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Type: Tese
Title: Avaliação da expressão gênica de micrornas e do perfil inflamatório de pacientes transplantados renais em um estudo longitudinal prospectivo.
Authors: Lorraine Vieira Alves
First Advisor: Ana Paula Lucas Mota
First Co-advisor: Adriano de Paula Sabino
metadata.dc.contributor.advisor-co2: Karina Braga Gomes Borges
First Referee: Claudia Natalia Ferreira
Second Referee: Jenner Karlisson Pimenta dos Reis
Third Referee: Marcelo Rizzatti Luizon
metadata.dc.contributor.referee4: Kátia de Paula Farah
Abstract: A monitorização a longo prazo de pacientes transplantados renais é crucial para avaliar a estabilidade do transplante e promover intervenções clínicas necessárias para a sobrevida do aloenxerto. Existe uma necessidade de complementação dessa monitorização com biomarcadores promissores de forma a possibilitar uma detecção mais precoce de disfunções do aloenxerto e otimizar ajustes no tratamento pós-transplante. O objetivo deste estudo foi avaliar um painel inflamatório e genético em receptores do transplante renal (RTR) e relacioná-lo à função do aloenxerto e à evolução clínica dos pacientes. Sessenta e nove RTR foram agrupados de acordo com a função renal baseando-se nos níveis de creatinina de 2016 para o cálculo do ritmo de filtração glomerular estimado (eRFG), sendo R1, eRFG < 60 e R2, eRFG ≥ 60 mL/min/1,73m². Os pacientes também foram categorizados com base na função renal estável (FRE) e no desfecho primário (DP), definido como uma diminuição superior a 30% no eRFG e/ou retorno à diálise e/ou rejeição e/ou retransplante. Citocinas, quimiocinas e homocisteína (HC) foram mensurados por ELISA, Ensaio Multiplex MILLIPLEX® e Ensaio Enzimático Colorimétrico. A expressão dos microRNAs (miRNAs) foi determinada por RT-qPCR. Dados de prontuários médicos foram coletados de 2016 a 2021. Foram encontrados maiores níveis de CXCL10 no grupo R1 em relação ao grupo R2 (p = 0,037). Além disso, pacientes que atingiram o DP apresentaram níveis elevados de CXCL10 (p = 0,024) e HC (p = 0,033) em comparação aqueles que mantiveram a função renal estável ao longo do acompanhamento. CXCL10 demonstrou bom desempenho na discriminação entre DP e FRE (p = 0,024). Alguns biomarcadores inflamatórios se correlacionaram entre si e CXCL10 se correlacionou com a creatinina. Na avaliação da terapia imunossupressora, pacientes que não utilizavam nenhum dos dois principais imunossupressores, Tacrolimus (TAC) e Ciclosporina A (CsA), apresentaram níveis mais elevados de IL-6 do que aqueles que usavam TAC (p = 0,028) ou CsA (p = 0,009), porém não houve diferença significativa no painel inflamatório entre usuários de TAC ou CsA. Em relação ao miR-145-5p, foi encontrada uma maior expressão gênica (2,05x) no grupo R2, grupo de pacientes com melhor função de filtração renal, em relação ao grupo R1 (p = 0,014). No que se refere ao miR-23b-3p, foi possível constatar uma maior expressão gênica (1,36x) no grupo R1 em relação ao grupo R2 (p = 0,001). Quanto ao miR-15a-5p, uma maior expressão gênica foi encontrada em pacientes do grupo R1 (8,44x) e em pacientes que atingiram o DP (5,96x) em relação àqueles com melhor eRFG (p = 0,010) e àqueles que mantiveram uma FRE ao longo do acompanhamento clínico até 2021 (p < 0,001). A respeito do miR-15b-5p, uma maior expressão gênica (5,91x) foi encontrada no grupo FRE em relação ao grupo DP (p = 0,002). Além disso, foi possível observar uma maior expressão gênica (2,11x) de miR-15b-5p no grupo com melhor função renal (R2) em relação ao grupo R1 (p = 0,003). A escolha entre TAC ou CsA não impactou significativamente o perfil inflamatório de RTR. A incorporação de CXCL10 e do painel de miRNAs proposto na rotina clínica poderia aprimorar as intervenções terapêuticas de forma a, potencialmente, melhorar a sobrevida do aloenxerto renal.
Abstract: Long-term monitoring of kidney transplant patients is crucial for assessing transplant stability and promoting necessary clinical interventions for graft survival. There is a need to complement this monitoring with promising biomarkers to enable earlier detection of graft dysfunction and optimize post-transplant treatment adjustments. The aim of this study was to evaluate an inflammatory and genetic panel in renal transplant recipients (RTR) and relate it to graft function and patients' clinical outcomes. Sixty-nine RTR were grouped based on renal function using 2016 creatinine levels for estimated glomerular filtration rate (eGFR) calculation, with R1 being eGFR < 60 and R2 being eGFR ≥ 60 mL/min/1.73m². They were also categorized based on stable renal function (SRF) and primary outcome (PO), defined as a greater than 30% decrease in eGFR and/or return to dialysis and/or rejection and/or retransplantation. Cytokines, chemokines, and homocysteine (HC) were measured by ELISA, MILLIPLEX® Multiplex Assay, and Colorimetric Enzyme Assay. MicroRNA (miRNA) expression was determined by RT-qPCR. Medical records data were collected from 2016 to 2021. Higher levels of CXCL10 were found in the R1 group compared to the R2 group (p = 0.037). Additionally, patients who reached the PO had elevated levels of CXCL10 (p = 0.024) and HC (p = 0.033) compared to those who maintained stable renal function throughout the follow-up. CXCL10 showed good performance in discriminating between PO and SRF (p = 0.024). Some inflammatory biomarkers correlated with each other, and CXCL10 correlated with creatinine levels. In the evaluation of immunosuppressive therapy, patients not using either of the two main immunosuppressants, Tacrolimus (TAC) and Cyclosporine A (CsA), had higher levels of IL-6 than those using TAC (p = 0.028) or CsA (p = 0.009), but there was no significant difference in the inflammatory panel between TAC or CsA users. Regarding miR-145-5p, higher gene expression (2.05x) was found in the R2 group, patients with better renal filtration function, compared to the R1 group (p = 0.014). As for miR-23b-3p, higher gene expression (1.36x) was observed in the R1 group compared to the R2 group (p = 0.001). Regarding miR-15a-5p, higher gene expression was found in R1 group patients (8.44x) and in patients who reached the PO (5.96x) compared to those with better eGFR (p = 0.010) and those who maintained SRF throughout the clinical follow-up until 2021 (p < 0.001). Concerning miR-15b-5p, higher gene expression (5.91x) was found in the SRF group compared to the PO group (p = 0.002). Additionally, higher gene expression (2.11x) of miR-15b-5p was observed in the group with better renal function (R2) compared to the R1 group (p = 0.003). The choice between TAC or CsA did not significantly impact the inflammatory profile of RTR. Incorporating CXCL10 and the proposed miRNA panel into clinical practice could enhance therapeutic interventions to potentially improve renal allograft survival.
language: por
metadata.dc.publisher.country: Brasil
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
metadata.dc.publisher.department: FARMACIA - FACULDADE DE FARMACIA
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Análises Clínicas e Toxicológicas
Rights: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/69607
Issue Date: 10-Apr-2024
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