relacionada à TEV. Conclusão: A incidência cumulativa de TEV foi de 2,0% considerando a análise de RC, o que corrobora com os dados da literatura. Apesar das orientações, a tromboprofilaxia foi inadequadamente instituída na maioria dos pacientes. De acordo com nosso conhecimento, este é o primeiro estudo de coorte prospectivo que avalia a incidência de TEV em pacientes clínicos hospitalizados no Brasil.
Abstract: Introduction: Venous thromboembolism is a condition that affects approximately 10 million people/year worldwide and is the third leading cause of cardiovascular-related death. Its incidence is higher in hospitalized patients, and thromboprophylaxis prescription is effective but often underused. Risk assessment models (RAM) should be used to guide thromboprophylaxis. Objective: To assess the incidence of VTE, adequacy, and effectiveness of thromboprophylaxis in acutely ill medical patients, using the IMPROVE7 (International Medical Prevention Registry on Venous Thromboembolism) RAM as a predictive score for thromboembolic risk. Method: A prospective cohort study was conducted in a general hospital, and included adult patients hospitalized in medical units, from August/2017 to September/2018, and excluded those admitted in psychiatric or gynecological wards, direct admissions to Intensive Care Unit or Coronary Unit, hospitalizations lasting less than 48 hours, and patients admitted for the treatment of venous thromboembolic events or under anticoagulation. The IMPROVE7 was used to assess thromboembolic risk. The adequacy of thromboprophylaxis was evaluated during hospital stay. The study outcomes consisted of objectively confirmed VTE events and death related to pulmonary embolism (PE). Cumulative incidence was estimated using the Kaplan Meier (1-KM) estimator and Competing Risk (CR), with death unrelated to VTE as a competing event. This study has been conducted before the COVID-19 pandemics. Results: A literature review was conducted before the study initiation when we identified gaps and the lack of consistent definitions in several concepts. There was a variation in the onset, duration, and appropriateness of thromboprophylaxis, as well as in the definition of risk factors such as immobilization. Additionally, the study included 2,380 patients who were assessed for the risk of VTE. The median age of the participants was 70 years, with an average hospital stay of 10 days. Women comprised 56.5% of the included population. Of the evaluated patients, 86.3% were classified as low risk for VTE. A total of 30 patients (1.3%) were had objectively-confirmed VTE. Regarding the adequacy of thromboprophylaxis, 61.2% received inadequate thromboprophylaxis. The overall mortality rate during the study period was 14,0% (n = 328/2,343). Two cases (0.6%) had PE objectively confirmed before death. Most deaths (91.2%) were attributed to causes other than pulmonary embolism. Cumulative incidence of VTE by the 1-KM estimator was 2.2% (95% CI 0.6%-3.8%) and by CR 2.0% (95% CI 0.9%-3.8%) when the competing risk analysis, death not related to VTE, was considered. Conclusion: The cumulative incidence of VTE was 2.0% when the competing risk analysis, corroborating with the other studies. Despite guidance, thromboprophylaxis was inadequate in most patients. To our concern, this is the first prospective cohort study to evaluate incidence of VTE in hospitalized clinical patients in Brazil.
Assunto: Tromboembolia Venosa
Medição de Risco
Pacientes Internados
Fatores de Risco
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Instituição: UFMG
Departamento: MED - DEPARTAMENTO DE CLÍNICA MÉDICA
Curso: Programa de Pós-Graduação em Ciências Aplicadas à Saúde do Adulto
Tipo de Acesso: Acesso Restrito
metadata.dc.rights.uri: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
URI: http://hdl.handle.net/1843/68298
Data do documento: 1-Dez-2023
Término do Embargo: 1-Dez-2025
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