Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/1843/70545
Tipo: Dissertação
Título: É nas encruzilhadas que encontramos resistências, emancipações e mortes: saúde da população negra e suas políticas
Autor(es): Ivison Luan Ferreira Araújo
Primeiro Orientador: Luiz Paulo Ribeiro
Primeiro membro da banca : Natalino Neves da Silva
Segundo membro da banca: Amanda Marcia dos Santos Reinaldo
Terceiro membro da banca: Elis Mina Seraya Borde
Resumo: Esta pesquisa versa sobre a saúde da população negra, perpassando a resistência, a luta, os enfrentamentos e o racismo no Brasil, considerando desde a sociedade em seu estado colonial até os dias atuais, culminando na análise da construção de uma política pública de saúde para a população negra. Percebemos que a saúde da população negra é atravessada por desigualdades e iniquidades, tendo em vista o racismo institucional. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o racismo é um dos determinantes sociais do processo de adoecimento e morte dessa população, mas, ao longo da história do país, há um extenso rastro de lutas e resistências para a garantia do direito à saúde, entre outros avanços importantes descritos na historiografia. Para falar sobre a saúde da população negra e as resistências, foi necessário realizar uma pesquisa direcionada ao passado, embora sem a preocupação de obedecer a uma forma totalmente linear. Essa proposta de organização baseou-se no provérbio sankofa, que significa: “Nunca é tarde para voltar e apanhar o que ficou atrás”, representando uma forma de recolher no passado, trazer ao presente e construir o futuro. Assim, o objetivo deste trabalho é analisar, a partir da literatura científica e empírica, a política pública brasileira voltada para a saúde integral da população negra, seus avanços e a luta do povo negro para a garantia desse direito. Sendo assim, esta dissertação está organizada em três capítulos/artigos. O primeiro é um ensaio que traz a perspectiva historiográfica da saúde da população negra, destacando as resistências e apresentando o sistema de saúde brasileiro do período colonial até a República, a partir de políticas de morte, compensatórias e emancipatórias, especificamente até o ano 2006, com a aprovação da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN) pelo Conselho Nacional de Saúde. O segundo traz um rememorar a partir do documentário da Marcha Zumbi dos Palmares, em 1995, entendendo que esse ato, realizado em Brasília, trouxe avanços para a garantia de direitos para a população negra em vários setores da vida, inclusive na saúde. O terceiro artigo é uma revisão integrativa da literatura, que apresenta experiências do Sistema Único de Saúde (SUS) para o enfrentamento do racismo institucional apresentadas em um congresso brasileiro em 2022.
Abstract: In this research, we will focus on the health of the black population, covering resistance, struggle, confrontations and racism in Brazil, considering everything from society in its colonial state to the present day, culminating in the analysis of the construction of a public policy for black population. We realize that the health of the black population is crossed by inequalities and inequities, given institutional racism. According to the World Health Organization, racism is one of the social determinants of the process of illness and death of this population, but, throughout the country's history, there is an extensive trail of struggles and resistance to guarantee the right to health, among others. important advances described in historiography. To talk about the health of the black population and resistance, it was necessary to carry out research directed to the past, without the concern of following a completely linear format. This organizational proposal was based on the proverb sankofa, which means: “It is never too late to go back and pick up what was left behind”, representing a way of collecting the past, bringing it to the present and building the future. Thus, the objective of this work is to analyze, based on scientific and empirical literature, Brazilian public policy aimed at the integral health of the black population, its advances and the struggle of black people to guarantee this right. Therefore, this dissertation is organized into three chapters/articles. The first is an essay that brings the historiographical perspective of the health of the black population, highlighting the resistance and presenting the Brazilian health system from the colonial period until the republic, based on death, compensatory and emancipatory policies, specifically until the year 2006, with the approval of the National Policy for Comprehensive Health of the Black Population (PNSIPN) by the National Health Council. The second brings a recollection from the documentary of Marcha Zumbi dos Palmares, in 1995, understanding that this act, carried out in Brasília, brought advances to guarantee rights for the black population in various sectors of life, including health. The third article is an integrative review of the literature, which presents experiences in the SUS to confront institutional racism presented at a Brazilian congress in 2022.
Assunto: População Negra
Saúde
Racismo
Políticas
Empoderamento
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Instituição: UFMG
Departamento: MEDICINA - FACULDADE DE MEDICINA
Curso: Programa de Pós-Graduação em Promoção de Saúde e Prevenção da Violência
Tipo de Acesso: Acesso Restrito
metadata.dc.rights.uri: http://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/pt/
URI: http://hdl.handle.net/1843/70545
Data do documento: 5-Jun-2024
Término do Embargo: 3-Jun-2026
Aparece nas coleções:Dissertações de Mestrado

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
Dissertação Final e Revisada 02_07_2024.pdf
  Até 2026-06-05
1.56 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir    Solictar uma cópia


Este item está licenciada sob uma Licença Creative Commons Creative Commons